Check-up com endocrinologista: exames e principais dúvidas

Fazer check-ups regulares é algo essencial para a manutenção da saúde e para a detecção precoce de diversas doenças. No caso da endocrinologia não é diferente.

Endocrinologistas são especialistas em hormônios e metabolismo e desempenham papel crucial nesse processo, monitorando e tratando condições que afetam o sistema endócrino. 

Consultas periódicas com essa especialidade ajudam a identificar desequilíbrios hormonais e prevenir complicações graves.

Confira a seguir os exames e principais dúvidas presentes no check-up com endocrinologista!

Quando se consultar com endocrinologista?

É recomendável procurar um(a) endocrinologista ao apresentar sintomas como fadiga excessiva, ganho ou perda de peso inexplicável, mudanças no apetite, alterações no ciclo menstrual, entre outros. 

Além disso, condições de saúde como diabetes, doenças da tireoide, osteoporose e outras disfunções hormonais também requerem acompanhamento especializado.

A frequência dos check-ups varia conforme o histórico médico e as condições de saúde de cada paciente. Geralmente, uma consulta anual é suficiente para indivíduos sem sintomas ou problemas conhecidos. Pacientes com condições crônicas, como diabetes ou problemas crônicos na tireoide, podem necessitar de consultas mais frequentes para um acompanhamento adequado.

Exames comuns solicitados por endocrinologistas

Devido à importância que os hormônios têm para o equilíbrio de todo o nosso organismo, em um check-up endocrinológico são solicitados inúmeros tipos de exames para avaliar possíveis problemas. Confira abaixo os principais:

Exame físico

A primeira avaliação realizada por endocrinologistas é o exame físico, pelo qual são avaliadas várias estruturas do corpo em busca de sinais clínicos que possam indicar disfunções hormonais e metabólicas, como:

✅ Avaliação da tireoide – A tireoide é uma glândula localizada na parte anterior do pescoço, responsável pela produção de hormônios que regulam o metabolismo. Endocrinologistas realizam a palpação da tireoide para detectar anomalias como nódulos, aumento de volume (bócio) e alterações na consistência.

✅ Avaliação de pele e pelos – Pele seca e descamativa pode indicar hipotireoidismo, enquanto a pele úmida e quente um pode ser um sinal de hipertireoidismo. Já a distribuição anormal de pelos pelo corpo pode sugerir distúrbios hormonais, como síndrome dos ovários policísticos (SOP) ou hiperplasia adrenal congênita.

✅ Peso e medidas corporais – O controle do peso e a avaliação do índice de massa corporal (IMC) são cruciais para diagnosticar e acompanhar condições como obesidade, síndrome metabólica e diabetes. Além disso, medir a circunferência abdominal ajuda a avaliar o risco de doenças cardiovasculares e metabólicas.

✅ Exame dos olhos – Olhos projetados para a frente (exoftalmia) é um sinal clássico de hipertireoidismo, especialmente na doença de Graves. Já as pálpebras caídas (ptose) podem ser um sinal de distúrbios hormonais, como insuficiência adrenal.

✅ Sinais musculares e esqueléticos – A fraqueza muscular pode indicar disfunções hormonais, como insuficiência adrenal ou miopatias tireoidianas, enquanto que dores ósseas ou articulares e deformidades esqueléticas podem sugerir osteoporose ou outras doenças metabólicas ósseas.

Exames de Imagem

Exames de imagem, como a ecografia da tireoide e a densitometria óssea, são utilizados para avaliar a estrutura e a função de órgãos endócrinos e a densidade mineral óssea.

A ecografia da tireoide permite detectar a presença de nódulos na tireoide, ajudando a determinar se são benignos ou malignos, além de monitorar alterações na tireoide ao longo do tempo.

Já a densitometria óssea mede a densidade mineral óssea para diagnosticar osteoporose e osteopenia e avalia o risco de fraturas ósseas, permitindo intervenções precoces para prevenir complicações.

Hemograma completo

O hemograma completo é um exame de sangue que avalia a quantidade e a qualidade das células sanguíneas, incluindo glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas, permitindo ao(à) endocrinologista avaliar condições como:

✅ Anemia – Identifica a presença de anemia, que pode indicar deficiências nutricionais, doenças crônicas ou distúrbios da medula óssea.

✅ Infecções – Avalia a quantidade de glóbulos brancos, ajudando a detectar infecções e inflamações.

✅ Problemas de coagulação – Verifica as plaquetas, que são essenciais para a coagulação do sangue, ajudando a diagnosticar distúrbios de sangramento.

Perfil lipídico

O perfil lipídico é um conjunto de exames que medem os níveis de diferentes tipos de gorduras no sangue, incluindo colesterol total, LDL (colesterol ruim), HDL (colesterol bom) e triglicerídeos.

Níveis elevados de LDL e triglicerídeos aumentam o risco de doenças cardiovasculares, como aterosclerose e infarto. Já níveis elevados de HDL são protetores contra doenças cardíacas, auxiliando na remoção do colesterol das artérias.

Glicemia em jejum e hemoglobina glicada

Enquanto o exame de glicemia em jejum mede os níveis de açúcar no sangue após um período de jejum de 8 a 12 horas, a hemoglobina glicada (HbA1c) indica a média dos níveis de glicose no sangue nos últimos três meses.

Ambos os exames são cruciais para diagnosticar diabetes e pré-diabetes, no entanto a hemoglobina glicada é usada para monitorar o controle glicêmico de longo prazo em pacientes com diabetes.

Função tireoidiana (TSH, T3, T4)

A função tireoidiana é avaliada por meio dos hormônios TSH (hormônio estimulante da tireoide), T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que são importantes na detecção de condições como hipotireoidismo (baixa atividade da tireoide) e hipertireoidismo (alta atividade da tireoide).

São exames importantes também para ajudar no ajuste da dosagem de medicamentos para pacientes com disfunções tireoidianas.

Hormônios sexuais

A dosagem de hormônios sexuais, como testosterona e estradiol, é utilizada para investigar distúrbios reprodutivos e hormonais.

Permitem diagnosticar condições como a síndrome dos ovários policísticos (SOP) e a andropausa, bem como problemas relacionados à fertilidade, libido e função sexual.

Outros exames hormonais

Dependendo do quadro clínico, endocrinologistas podem solicitar outros exames hormonais, como cortisol, prolactina, hormônio do crescimento (GH) e hormônios paratireoidianos, que são importantes na investigação de diversas condições hormonais, como síndrome de Cushing, hiperprolactinemia, deficiências hormonais e hiperparatireoidismo.

Veja também:

Recanalização tubária: o que é e como funciona?

Diabetes descompensada: como controlar?

Condições comuns diagnosticadas por endocrinologistas

Apesar de ser bastante importante, a endocrinologia é uma especialidade ainda pouco conhecida pela maioria das pessoas, que geralmente chegam a esse(a) profissional após passarem por outros(as) especialistas, que fazem então esse encaminhamento.

Para te ajudar a identificar mais facilmente os tipos de problemas de saúde que indicam uma avaliação endocrinológica, confira as condições abaixo:

✅ Diabetes e pré-diabetes – O diabetes é caracterizado pela hiperglicemia persistente. Endocrinologistas ajudam no controle glicêmico e na prevenção de complicações. O pré-diabetes é um estágio intermediário que requer intervenção precoce.

✅ Dislipidemia (colesterol alto) – A dislipidemia envolve níveis elevados de colesterol e triglicerídeos, aumentando o risco de doenças cardiovasculares. Endocrinologistas orientam mudanças na dieta, exercícios e medicação, se necessário.

✅ Hipotireoidismo e hipertireoidismo – O hipotireoidismo é a diminuição da produção de hormônios pela tireoide, causando fadiga e ganho de peso. O hipertireoidismo é o excesso de produção, levando a perda de peso e ansiedade. Ambos requerem tratamento hormonal adequado.

✅ Osteoporose – A osteoporose é a diminuição da densidade óssea, aumentando o risco de fraturas. Endocrinologistas podem prescrever medicamentos e recomendar suplementos de cálcio e vitamina D, por exemplo, caso seja necessário.

✅ Síndrome dos ovários policísticos (SOP) – A SOP é uma condição hormonal que causa irregularidade menstrual e cistos nos ovários. O tratamento inclui mudanças no estilo de vida e medicação para regular os hormônios.

✅ Distúrbios hormonais – Esses(as) especialistas também tratam diversos distúrbios hormonais, como a andropausa e problemas na glândula pituitária. O diagnóstico e o tratamento precoce são essenciais para evitar complicações.

Como vimos, realizar check-up com endocrinologista é algo muito mais importante do que a maioria das pessoas imagina, já que essa especialidade cuida de condições que afetam praticamente todas as áreas do nosso corpo.

O ideal é não esperar que os problemas surjam para, só então, buscar ajuda médica. Mantenha sua rotina e consultas e exames para ter sempre sua saúde em dia.

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Endocrinologia esportiva: o que faz e quando buscar?

Conhecida por sua importante atuação na investigação e tratamentos de problemas como diabetes, colesterol e alterações na tireoide, a endocrinologia também tem uma subespecialidade que tem sido cada vez mais buscada: a endocrinologia esportiva.

Com um foco maior para o desempenho físico e a busca por uma melhor performance esportiva, essa área é uma grande parceira de atletas e de pessoas em busca de melhor qualidade de vida e resultados estéticos.

A seguir, vamos explicar em detalhes a atuação dessa especialidade, os problemas investigados, os possíveis tratamentos e como saber que é hora de buscar esse tipo de avaliação.

Acompanhe! 

Endocrinologia esportiva: o que faz e quando buscar?

A endocrinologia esportiva é uma subespecialidade da endocrinologia, que se concentra no estudo dos hormônios e suas interações com o desempenho esportivo, já que ajuda a identificar e tratar desequilíbrios hormonais que podem impactar negativamente o desempenho e a recuperação.

Este campo é crucial tanto para atletas que buscam otimizar seu rendimento quanto para quem deseja cuidar mais da saúde e buscar uma melhor forma física.

O endocrinologista esportivo é responsável por avaliar, diagnosticar e tratar condições hormonais que afetam praticantes de atividades físicas, monitorando os níveis hormonais e oferecendo tratamentos personalizados.

Enquanto os endocrinologistas gerais tratam uma ampla gama de distúrbios hormonais em todas as populações – como diabetes, colesterol alterado e problemas na tireoide –, endocrinologistas esportivos têm um foco específico em como esses distúrbios afetam o desempenho físico.

👉 Veja também – Distúrbios hormonais na mulher: sintomas e tratamentos

Principais hormônios envolvidos no desempenho esportivo

Vamos entender agora quais hormônios mais influenciam os resultados de atletas (profissionais ou amadores) e porque o papel de endocrinologistas esportivos é tão importante.

Testosterona e estrogênio

A testosterona é crucial para o desenvolvimento muscular e a força, enquanto o estrogênio também desempenha um papel na saúde óssea e na recuperação. Ambos os hormônios são essenciais para o desempenho esportivo ideal.

Hormônio do crescimento

O hormônio do crescimento (ou GH, do inglês growth hormone) é conhecido por seu papel na regeneração e crescimento muscular. Atletas podem se beneficiar de níveis adequados de hormônio do crescimento para melhorar a recuperação e aumentar a massa muscular.

Cortisol

Conhecido como o “hormônio do estresse”, o cortisol é responsável por deixar alertas e aumentar nossa capacidade de resposta física e mental, elevando seus níveis em momentos de necessidade e baixando quando não é necessário. No entanto, níveis constantemente elevados podem levar a catabolismo muscular (perda de massa magra), aumento do risco de lesões e piora na qualidade do sono.

Insulina

Hormônio mais conhecido por sua relação com o diabetes, a insulina é vital para o metabolismo energético, por ser responsável por retirar o açúcar (glicose) do sangue e levar para dentro das células, onde será utilizado como fonte de energia.

Atletas precisam de níveis equilibrados de glicose para garantir que seus músculos recebam a energia necessária para treinos e competições intensas.

Problemas comuns tratados pela endocrinologia esportiva

Os hormônios exercem um papel fundamental no desempenho esportivo, já que são verdadeiros combustíveis para a performance. Por isso, mesmo pequenas alterações em seus níveis já é motivo suficiente para causar prejuízo nos resultados, o que pode significar a diferença entre a vitória e a derrota.

Confira abaixo os principais problemas hormonais que podem comprometer a saúde ou o desempenho de atletas profissionais ou amadores: 

Distúrbios hormonais

Entre os possíveis distúrbios hormonais tratados pela endocrinologia esportiva, estão o chamado hipogonadismo – condição em que as glândulas sexuais produzem poucos ou nenhum hormônio sexual. Nos homens, isso pode significar uma produção insuficiente de testosterona; nas mulheres, pode significar uma produção inadequada de estrogênio e progesterona.

Os principais sintomas incluem cansaço extremo, perda de massa muscular, aumento de gordura corporal, diminuição da libido e dificuldades de concentração.

👉 Saiba mais – Andropausa: o que é, sintomas e tratamento

Disfunções da tireoide

O hipotireoidismo é um dos problemas tratados por essa especialidade e caracteriza-se pela produção insuficiente de hormônios tireoidianos. Os sintomas incluem fadiga, ganho de peso, depressão e intolerância ao frio. Atletas com hipotireoidismo podem perceber uma queda no desempenho e dificuldades na recuperação muscular.

Na contramão está hipertireoidismo, a produção excessiva de hormônios tireoidianos. Sintomas incluem perda de peso, irritabilidade, fraqueza muscular e intolerância ao calor. Em atletas, pode levar a um desgaste muscular acelerado e menor resistência.

Síndrome de Cushing

Causada pela exposição prolongada a altos níveis de cortisol, a síndrome de Cushing pode resultar em ganho de peso, especialmente no rosto e no tronco, fraqueza muscular, ossos frágeis, diminuição da resistência muscular, recuperação lenta de lesões e infecções frequentes.

Deficiências nutricionais

Entre as diversas possíveis deficiências nutricionais que podem afetar o desempenho de atletas e praticantes de atividades físicas, a deficiência de vitamina D é uma das mais importantes. 

Considerada um tipo de hormônio, ela é crucial para a saúde óssea e a função muscular, e deficiências dessa vitamina podem levar a fraqueza muscular, aumento do risco de fraturas, cãibras musculares, fadiga e dores ósseas. Em casos graves, pode ocorrer osteomalácia (fraqueza óssea).

Deficiência de ferro

O ferro é essencial para o transporte de oxigênio no sangue. A deficiência pode resultar em anemia, comprometendo a entrega de oxigênio aos músculos e, como sintoma, provocar fadiga, falta de ar durante o exercício, desempenho reduzido e recuperação lenta.

Catabolismo muscular

Outra queixa comum de praticantes de atividades físicas, tratada nos consultórios de endocrinologistas esportivos, é a perda de massa muscular, resultado da degradação dos músculos, muitas vezes como resultado de níveis elevados de cortisol, devido ao estresse ou ao overtraining.

Perda (ou a dificuldade de ganho) de massa muscular leva a uma redução na força a uma maior recuperação prolongada após treinos.

Quando buscar ajuda na endocrinologia esportiva

Atletas e praticantes de atividades físicas em geral devem estar atentos a vários sinais e sintomas que podem indicar a necessidade de consultar um endocrinologista esportivo, já que esses profissionais podem ajudar a identificar e tratar desequilíbrios hormonais que estejam prejudicando o desempenho e a saúde. 

Aqui estão alguns dos principais sinais e sintomas a serem observados, que vão te ajudar a identificar que é hora de buscar essa avaliação:

✅ Fadiga excessiva e persistente – Sensação de cansaço extremo que não melhora com descanso adequado ou dificuldade em completar treinos ou atividades físicas que anteriormente eram comuns.

✅ Perda de massa muscular – Diminuição perceptível da massa muscular, apesar do treinamento contínuo, assim como uma redução na força e na capacidade de levantar pesos ou realizar exercícios de resistência.

✅ Aumento de gordura corporal – Ganho de peso inesperado, especialmente na região abdominal. Dificuldade em perder gordura corporal, mesmo com dieta e exercícios regulares.

✅ Recuperação lenta de treinos e lesões frequentes – Maior tempo necessário para se recuperar após exercícios físicos intensos, assim como lesões recorrentes e dificuldade em se recuperar completamente de lesões.

✅ Mudanças na composição corporal – Alterações significativas no peso e na forma do corpo, sem mudanças na dieta ou rotina de exercícios, ou ainda a perda de densidade óssea, resultando em fraturas mais frequentes.

✅ Sinais e sintomas emocionais e mentais – Irritabilidade, depressão ou ansiedade inexplicáveis, ou ainda mudanças de humor frequentes e intensas.

✅ Dificuldade de concentração – Problemas de memória ou dificuldade em focar em tarefas.

✅ Distúrbios menstruais em mulheres – Ciclos menstruais irregulares ou ausentes (amenorreia), bem como sintomas intensos de síndrome pré-menstrual (SPM).

✅ Diminuição da libido – Redução no desejo sexual em homens e mulheres ou problemas de disfunção erétil nos homens.

Endocrinologia esportiva: diagnóstico e tratamentos

Entre as possíveis formas como endocrinologistas investigam problemas em atletas ou praticantes de atividades físicas, estão:

✅ Análises de sangue – Importantes para medir os níveis de hormônios como testosterona, estrogênio, cortisol, hormônio do crescimento, insulina e hormônios tireoidianos.

✅ Testes de função tireoideana – Avaliam a saúde da tireoide e identificam condições como hipotireoidismo ou hipertireoidismo.

✅ Exames de densidade óssea – Checagem laboratorial dos níveis de cálcio e vitamina D, bem como a realização e do exame de densitometria óssea para verificar a saúde óssea e o risco de fraturas.

✅ Encaminhamento – Assim que é identificada a origem do problema, o endocrinologista esportivo pode encaminhar o(a) paciente para avaliações mais específicas com outras especialidades, como ortopedia, fisioterapia, nutrição, entre outras.

E os possíveis tratamentos?

Com base nos resultados dos exames, endocrinologistas esportivos irão desenvolver um plano de tratamento personalizado, que pode incluir:

Terapia de reposição hormonal, para corrigir desequilíbrios hormonais específicos.

Ajustes nutricionais, que são recomendações dietéticas que visam garantir a ingestão adequada de nutrientes essenciais.

Suplementação com o consumo de vitaminas e minerais para corrigir deficiências nutricionais.

Recomendações de treinamento, como ajustes na rotina de exercícios para otimizar o desempenho e a recuperação.

Monitoramento contínuo, com acompanhamento regular para ajustar o tratamento conforme necessário e garantir a eficácia.

Ter atenção a sinais e sintomas de desequilíbrios hormonais é crucial para manter a saúde e o desempenho atlético. Se você é um atleta ou praticante de atividades físicas e está enfrentando algum dos problemas mencionados, considere procurar a ajuda da endocrinologia esportiva.

Essa especialidade pode te ajudar a identificar e tratar esses desequilíbrios, melhorando sua qualidade de vida e permitindo que você alcance seus objetivos esportivos de maneira saudável e sustentável.

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Inchaço no pescoço: causas e quando buscar ajuda médica!

Inchaço no pescoço é algo que costuma gerar preocupação e dúvidas em quem manifesta esse tipo de quadro. No entanto, é bom saber que nem significa algo grave ou perigoso, já que as possibilidades são diversas, desde uma infecção de garganta até uma alergia.

De qualquer forma, por ser uma região delicada do corpo – que pode gerar bastante incômodo – é importante identificar a causa o quanto antes e tratar corretamente.

Por isso, a seguir vamos te mostrar as principais causas e quando é hora de buscar ajuda médica para inchaço no pescoço.

Acompanhe!

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Inchaço no pescoço: principais causas

Um inchaço no pescoço pode ser percebido tanto ao toque quanto visualmente e estar associado a diversas condições de saúde. Também pode ocorrer de forma súbita ou se desenvolver gradualmente, e sua intensidade variar de leve a grave.

Identificar um inchaço no pescoço pode ser simples, especialmente se acompanhado de dor ou desconforto, mas, em alguns casos, pode passar despercebido, até se tornar mais pronunciado.

O inchaço no pescoço pode ser causado por diversas condições, algumas mais comuns e outras mais raras. Entre as principais causas estão:

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Infecções

Infeções do tipo amigdalite e faringite podem levar ao aumento dos gânglios linfáticos e provocar inchaço no pescoço. Pode haver também infecções, por bactérias ou vírus, nos próprios gânglios linfáticos, resultando em dor e inchaço.

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Problemas na tireoide

Problemas como hipertireoidismo e hipotireoidismo – alterações na função da tireoide – podem causar inchaço, especialmente na região anterior do pescoço. Além disso, nódulos tireoidianos (benignos ou malignos) também podem provocar crescimento anormal dessa glândula, deixando o pescoço inchado.

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Reações alérgicas

Reações alérgicas a medicamentos, alimentos ou outras substâncias também podem causar inchaços nos tecidos do pescoço, além de gerar riscos graves, caso provoque fechamento das vias respiratórias.

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Doenças autoimunes

Condições como lúpus e artrite reumatoide podem levar ao aumento dos gânglios linfáticos no pescoço, causando quadros de inchaço.

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Cistos e abscessos

Acúmulos de líquido ou pus, como cistos branquiais ou abscessos dentários, podem causar inchaço localizados, tanto no rosto quanto no pescoço.

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Câncer

Alguns tipos de câncer podem gerar esse tipo de inchaço, como câncer dos gânglios linfáticos, que pode causar inchaço persistente no pescoço, e câncer de tireoide, que pode se manifestar como um nódulo ou inchaço.

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Quando buscar ajuda médica?

Saber quando procurar ajuda médica para um inchaço no pescoço é crucial para evitar complicações e garantir um tratamento adequado. Embora alguns casos de inchaço possam ser benignos e temporários, outros podem indicar condições mais sérias que necessitam de atenção profissional imediata. Confira alguns deles:

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Inchaço persistente

Qualquer inchaço no pescoço que dure mais do que alguns poucos dias deve ser avaliado por um médico, especialmente se não houver uma causa evidente, como uma infecção recente ou lesão.

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Crescimento rápido

Se o inchaço aumenta de tamanho rapidamente, isso pode indicar uma condição mais grave, como uma infecção profunda ou um tumor agressivo.

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Sintomas associados

Sintomas como dificuldade para respirar ou engolir, voz rouca persistente ou febre alta associada ao inchaço são sinais de alerta que exigem uma avaliação médica imediata. 

Além disso, perda de peso inexplicável ou suores noturnos também podem indicar condições sérias, como um câncer.

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Dor intensa

Embora alguns inchaços possam ser indolores, a presença de dor intensa ou desconforto que não melhora com medidas simples – como compressas quentes ou analgésicos comuns – é outro motivo para buscar ajuda médica.

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Histórico de câncer

Pessoas com histórico pessoal ou familiar de câncer devem ser especialmente vigilantes quanto a novos inchaços inexplicados na região do pescoço.

+ Veja também: Diabetes descompensada: como controlar?

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A importância do diagnóstico precoce

O diagnóstico precoce é fundamental em casos de dor no pescoço, por diversos motivos. Em casos de câncer, a detecção precoce aumenta significativamente as chances de sucesso do tratamento e de sobrevivência a longo prazo.

Tratar infecções e outras condições mais rapidamente pode evitar a disseminação da doença ou o desenvolvimento de complicações graves.

Além disso, um diagnóstico preciso permite um tratamento direcionado que pode aliviar os sintomas desconfortáveis mais rapidamente. E isso vale mesmo para os casos em que não haja outros sintomas, além do inchaço.

Nesse sentido, alguns sinais tornam essa assistência ainda mais urgente e necessária, como nos casos de haver alterações no tamanho, textura ou sensibilidade na região, ou ainda inchaços que se tornam mais firmes ou que parecem fixos e não móveis.

Em geral, os profissionais mais indicados para essa avaliação, investigação e tratamento são otorrinolaringologistas ou endocrinologistas.

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Exames e procedimentos para diagnosticar

Ao buscar ajuda médica para um inchaço no pescoço, algumas das avaliações e exames mais comuns para se fazer esse diagnóstico são:

✅ Exame físico detalhado – Será feita uma avaliação física completa, incluindo a palpação do pescoço para verificar a localização, tamanho, consistência e mobilidade do inchaço.

✅ Exames de sangue – Testes laboratoriais podem ajudar a identificar infecções, disfunções da tireoide ou marcadores de câncer.

✅ Exames de imagem – Ultrassonografias do pescoço , tomografias computadorizadas (TC) ou ressonâncias magnéticas (RM) fornecem imagens detalhadas das estruturas internas do pescoço.

✅ Biópsias – Se houver suspeita de câncer ou outra condição séria, poderá ser solicitada uma biópsia, que envolve a coleta de uma pequena amostra de tecido do inchaço para análise laboratorial.

Reconhecer os sinais que indicam a necessidade de ajuda médica e agir rapidamente pode fazer uma grande diferença no manejo de problemas de saúde associados a inchaços no pescoço. É sempre melhor errar pelo lado da cautela e buscar uma avaliação profissional ao menor sinal de preocupação.

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Distúrbios hormonais: o que são, sintomas e tratamentos

Os distúrbios hormonais podem afetar as mulheres em diferentes fases da vida, por diversas razões e causarem variados sintomas; dos mais leves aos mais graves.

Aprender a identificar essas alterações permite que as mulheres busquem ajuda médica precocemente, interrompendo possíveis incômodos e evitando que o quadro evolua para algo mais grave.

Para saber mais sobre distúrbios hormonais na mulher, seus sintomas e tratamentos, continue a leitura!

O que são distúrbios hormonais?

O que são distúrbios hormonais?

Distúrbios hormonais ocorrem quando há um desequilíbrio nos níveis de hormônios no corpo, ou seja, nas substâncias químicas produzidas pelas glândulas endócrinas que regulam diversas funções corporais, incluindo metabolismo, crescimento e reprodução, como é possível ver na ilustração abaixo.

Distúrbios hormonais

Desequilíbrios hormonais costumam causar uma série de sintomas e afetar a qualidade de vida das mulheres, já que hormônios como estrogênio, progesterona, testosterona e hormônios da tireoide desempenham papéis vitais na regulação do ciclo menstrual, na saúde reprodutiva, no metabolismo e até no humor. 

Principais distúrbios hormonais nas mulheres

Diversos tipos de alterações hormonais podem afetar as mulheres, causando diferentes sintomas e incômodos, com maior ou menor gravidade. Conheça os principais:

Síndrome dos ovário policísticos  (SOP)

A SOP é um distúrbio hormonal comum, que afeta mulheres em idade reprodutiva. Caracteriza-se por ciclos menstruais irregulares, excesso de andrógenos (hormônios masculinos) e pequenos  cistos nos ovários. 

Os principais sintomas incluem acne, ganho de peso e problemas de fertilidade.

Hipotireoidismo e hipertireoidismo

O hipotireoidismo é uma condição em que a glândula tireoide não produz hormônios tireoidianos suficientes, o que pode levar a sintomas como fadiga e fraqueza, ganho de peso discreto , intolerância ao frio, pele seca e cabelo quebradiço, constipação, depressão e problemas de memória, menstruações irregulares ou intensas, entre outros sintomas.

Já o hipertireoidismo é uma condição em que a glândula tireoide produz hormônios tireoidianos em excesso. Isso acelera o metabolismo do corpo, causando uma variedade de sintomas, como perda de peso inexplicável, taquicardia (batimentos cardíacos rápidos), ansiedade e irritabilidade, tremores nas mãos, sudorese excessiva, intolerância ao calor, aumento do apetite, diarreia ou evacuações frequentes, menstruações irregulares ou ausentes, entre outros.

👉 Saiba mais – O que é a tireoide e como ela afeta a saúde

Climatério e menopausa

O climatério é o período de transição antes da menopausa, marcado por flutuações hormonais que podem causar ondas de calor, distúrbios do sono, alterações de humor, entre outros sintomas. 

Já a menopausa é a interrupção natural do ciclo menstrual, geralmente ocorrendo em mulheres entre 45 e 55 anos. 

👉 Saiba mais – Climatério e menopausa: qual a diferença?

Síndrome pré-menstrual

A síndrome pré-menstrual é caracterizada por sintomas físicos e emocionais que ocorrem uma a duas semanas antes da menstruação, em parte das mulheres. Sintomas comuns incluem inchaço, dor nos seios, alterações de humor.

Prolactinoma

Um prolactinoma é um tumor benigno da glândula pituitária, que causa a superprodução de prolactina, o hormônio responsável pela produção de leite. Pode resultar em irregularidades menstruais e galactorreia (produção de leite fora da gravidez), entre outros sinais e sintomas.

Veja também:

Diagnóstico de distúrbios hormonais

Se você – ou alguma mulher próxima – apresentar sintomas persistentes ou incomuns que possam indicar um distúrbio hormonal, é importante procurar ajuda médica o quanto antes, de preferência com ginecologista ou endocrinologista

Diagnosticar e tratar desequilíbrios hormonais precocemente é fundamental tanto para interromper os transtornos causados quanto para prevenir complicações.

Os distúrbios hormonais podem apresentar uma ampla gama de sintomas, alguns dos quais podem ser facilmente confundidos com outras condições médicas. Por isso, é importante buscar avaliação médica se você:

✅ Experimentar alterações persistentes no ciclo menstrual, como menstruação irregular, ausente ou muito abundante.

✅ Notar mudanças significativas e inexplicáveis no peso.

✅ Sentir fadiga constante, apesar de dormir o suficiente.

✅ Sofrer de alterações de humor, depressão ou ansiedade sem causa aparente.

✅ Ter dificuldade para engravidar.

✅ Sentir calor ou frio excessivos sem razão aparente.

✅ Observar sintomas físicos como acne severa, queda de cabelo ou crescimento excessivo de pelos faciais e corporais.

Como é feito o diagnóstico?

Diagnosticar distúrbios hormonais envolve uma combinação de histórico médico, exame físico e testes laboratoriais. 

Na consulta médica, em geral é perguntado sobre sintomas, histórico menstrual, histórico familiar de distúrbios hormonais e outros problemas de saúde que possam estar relacionados, além de ser feita uma avaliação da pele, cabelo, peso, sinais vitais e palpação da tireoide.

Além disso, podem ser solicitados exames de sangue, que incluem a avaliação da função da glândula tireoide (hormônios TSH, T3 e T4), hormônios reprodutivos (FSH, LH, estrogênio e progesterona), testosterona, prolactina e cortisol.

Exames de imagem também podem ser realizados, a exemplo do ultrassom transvaginal , para avaliar os ovários e o útero em busca de cistos, miomas ou outras anomalias, assim como o ultrassom da tireoide, para detectar nódulos ou outras anormalidades na tireoide.

Caso seja necessário, ainda podem ser realizados exames de tolerância à glicose, utilizado para detectar resistência à insulina, comum em casos de síndrome do ovário policístico; ressonância magnética (RM), para examinar a glândula pituitária em casos suspeitos de prolactinoma ou outras anormalidades hipofisárias.

Em casos mais específicos, uma biópsia pode ser necessária para investigar nódulos na tireoide ou outras anomalias.

Tratamento para distúrbios hormonais 

Uma das opções de tratamentos para distúrbios hormonais nas mulheres é o uso de medicamentos, que podem ser prescritos para regular os níveis hormonais, como anticoncepcionais orais para SOP ou hormônios tireoidianos para hipotireoidismo.

Outra alternativa podem ser as terapias de reposição hormonal, em geral adotadas para aliviar sintomas relacionados à menopausa.

Em alguns casos – como o do prolactinoma – pode vir a ser necessária a realização de procedimento cirúrgico..

Em quadros mais discretos, ou como terapia complementar, abordagens naturais podem ser adotadas, como uma dieta específica, realização de exercícios físicos e uso de alguns tipos de vitaminas e suplementos.

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A Clínica CLAF é especializada nos cuidados com a saúde da mulher. Dispomos de profissionais experientes e atenciosos, que darão o tratamento que você precisa e espera.

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Úlceras varicosas: causas, riscos e tratamentos!

As úlceras varicosas são lesões que podem surgir principalmente nas pernas, devido a problemas circulatórios. 

Caso não sejam identificadas e tratadas precocemente, podem se agravar e levar a inúmeros desconfortos e riscos para a pessoa afetada, inclusive com risco à vida.

A seguir vamos te explicar em detalhes o que é esse problema, quais as suas causas, riscos, bem como as formas de diagnóstico e tratamento.

Continue a leitura!

O que são úlceras varicosas e como identificar

O que são úlceras varicosas e como identificar

As úlceras varicosas são feridas crônicas (persistentes), que se desenvolvem principalmente nas pernas, devido à insuficiência venosa crônica

Elas ocorrem quando as válvulas das veias das pernas não funcionam corretamente, levando ao acúmulo de sangue e aumento da pressão nas veias. Esse aumento de pressão danifica a pele e tecidos próximos, resultando na formação de feridas (úlceras).

úlceras

Geralmente aparecem na parte inferior da perna, especialmente ao redor dos tornozelos. Podem variar em tamanho, mas essas feridas são geralmente rodeadas por pele endurecida, descolorida ou manchada.

São consideradas crônicas porque tendem a cicatrizar lentamente e podem persistir por semanas, meses ou até anos, se não forem tratadas adequadamente.

Como identificar úlceras varicosas?

Identificar precocemente os sintomas das úlceras varicosas é crucial para buscar tratamento médico adequado e evitar complicações. Aqui estão os principais sintomas:

✅ A dor é um sintoma comum e pode variar de leve a intensa. A dor tende a piorar ao ficar de pé por longos períodos e pode melhorar ao elevar as pernas.

✅ Inchaço ao redor da área afetada, especialmente nos tornozelos, é frequente. O inchaço tende a piorar ao longo do dia e pode diminuir durante a noite.

✅ A pele ao redor da úlcera pode se tornar marrom ou descolorida, indicando má circulação e danos aos tecidos.

✅ Sensação de coceira ao redor da úlcera é comum e pode levar a arranhões, agravando a lesão.

✅ As úlceras podem liberar um líquido claro ou amarelado (exsudato) que, em casos de infecção, pode se tornar purulento.

✅ Muitas pessoas relatam uma sensação de “peso” ou cansaço nas pernas, que pode ser um sinal de insuficiência venosa.

✅ A pele ao redor da úlcera pode endurecer, uma condição conhecida como lipodermatoesclerose, indicando inflamação crônica e danos aos tecidos.

Identificar corretamente as úlceras varicosas e seus sintomas é crucial para um manejo adequado. Sem tratamento adequado, elas podem levar a várias complicações, incluindo infecções e inflamação crônica da pele. A cicatrização inadequada ou a recorrência das úlceras é comum, tornando o acompanhamento médico essencial para prevenir complicações.

O que causa úlceras varicosas?

O que causa esse problema?

As úlceras varicosas são causadas principalmente por insuficiência venosa crônica, uma condição em que as veias das pernas não conseguem bombear o sangue de volta ao coração de maneira eficiente. 

Os principais fatores que contribuem para o desenvolvimento de úlceras varicosas são:

Disfunção das válvulas venosas: As válvulas nas veias das pernas ajudam a impedir o refluxo do sangue. Quando essas válvulas falham ou se tornam ineficazes, o sangue pode acumular-se nas pernas, aumentando a pressão nas veias (hipertensão venosa).

Danos nas veias: Danos nas veias, devido a traumas, cirurgias ou trombose venosa profunda (TVP), podem levar à insuficiência venosa. A TVP é uma condição onde coágulos sanguíneos se formam nas veias profundas das pernas, danificando as válvulas venosas.

Fatores de risco para úlceras varicosas

Apesar de não serem os principais, diversos fatores favorecem o surgimento de úlceras varicosas, como:

Varizes: As varizes são veias dilatadas e tortuosas que resultam de válvulas venosas defeituosas. Elas são um indicador de insuficiência venosa e aumentam o risco de desenvolvimento de úlceras varicosas.

História familiar: A predisposição genética para problemas venosos pode aumentar a probabilidade de desenvolver insuficiência venosa e, consequentemente, úlceras varicosas.

Idade: O risco de insuficiência venosa e úlceras varicosas aumenta com a idade, pois as válvulas venosas podem se enfraquecer ao longo do tempo.

Sexo: As mulheres são mais propensas a desenvolver insuficiência venosa, especialmente devido a fatores hormonais e gravidez, que podem aumentar a pressão nas veias das pernas.

Obesidade: O excesso de peso coloca pressão adicional nas veias das pernas, contribuindo para a insuficiência venosa.

Estilo de vida: Longos períodos de sedentarismo ou ficar de pé podem dificultar o fluxo sanguíneo nas pernas, aumentando o risco de insuficiência venosa. A falta de exercício físico regular também é um fator contribuinte.

Gravidez: Durante a gravidez, o volume de sangue aumenta para sustentar o bebê em crescimento, o que pode sobrecarregar as veias das pernas. Além disso, o útero em crescimento pode pressionar as veias da pelve, dificultando o retorno venoso.

História de trauma: Lesões anteriores nas pernas podem danificar as veias e válvulas, predispondo o indivíduo ao desenvolvimento de úlceras varicosas.

Compreender as causas das úlceras varicosas é fundamental para a prevenção e o manejo adequado dessa condição. A identificação precoce dos fatores de risco e a adoção de medidas preventivas podem ajudar a minimizar os riscos e favorecer uma solução mais rápida do problema.

Quais os riscos envolvidos?

Quais os riscos envolvidos?

Caso não sejam tratadas de maneira adequada e em tempo hábil, as úlceras varicosas podem levar a uma série de complicações sérias e impactar significativamente a qualidade de vida da pessoa. Confira, a seguir, os principais riscos:

Celulite

A pele ao redor da úlcera pode se infectar, levando a uma infecção bacteriana da pele e dos tecidos subcutâneos chamada celulite. Os sinais incluem vermelhidão, calor, dor e inchaço ao redor da úlcera.

Dor crônica e desconforto

As úlceras varicosas são frequentemente dolorosas e, sem tratamento, a dor pode se tornar crônica e debilitante, afetando a mobilidade e a qualidade de vida do paciente.

Cicatrização deficiente

A falta de tratamento adequado pode levar à cicatrização lenta ou à falha na cicatrização das úlceras. Isso pode resultar em feridas abertas persistentes que podem durar meses ou anos.

Cicatrizes permanentes

Mesmo após a cicatrização, podem deixar cicatrizes permanentes e áreas de pele descolorida e endurecida.

Inflamação crônica

A inflamação crônica pode levar ao endurecimento e espessamento da pele e dos tecidos próximos, uma condição conhecida como lipodermatoesclerose, que pode limitar a mobilidade e causar dor intensa.

Dermatite ocre

A deposição de hemossiderina, um pigmento derivado do sangue, pode causar dermatite ocre, caracterizada por manchas marrom-avermelhadas na pele ao redor da úlcera.

Úlceras recorrentes

Sem o tratamento adequado da insuficiência venosa relacionada ao problema, as úlceras varicosas têm alta probabilidade de recorrência. Isso pode levar a um ciclo de cicatrização e reabertura das feridas.

Problemas circulatórios

A insuficiência venosa crônica não tratada pode agravar-se, aumentando o risco de outras complicações circulatórias, como trombose venosa profunda (TVP), que é a formação de coágulos nas veias profundas das pernas. A TVP pode ser potencialmente perigosa se um coágulo se deslocar para os pulmões, causando embolia pulmonar.

Perda da qualidade de vida

As complicações associadas às úlceras varicosas podem limitar a capacidade da pessoa realizar atividades diárias normais, levando a um impacto negativo na qualidade de vida.

Osteomielite

Em casos graves, a infecção pode se espalhar para os ossos próximos, resultando em osteomielite, que é uma infecção óssea difícil de tratar e que pode exigir intervenção cirúrgica.

Septicemia

Infecções severas podem entrar na corrente sanguínea, causando septicemia (infecção generalizada), uma condição potencialmente fatal que requer tratamento imediato.

👉 Veja também: Quando devo ir ao angiologista?

Úlceras varicosas: diagnóstico e tratamento

Úlceras varicosas: diagnóstico e tratamento

O diagnóstico das úlceras varicosas envolve uma avaliação clínica detalhada e, frequentemente, exames adicionais para determinar a causa subjacente e a gravidade da condição.

Angiologistas ou cirurgiões(ãs) vasculares em geral colhem informações sobre o histórico médico da pessoa, incluindo sintomas, duração das úlceras, histórico de doenças venosas, traumas nas pernas e fatores de risco como obesidade, gravidez e histórico familiar de varizes.

O exame físico inclui a inspeção visual da úlcera e da pele ao redor, quanto à localização, tamanho, profundidade e características da úlcera, além de verificar sinais de infecção ou inflamação.

A palpação das pernas pode revelar varizes e áreas de endurecimento ou sensibilidade, indicando insuficiência venosa ou infecção.

Já em termos de exames geralmente usados para investigar e diagnosticar quadros de úlceras varicosas, os principais são:

✅ Ultrassonografia com doppler: Esse exame é fundamental para avaliar o fluxo sanguíneo nas veias das pernas. Ele ajuda a identificar insuficiência venosa, refluxo nas válvulas venosas e obstruções nas veias.

✅ Pletismografia venosa: Mede a capacidade das veias de transportar sangue de volta ao coração, avaliando a função venosa global.

✅ Análise de cultura da ferida: Se houver sinais de infecção, uma amostra do exsudato da úlcera pode ser coletada para análise microbiológica, identificando organismos infecciosos e determinando a sensibilidade a antibióticos.

Tratamentos para úlceras varicosas

O tratamento das úlceras varicosas envolve uma abordagem multifacetada para promover a cicatrização da ferida, tratar a insuficiência venosa e prevenir que o problema volte a ocorrer. As opções de tratamento incluem:

✅ Limpeza da úlcera: A limpeza regular da úlcera com soluções salinas ou antissépticas suaves ajuda a remover detritos e prevenir infecções.

✅ Desbridamento: A remoção de tecido morto ou infectado é essencial para promover a cicatrização. O ideal é que seja feito por profissional habilitado, a fim de evitar lesões e complicações.

✅ Curativos: Curativos especiais, como curativos de hidrocolóide, alginato ou espuma, são usados para manter um ambiente úmido na ferida, promover a cicatrização e absorver o exsudato.

✅ Meias de compressão: Meias de compressão graduada ajudam a melhorar o fluxo sanguíneo nas pernas, reduzindo o inchaço e a pressão venosa. São essenciais no tratamento da insuficiência venosa e na prevenção de úlceras recorrentes.

✅ Bandagens de compressão: Bandagens de compressão de curto alongamento ou múltiplas camadas são utilizadas para fornecer compressão uniforme e suporte às veias.

✅ Antibióticos: Se houver infecção, antibióticos orais ou tópicos podem ser prescritos.

✅ Analgésicos: Medicamentos para alívio da dor podem ser necessários para controlar a dor associada às úlceras.

✅ Escleroterapia: Um agente esclerosante é injetado nas varizes para fechá-las, melhorando o fluxo sanguíneo nas veias saudáveis.

✅ Cirurgia de varizes: Procedimentos como a ligadura e stripping de veias, ablação por laser ou radiofrequência podem ser realizados para remover ou fechar as veias danificadas.

✅ Cirurgia de bypass venoso: Em casos graves, pode ser necessário criar um bypass venoso para redirecionar o fluxo sanguíneo ao redor das veias bloqueadas ou danificadas.

Independente da gravidade do quadro, sempre será importante fazer mudanças também no estilo de vida, como a prática de atividades físicas regulares, como caminhadas, que ajudam a melhorar a circulação nas pernas. 

Elevar as pernas acima do nível do coração algumas vezes ao dia também pode reduzir o inchaço e melhorar o retorno venoso, bem como manter um peso saudável, a fim de reduzir a pressão nas veias das pernas.

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Flebite: o que é, sintomas, causas e tratamentos!

A flebite é uma inflamação que pode ocorrer nos vasos sanguíneos – especialmente nas veias – e causar desde incômodos leves a até quadros graves, com risco à vida.

Suas causas podem variar bastante, assim como as formas de tratamento.

A seguir vamos te contar tudo o que você precisa saber sobre essa condição, tanto para se proteger (e à sua família) quanto para saber o que fazer, caso se depare com essa situação.

Boa leitura!

O que é flebite?

O que é flebite?

Flebite – também conhecida como tromboflebite – é uma condição médica que envolve a inflamação de uma veia e que pode ocorrer tanto em veias superficiais (localizadas próximas à superfície da pele) quanto em veias profundas. 

Dependendo de qual tipo de veia é afetada, a flebite pode ser classificada em dois tipos principais:

✅ Flebite superficial: Afeta veias localizadas logo abaixo da pele. Geralmente, essa forma é menos grave, mas ainda pode causar desconforto significativo.

✅ Flebite profunda: Envolve veias mais profundas e é frequentemente associada a uma condição mais séria conhecida como trombose venosa profunda (TVP). Esta forma pode levar a complicações mais severas, incluindo embolia pulmonar, se um coágulo se desprender e viajar até os pulmões.

A flebite é uma inflamação venosa que pode variar de leve a severa, dependendo das veias afetadas e da presença de coágulos. O reconhecimento dos sinais iniciais e a compreensão da condição são essenciais para um tratamento eficaz e para a prevenção de complicações mais sérias.

Quais os sintomas? Como identificar?

Quais os sintomas? Como identificar?

A identificação precoce dos sintomas da flebite é fundamental para o tratamento adequado e para evitar complicações. Os sintomas podem variar dependendo se a inflamação afeta veias superficiais ou profundas. 

Nos quadros de flebite superficial, os principais sintomas costumam ser:

✅ Dor e sensibilidade: Uma das queixas mais comuns é a dor na área da veia afetada, que pode ser acompanhada de sensibilidade ao toque.

✅ Vermelhidão: A pele sobre a veia inflamada pode ficar vermelha e quente

✅ Inchaço: Pode haver um leve inchaço na região afetada.

✅ Veia endurecida: A veia inflamada pode parecer dura e palpável sob a pele, às vezes parecendo um cordão.

Já nos casos de flebite profunda (trombose venosa profunda), os sintomas geralmente são:

✅ Dor intensa: A dor pode ser mais intensa e localizada na perna ou braço, dependendo da veia afetada.

✅ Inchaço extensivo: O inchaço tende a ser mais pronunciado e pode envolver toda a extremidade.

✅ Calor localizado: A área afetada pode estar visivelmente mais quente em comparação com outras partes do corpo.

✅ Alterações na cor da pele: A pele pode ficar pálida, avermelhada ou azulada.

✅ Sensação de peso: Pode haver uma sensação de peso ou cansaço na extremidade afetada.

Alguns outros sinais e sintomas gerais que podem surgir incluem febre, indicando uma possível infecção, além da sensação de cansaço ou indisposição sem motivo aparente.

Alguns sinais podem indicar quadros graves, que exigem a busca por ajuda médica o quanto antes, como dor severa, inchaço significativo ou alterações na cor da pele, é essencial procurar ajuda médica imediata.

Pessoas com histórico de trombose venosa profunda também devem ser particularmente vigilantes quanto a esses sintomas.

Finalmente, se houver dificuldade para respirar, dor no peito, tontura ou desmaio, é fundamental buscar atendimento de emergência, pois pode indicar uma embolia pulmonar, uma complicação grave da trombose venosa profunda.

Veja também: Quando devo ir ao angiologista?

O que causa flebite?

Existem diversos fatores de risco e condições que podem contribuir para o desenvolvimento dessa inflamação venosa e compreender essas causas ajuda na prevenção e no manejo da doença.

Imobilidade prolongada

Passar longos períodos sentado em viagens de avião ou carro pode diminuir a circulação sanguínea nas pernas, favorecendo o surgimento do problema em pessoas com essa tendência. Confinamento a uma cama devido a doença ou cirurgia também pode aumentar o risco de flebite.

Lesões nas veias

Contusões, fraturas ou lesões diretas nas veias podem desencadear inflamação, assim como procedimentos cirúrgicos, especialmente em áreas próximas a grandes veias, podem lesionar as paredes venosas.

Distúrbios de coagulação

A trombofilia é uma condição genética que aumenta a tendência de formação de coágulos sanguíneos.

O uso de contraceptivos orais ou terapia hormonal também têm o potencial de aumentar o risco de coagulação. 

Estilo de vida

A falta de atividade física regular pode contribuir para a má circulação sanguínea, bem como hábitos como fumar, o que danifica as paredes dos vasos sanguíneos, aumentando o risco de inflamação e coágulos.

Condições médicas associadas

Algumas condições médicas têm o potencial de afetar o sistema de coagulação do sangue, aumentando o risco de flebite, como:

✅ Insuficiência venosa crônica: A dificuldade das veias em retornar o sangue ao coração pode causar estagnação e inflamação.

Varizes: Veias dilatadas e tortuosas são mais suscetíveis a inflamações.

✅ Câncer: Quimioterapia e outros tratamentos podem aumentar o risco de formação de coágulos. Além disso, certos tipos de câncer podem aumentar a propensão à coagulação.

✅ Infecções: Infecções próximas às veias podem se espalhar para as paredes venosas, causando inflamação.

✅ Doenças autoimunes: Condições autoimunes (como lúpus) também podem causar inflamação sistêmica, incluindo das veias.

A flebite pode ser desencadeada por uma variedade de fatores. Identificar e gerenciar esses fatores de risco é essencial para a prevenção da flebite e a redução de suas complicações. 

Como é feito o diagnóstico?

Em geral, quadros de flebite são investigados por médico(a) angiologista, e o diagnóstico da flebite envolve uma combinação de avaliação clínica e exames complementares. Os objetivos são confirmar a inflamação das veias, identificar a presença de coágulos sanguíneos e determinar a extensão e gravidade da condição. 

A seguir, estão os principais métodos e procedimentos utilizados para diagnosticar a flebite.

Histórico médico

Em geral, são investigados os sintomas que o paciente está experimentando, como dor, inchaço, vermelhidão e calor na área afetada.

O histórico médico incluirá a avaliação de fatores de risco, como imobilidade recente, traumas, cirurgias, uso de contraceptivos orais, histórico familiar de distúrbios de coagulação e hábitos de vida (como tabagismo).

Exame físico

Também costuma ser feito um exame visual da área afetada, em busca de sinais de inflamação, como vermelhidão e inchaço e detectar endurecimento das veias ou cordões palpáveis, que são característicos da flebite superficial.

Pode ser feito o teste de flexão do pé para verificar a presença de dor na panturrilha, o que pode indicar tromboflebite profunda.

Exames de imagem

Além do exame físico, é importante que sejam feitos exames de imagem, a fim de confirmar definitivamente o quadro, que costumam incluir:

✅ Ultrassonografia com doppler: O exame de imagem mais comum para diagnosticar flebite, especialmente a trombose venosa profunda (TVP). Utiliza ondas sonoras para criar imagens das veias e detectar a presença de coágulos sanguíneos. Já a técnica Doppler pode avaliar o fluxo sanguíneo nas veias, identificando áreas de fluxo reduzido ou bloqueado.

✅ Angiografia venosa: Um corante de contraste é injetado em uma veia, e raios X são utilizados para visualizar as veias. Este exame é menos comum, mas pode ser utilizado quando os resultados da ultrassonografia não são conclusivos.

Exames laboratoriais

Por se tratar de um problema basicamente relacionado aos processos de coagulação do sangue, realizar exames sanguíneos também é importante, como:

✅ D-dímero: Este exame de sangue mede os fragmentos de proteínas que são liberados quando um coágulo sanguíneo se dissolve no corpo. Níveis elevados de D-dímero podem indicar a presença de coágulos, mas não são específicos para flebite e necessitam de confirmação adicional por imagem.

✅ Tempo de protrombina (TP) e tempo de tromboplastina parcial (TTP): Avaliam a capacidade do sangue de coagular e são úteis para monitorar pacientes em tratamento com anticoagulantes.

Avaliações complementares

Caso seja necessário, a investigação pode ser aprofundada, com a realização de exames ainda mais sofisticados, como ressonância magnética e a tomografia computadorizada, para obter imagens detalhadas das veias e tecidos circundantes, especialmente útil em áreas de difícil acesso ou em casos complexos, auxiliando na identificação de tromboses e na avaliação de complicações.

Tratamentos para flebite

O tratamento da flebite visa reduzir a inflamação, aliviar os sintomas e prevenir complicações, como a formação de coágulos sanguíneos que podem levar à embolia pulmonar. 

As abordagens terapêuticas variam conforme o tipo e a gravidade da flebite, bem como a saúde geral do paciente. A seguir, estão os principais métodos de tratamento para flebite superficial e profunda.

Tratamento da flebite superficial

Nos quadros mais leves e superficiais, algumas medidas que podem ser adotadas incluem o uso de compressas quentes sobre a área afetada pode ajudar a reduzir a inflamação e aliviar a dor, além de manter elevados o braço ou a perna afetados, para ajudar a diminuir o inchaço e melhorar a circulação.

O uso de meias de compressão – quando indicadas por médico(a) – também podem ajudar a melhorar a circulação sanguínea e reduzir o inchaço.

Caminhar e realizar exercícios leves pode promover a circulação sanguínea e ajudar na recuperação.

Já como forma de alívio, podem ser usadas medicações como anti-inflamatórios e analgésicos, visando reduzir o quadro de dor e inflamação.

Tratamento da flebite profunda (trombose venosa profunda)

Já nos quadros mais graves, as medidas tomadas são outras, podendo incluir o uso de medicamentos anticoagulantes, visando prevenir a formação de novos coágulos e a extensão dos existentes, o que pode ser mantido por longo prazo para “afinar o sangue”.

Em casos graves, medicamentos trombolíticos podem ser administrados para dissolver coágulos grandes, embora essa opção seja menos comum devido aos riscos de hemorragia.

Em pacientes que não podem usar anticoagulantes, um filtro pode ser colocado na veia cava inferior para impedir que coágulos se desloquem para os pulmões.

Especialmente quando há risco de embolia pulmonar, pode ser necessário internar o paciente para monitoramento e tratamento intensivo.

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Doenças vasculares: conheça os riscos e como preveni-las

As doenças vasculares pertencem ao grupo das chamadas “doenças silenciosas”, já que no início não costumam dar sinais claros de que estão ocorrendo, o que faz com que as pessoas não percebam e demorem a buscar ajuda.

Com isso, esses problemas podem se agravar e trazer grandes riscos, inclusive à vida.

Por isso, a seguir vamos te explicar o que são doenças vasculares, explicar seus riscos e o que você pode fazer para preveni-las.

Acompanhe!

Doenças vasculares ou doenças cardiovasculares?

Doenças vasculares ou doenças cardiovasculares?

Apesar de serem facilmente confundidas, as doenças vasculares são diferentes das doenças cardiovasculares, já que ambas dizem respeito a problemas relacionados à saúde circulatória. 

Enquanto a primeira (doenças vasculares) é tratada por médicos(as) angiologistas e cirurgiões(ãs) vasculares, a segunda (doenças cardiovasculares) são tratadas por cardiologistas. 

Condições cardiovasculares afetam o coração e os vasos sanguíneos a ele relacionados, levando a problemas como:

✅ Doença arterial coronariana (DAC) – Estreitamento ou bloqueio das artérias coronárias, geralmente devido ao acúmulo de placas de gordura (aterosclerose).

✅ Infarto do Miocárdio (ataque cardíaco) – Quando o fluxo sanguíneo para uma parte do músculo cardíaco é bloqueado por um coágulo, resultando em danos ou morte do tecido cardíaco. 

✅ Insuficiência cardíaca – Condição crônica em que coração não consegue bombear sangue de maneira eficiente para atender às necessidades do corpo. 

✅ Arritmias cardíacas – Alterações no ritmo normal do coração. Podem incluir taquicardia (batimentos rápidos), bradicardia (batimentos lentos) ou batimentos irregulares, como a fibrilação atrial. 

✅ Hipertensão arterial (pressão alta) – Condição em que a pressão do sangue nas artérias é constantemente elevada, o que pode levar a danos no coração e nos vasos sanguíneos ao longo do tempo.

Já os problemas vasculares estão relacionados à circulação do corpo na totalidade, estando ligados ao funcionamento das veias, artérias e do sistema linfático. Os principais problemas vasculares são:

Varizes – Veias dilatadas e tortuosas, especialmente nas pernas, que tornam aparentes e provocam incômodos como dor, peso, cansaço e inchaços.

Trombose  Formação de coágulos dentro dos vasos, que dificultam a adequada circulação sanguínea e podem, em alguns casos, se soltarem e viajar pela corrente sanguínea se alojando nos pulmões ou no cérebro, levando a risco grave, inclusive à vida do paciente.

✅ Embolia pulmonar – Obstrução de artérias dos pulmões, como consequência da trombose citada acima.

✅ Vasculite – Inflamação da parede dos vasos sanguíneos.

Como vimos, doenças vasculares e doenças cardiovasculares se parecem, mas não são iguais. A seguir falaremos especificamente das doenças vasculares, seus riscos e como preveni-las.

Veja também: Quando devo ir ao angiologista?

Quais os riscos das doenças vasculares

Quais os riscos das doenças vasculares

As doenças vasculares envolvem condições que afetam o sistema circulatório, incluindo veias, artérias e vasos linfáticos. Conheça abaixo os principais riscos associados aos problemas que afetam essas estruturas.

Varizes

Varizes são veias dilatadas e tortuosas que ocorrem principalmente nas pernas. Elas resultam de falhas nas válvulas das veias, que permitem que o sangue flua de volta para o coração. Isso faz com que o sangue se acumule, causando essa dilatação. Entre os principais riscos, estão:

✅ Dor e desconforto – Podem causar dor, sensação de peso e cansaço nas pernas.

Complicações dermatológicas – Podem levar a alterações na pele, como dermatite e úlceras venosas.

Tromboflebite superficial – Inflamação de uma veia superficial, que pode se complicar com a formação de coágulos sanguíneos.

✅ Trombose – Podem favorecer o surgimento de tromboses.

Trombose

A trombose ocorre quando um coágulo de sangue (trombo) se forma dentro de um vaso, bloqueando o fluxo sanguíneo. Existem dois tipos principais: trombose venosa profunda (TVP) e trombose arterial. Quanto aos riscos, podemos citar:

Embolia pulmonar – Um coágulo de trombose venosa profunda pode se deslocar até os pulmões, causando uma embolia pulmonar, que é uma condição potencialmente fatal.

Isquemia e infarto – A trombose arterial pode levar à isquemia (falta de fluxo sanguíneo), ao infarto do miocárdio ou a acidentes vasculares cerebrais (AVCs).

✅ Complicações locais – Na TVP, pode haver dor, inchaço e vermelhidão na área afetada, além de um risco aumentado de síndrome pós-trombótica, que pode causar dor crônica e inchaço na perna.

Embolia 

Embolia é o bloqueio súbito de uma artéria por um êmbolo, que pode ser um coágulo de sangue, uma bolha de ar, gordura ou fragmentos de tecido. Seus principais riscos são:

Embolia pulmonar – Um coágulo de sangue que viaja para os pulmões pode bloquear as artérias pulmonares, resultando em falta de ar, dor no peito e até morte súbita.

Embolia cerebral – Um êmbolo que atinge o cérebro pode causar um acidente vascular cerebral (AVC), levando a danos neurológicos graves e possivelmente permanentes.

✅ Isquemia de membros – Uma embolia que bloqueia uma artéria em um braço ou perna pode causar isquemia aguda, resultando em dor intensa, perda de função e, em casos graves, pode necessitar de amputação se não tratada rapidamente.

Vasculites

Vasculites são inflamações dos vasos sanguíneos, que podem afetar artérias, veias e capilares. Existem vários tipos de vasculite, que podem variar de acordo com os vasos afetados e a gravidade da inflamação. Seus principais riscos são:

Danos aos órgãos – A inflamação pode restringir o fluxo sanguíneo para órgãos vitais, causando danos aos tecidos e órgãos. Por exemplo, vasculite renal pode levar à insuficiência renal.

Aneurismas – A inflamação pode enfraquecer as paredes dos vasos sanguíneos, levando à formação de aneurismas, que podem romper e causar hemorragias fatais.

✅ Complicações sistêmicas – Pode causar febre, fadiga, perda de peso e dores musculares e articulares. A inflamação crônica pode levar a complicações graves, como insuficiência cardíaca ou derrame.

A prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para reduzir os riscos associados às doenças vasculares.

O que fazer para preveni-las?

O que fazer para preveni-las?

Não é possível prevenir totalmente o surgimento de doenças vasculares, já que existe um componente genético importante envolvido. No entanto, com a adoção de um estilo de vida saudável e o controle de fatores de risco conhecidos é possível reduzir as chances de ter, retardar o surgimento ou suavizar a intensidade dos sintomas.

Confira algumas medidas importantes que podem ser tomadas:

Manter um peso saudável

O excesso de peso coloca pressão extra sobre as veias, especialmente nas pernas, aumentando o risco de varizes e trombose venosa. Adotar uma dieta equilibrada e praticar atividade física regularmente para manter um peso adequado.

Praticar exercícios físicos regularmente

Os exercícios regulares – tanto aeróbicos quanto os de força – ajudam a melhorar a circulação sanguínea e fortalecem o sistema cardiovascular. Caminhadas, corridas leves, natação e ciclismo são ótimos exercícios, assim como musculação e pilates.

Adotar uma dieta saudável

Uma dieta balanceada pode reduzir o risco de aterosclerose, hipertensão e outras condições que levam a doenças vasculares. Procure consumir frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis. E evite alimentos ricos em açúcares, gorduras trans e saturadas e sódio.

Hidratação adequada

Manter-se hidratado ajuda na fluidez do sangue e reduz o risco de formação de coágulos. O ideal, segundo nutricionistas, é consumir no mínimo 35 ml de água por quilo de peso corporal. Ou seja, se você pesar 70 kg, multiplique esse valor por 35, o que daria cerca de 2,4 litros de água por dia.

Não fumar e evitar o excesso de álcool

O tabagismo danifica os vasos sanguíneos e aumenta o risco de doenças vasculares. Já o consumo excessivo de álcool pode levar à hipertensão e outras complicações cardiovasculares. Por isso, evite o uso de cigarros e, se for beber, tenha moderação, de preferência intercalando o consumo de água entre um gole e outro.

Controle de pressão arterial e do colesterol

A hipertensão e níveis elevados de colesterol são fatores de risco para muitas doenças vasculares. Procure monitorar regularmente a pressão arterial e os níveis de colesterol. 

Para saber como prevenir ou controlar a pressão arterial, confira este artigo. Já para aprender como evitar ou tratar o colesterol alto, veja este artigo.

Uso de meias de compressão

Meias de compressão podem ajudar a melhorar o fluxo sanguíneo nas pernas e prevenir varizes e trombose venosa profunda. Caso tenha indicação médica, vale a pena investir nesse tipo de recurso, especialmente se, em sua rotina, você permanece longos períodos de pé ou sentado.

Movimentação regular

Permanecer sentado ou de pé por longos períodos pode aumentar o risco de formação de coágulos. Para minimizar esse risco, procure levantar-se e mover-se a cada 30 minutos, especialmente durante viagens longas ou trabalho de escritório.

Acompanhamento médico regular

Entre os cuidados mais importantes está a realização de consultas e exames médicos regulares – com angiologistas – o que permite a detecção precoce de problemas vasculares e de outros fatores de risco. Além disso, esse(a) especialista pode avaliar sua tendência de desenvolver certos problemas, a fim de evitar que eles ocorram ou retardar seu surgimento.

Com os cuidados certos, é possível reduzir significativamente o risco de desenvolver varizes, trombose, embolias e vasculites, promovendo a saúde vascular e geral.

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Má circulação: como identificar, prevenir e tratar

Problemas circulatórios estão entre aquelas condições “silenciosas”, que vão se desenvolvendo, ficando mais sérias e aumentando os riscos, sem que a pessoa perceba logo.

Saber identificar rapidamente esse tipo de problema e buscar o tratamento correto faz toda diferença. Para isso, é fundamental entender bem o problema, sua origem, formas de prevenção e tratamento.

Se esse assunto te interessa, a seguir vamos te explicar tudo o que você precisa saber sobre a má circulação. Acompanhe!

Sinais de má circulação. Como identificar?

Sinais de má circulação. Como identificar?

A má circulação sanguínea – também conhecida como insuficiência circulatória – é uma condição na qual o fluxo de sangue é insuficiente para atender às necessidades do corpo

Isso pode acontecer devido a diversos fatores que afetam o funcionamento do sistema cardiovascular, incluindo problemas com o coração, artérias, veias e capilares. Quando o sangue não circula adequadamente, partes do corpo podem não receber oxigênio e nutrientes essenciais, levando a uma série de sintomas e complicações.

Os sinais e sintomas de má circulação podem variar, dependendo da gravidade e da área do corpo afetada. Alguns dos sinais mais comuns incluem:

Mãos e pés frios são uma das manifestações mais frequentes, devido à redução do fluxo sanguíneo nas extremidades.

Inchaço nas pernas, tornozelos e pés pode ocorrer quando o sangue se acumula nas veias, levando ao vazamento de fluidos nos tecidos.

✅ Sensações de dormência, formigamento ou “agulhadas” nas extremidades são sinais de que os nervos não estão recebendo oxigênio suficiente.

✅ Dor ou cãibras nas pernas, especialmente ao caminhar (claudicação intermitente), podem ser indicativos de má circulação nas artérias das pernas.

✅ Pele com aspecto pálido, azulado ou arroxeado, especialmente nos dedos das mãos e dos pés, indicando falta de oxigenação adequada.

✅ Sensação de cansaço e falta de energia podem ocorrer quando os músculos e tecidos não recebem oxigênio e nutrientes suficientes.

✅ A cicatrização lenta de cortes, arranhões ou feridas é um sinal de que o sangue não está fornecendo nutrientes suficientes para a reparação dos tecidos.

✅ Má circulação pode afetar a saúde dos cabelos e unhas, resultando em queda de cabelo e unhas quebradiças ou que crescem lentamente.

Você pode estar se perguntando agora “como faço para saber se tenho um problema de má circulação?”.

Identificar um quadro de má circulação sanguínea pode envolver a observação de sintomas físicos e a realização de exames médicos. Aqui estão algumas das formas como se costuma diagnosticar essa condição.

Os sinais físicos mencionados acima, como extremidades frias, inchaço, dormência, formigamento e descoloração da pele.

Médicos(as) podem realizar um exame físico detalhado, incluindo a verificação de pulsos nas extremidades, inspeção da pele e avaliação do inchaço.

Ultrassom com doppler, que é um exame que utiliza ondas sonoras para visualizar o fluxo sanguíneo nas artérias e veias.

✅ Exame de angiografia, que envolve a injeção de um corante contrastante para visualizar as artérias e identificar obstruções.

Reconhecer os sinais e sintomas da má circulação sanguínea é crucial para buscar uma avaliação médica adequada e evitar complicações. Identificar essa condição precocemente pode levar a intervenções eficazes para melhorar o fluxo sanguíneo e a saúde geral.

Quais os riscos?

Quais os riscos?

A má circulação sanguínea, se não tratada, pode levar a uma série de complicações sérias que afetam a saúde geral da pessoa. Aqui estão alguns dos principais riscos associados à má circulação:

Úlceras e feridas crônicas

A insuficiência circulatória pode resultar em úlceras dolorosas e difíceis de cicatrizar, especialmente em pessoas com diabetes. Essas úlceras podem infeccionar e, em casos graves, levar à necessidade de amputação.

Infecções

A circulação inadequada reduz a capacidade do corpo de combater infecções, aumentando o risco de infecções de pele e tecidos, como celulite.

Feridas que não cicatrizam podem tornar-se portas de entrada para infecções que podem se espalhar para outras partes do corpo, resultando em septicemia (infecção generalizada).

Doenças cardíacas

Má circulação pode estar associada a aterosclerose, que é o acúmulo de placas nas artérias coronárias, aumentando o risco de angina e infarto do miocárdio (ataque cardíaco).

Acidente vascular cerebral (AVC)

A má circulação pode causar a formação de coágulos sanguíneos, que podem viajar para o cérebro e causar um AVC isquêmico, resultando em danos cerebrais permanentes ou morte.

Insuficiência renal

A circulação deficiente pode afetar os rins, levando à insuficiência renal crônica, que pode necessitar de diálise ou transplante renal.

Trombose

Especialmente nas pernas, esse problema pode levar à formação de coágulos sanguíneos nas veias profundas (trombose). Se um desses coágulos se deslocar e viajar até os pulmões, pode causar uma embolia pulmonar, que é uma emergência médica.

Gangrena

A má circulação pode levar à morte dos tecidos devido à falta de oxigênio e nutrientes. Gangrena pode ocorrer nas extremidades, como dedos das mãos e pés, e pode necessitar de amputação para evitar a propagação da infecção.

Hipertensão arterial

A má circulação pode contribuir para a hipertensão, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e derrame.

Problemas cognitivos

Uma circulação sanguínea inadequada para o cérebro pode causar problemas cognitivos e demência vascular, resultando em perda de memória, dificuldade de raciocínio e outras funções cognitivas.

Impotência

Nos homens, a má circulação pode causar disfunção erétil, devido ao fluxo sanguíneo insuficiente para o pênis.

Complicações respiratórias

Finalmente, essa deficiência circulatória pode resultar em níveis insuficientes de oxigênio no sangue, levando a problemas respiratórios e fadiga extrema.

Esses riscos demonstram a importância de identificar e tratar a má circulação sanguínea o mais cedo possível. A avaliação médica regular e o tratamento adequado podem ajudar a prevenir essas complicações e a manter a saúde cardiovascular em bom estado.

Má circulação: prevenção e tratamento

Má circulação: prevenção e tratamento

A má circulação sanguínea é uma condição que pode ser influenciada por vários fatores, incluindo estilo de vida e genética. Embora não seja possível prevenir completamente a má circulação devido ao seu forte componente genético, adotar certos cuidados pode retardar o surgimento da condição, minimizar os sintomas e controlar seu avanço

Prevenção da má circulação

Certos cuidados – especialmente quando tomados precocemente – certamente farão muita diferença no quadro. Entre os principais, podemos citar:

✅ Dieta balanceada – Consumir alimentos ricos em nutrientes, como frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis. Evitar alimentos ricos em gorduras saturadas, trans, colesterol e sal pode ajudar a prevenir o acúmulo de placas nas artérias e a hipertensão. Alimentos ricos em antioxidantes, como frutas vermelhas, podem melhorar a saúde vascular.

✅ Atividades físicas – Realizar exercícios aeróbicos como caminhada, corrida, natação ou ciclismo por pelo menos 30 minutos na maioria dos dias da semana ajuda a melhorar a circulação e a fortalecer o coração. Alongamentos e exercícios de fortalecimento muscular também vão ajudar a manter os vasos sanguíneos flexíveis e promover o fluxo sanguíneo.

✅ Controle de peso – Manter um peso corporal adequado reduz a pressão sobre o sistema cardiovascular e ajuda a prevenir doenças como hipertensão e diabetes, que podem afetar a circulação.

✅ Não fumar – O tabagismo danifica os vasos sanguíneos e reduz o fluxo sanguíneo. Não fumar ou interromper o hábito é crucial para garantir uma melhor circulação e saúde cardiovascular.

✅ Pressão arterial e colesterol – Monitorar regularmente a pressão arterial e os níveis de colesterol. Seguir o tratamento recomendado pelo médico se os níveis estiverem elevados.

✅ Consultas médicas – Realizar check-ups regulares para detectar e tratar precocemente quaisquer problemas circulatórios.

✅ Hidratação adequada – Manter-se bem hidratado ajuda a manter o volume sanguíneo adequado e promove uma circulação eficiente.

✅ Meias de compressão – Caso haja indicação médica, usar meias de compressão pode ajudar a melhorar o fluxo sanguíneo nas pernas e prevenir problemas como a trombose venosa profunda (TVP).

Tratamentos para a má circulação

Mesmo quando o problema já está ocorrendo, também há medidas que podem ser tomadas, tanto para evitar que o quadro se agrave quanto para reverter a situação. Entre as principais, estão:

✅ Uso de medicamentos – Especialistas podem prescrever medicações anticoagulantes para ajudar a prevenir a formação de coágulos sanguíneos; vasodilatadoras, que dilatam os vasos sanguíneos e podem melhorar o fluxo sanguíneo; estatinas, que baixam os níveis de colesterol e previnem o acúmulo de placas nas artérias; ou antiplaquetárias, que evitam a agregação de plaquetas, reduzindo o risco de trombose.

✅ Terapias não farmacológicas – Massagens podem estimular a circulação e reduzir o inchaço nas extremidades. Usar meias de compressão pode melhorar o fluxo sanguíneo nas pernas. Banhos de contraste (alternando entre água quente e fria) podem estimular a circulação.

✅ Procedimentos médicos – Podem ser usados stents, que são dispositivos metálicos colocados dentro das artérias para mantê-las abertas e melhorar o fluxo sanguíneo ou uma cirurgia de bypass, para criar um novo caminho para o sangue fluir ao redor de uma artéria bloqueada ou estreitada. 

✅ Tratamento de varizes – Como uma das principais manifestações da má circulação são as varizes, existem inúmeras soluções para esse problema, desde a aplicação de lasers, injeção de substâncias ou tratamentos cirúrgicos.

✅ Gerenciamento de condições relacionadas – No caso de pessoas com diabetes, é fundamental um controle rigoroso dos níveis de açúcar no sangue através de dieta, medicação e monitoramento regular. Já para os hipertensos, é importante controlar a pressão arterial com medicamentos, dieta e exercícios. Finalmente, para quem tem obesidade, a perda de peso pode ajudar a reduzir a pressão sobre o sistema cardiovascular e melhorar a circulação.

Consultar regularmente um profissional de saúde para avaliações e orientações personalizadas é fundamental para manter uma boa circulação sanguínea e uma melhor qualidade de vida.

Para isso, conte com a Clínica CLAF. Dispomos de profissionais experientes e atenciosos, que darão o tratamento que você precisa e espera.

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Cortisol alto: causas, sintomas e como evitar!

O cortisol é um dos hormônios mais importantes para o funcionamento do nosso organismo. Quando seus níveis encontram-se alterados, diversas alterações podem ocorrer, interferindo inclusive em nosso estado de humor e comportamento.

O cortisol alto está diretamente relacionado a sintomas como sono alterado, tensão e irritabilidade.

Confira a seguir o que é o hormônio cortisol, quando é considerado alto, quais sintomas isso pode provocar e, principalmente, o que fazer para controlar ou tratar. Confira!

O que é o cortisol alto?

O que é o cortisol alto?

O cortisol é um hormônio esteróide produzido pelas glândulas suprarrenais, que estão localizadas acima dos rins. Também conhecido como “hormônio do estresse”, desempenha um papel crucial em várias funções do corpo, incluindo a resposta ao estresse, o metabolismo de proteínas, gorduras e carboidratos, a regulação da pressão arterial e a função imunológica.

Os níveis de cortisol no corpo variam ao longo do dia, com picos geralmente ocorrendo nas primeiras horas da manhã e caindo para os níveis mais baixos à noite. Esta variação é conhecida como ritmo circadiano do cortisol. Um nível de cortisol é considerado alto quando está acima da faixa normal esperada para a hora do dia em que o teste é realizado. 

A faixa normal de cortisol no sangue pode variar, mas geralmente é considerada entre 10 a 20 microgramas por decilitro (µg/dL) pela manhã e entre 3 a 10 µg/dL à tarde. Valores acima desses limites podem indicar níveis elevados de cortisol.

A identificação de níveis elevados de cortisol pode ser feita através de vários testes laboratoriais, incluindo:

✅ Teste de cortisol no sangue: Mede os níveis de cortisol no sangue, normalmente realizado pela manhã quando os níveis de cortisol são mais altos.

✅ Teste de cortisol na urina: Coleta de urina de 24 horas para medir a quantidade total de cortisol secretado durante esse período.

✅ Teste de cortisol na saliva: Mede os níveis de cortisol na saliva, geralmente coletados à noite para detectar variações anormais no ritmo circadiano.

✅ Teste de supressão com medicação: Envolve a administração de dexametasona, um corticóide sintético, seguida de medição dos níveis de cortisol para avaliar como o corpo regula a produção de cortisol.

Esses testes ajudam os médicos a determinarem se os níveis de cortisol estão elevados e a investigarem possíveis causas, como a síndrome de Cushing, que é caracterizada pela produção excessiva de cortisol.

Quais sintomas isso provoca?

Quais sintomas isso provoca?

Níveis elevados de cortisol podem afetar o funcionamento de praticamente todo o corpo. Confira abaixo os principais sinais e sintomas, que podem variar de pessoa para pessoa e conforme o nível da alteração:

Alterações de humor

Provavelmente o sintoma mais visível quando alguém está com cortisol alto são as mudanças de comportamento. Níveis elevados de cortisol estão associados a sentimentos de ansiedade, agressividade e até depressão. 

Além disso, é comum haver uma maior irritabilidade e alterações emocionais, com mudanças de humor repentinas e intensas.

Aumento de peso

O ganho de peso, relacionado ao cortisol alto, tende a ser mais pronunciado na região do abdômen. A gordura também pode se acumular na face, resultando em uma aparência arredondada conhecida como “face de lua cheia”. A parte superior das costas, entre os ombros, pode desenvolver um depósito de gordura.

Alterações na pele

A pele pode se tornar fina e frágil, tornando-se mais suscetível a hematomas. Além disso, estrias roxas ou rosadas podem aparecer no abdômen, coxas, seios e nádegas devido ao rápido estiramento da pele. A cicatrização de feridas também pode ser retardada.

Fraqueza muscular

Apesar de o cortisol ser considerado um “hormônio anabólico”, ou seja, que participa da processo de ganho de massa muscular, níveis cronicamente elevados podem causar o efeito contrário, ou seja, a perda de massa muscular, o que pode resultar em dificuldades para realizar atividades diárias, como subir escadas ou levantar objetos.

Dificuldades cognitivas

Problemas de memória, especialmente memória de curto prazo, são comuns. Por conta disso, pode haver dificuldades em concentração e atenção, afetando o desempenho no trabalho ou nos estudos.

Aumento da pressão arterial

O cortisol pode causar retenção de sódio e água, resultando em aumento da pressão arterial. Hipertensão persistente pode levar a complicações cardiovasculares a longo prazo.

Alterações menstruais

Mulheres com níveis elevados de cortisol podem experimentar ciclos menstruais irregulares ou ausência de menstruação (amenorreia). Esses desequilíbrios hormonais também podem afetar a fertilidade.

Osteoporose

O cortisol pode reduzir a formação de “osso novo” e aumentar a degradação óssea, resultando em ossos mais fracos e frágeis. Isso aumenta o risco de fraturas, especialmente na coluna vertebral, nos fêmures e nos quadris.

Níveis elevados de glicose no sangue

O cortisol aumenta a produção de glicose pelo fígado e reduz a sensibilidade das células à insulina, levando à hiperglicemia. Isso pode resultar no desenvolvimento de diabetes tipo 2 ou agravar uma condição pré-existente.

Diminuição da libido

Níveis elevados de cortisol podem interferir na produção de hormônios sexuais, como testosterona e estrogênio. Isso pode resultar em uma redução do desejo sexual e dificuldades em função sexual.

Esses sintomas podem variar de pessoa para pessoa e não necessariamente todos estarão presentes. A identificação e a compreensão desses sinais são cruciais para um diagnóstico adequado e para a orientação do tratamento.

Como evitar ou tratar?

Como evitar ou tratar?

Para evitar níveis elevados de cortisol e para ajudar a reduzir os níveis de cortisol em pessoas que já têm o problema, várias estratégias de estilo de vida podem ser adotadas. 

Estas estratégias são focadas principalmente em reduzir o estresse e promover um equilíbrio geral na saúde física e mental. Aqui estão algumas medidas práticas que podem ser incorporadas no dia a dia:

Gerenciamento do estresse – Práticas de gerenciamento de estresse, como meditação, yoga e técnicas de respiração e relaxamento podem ajudar a reduzir os níveis de cortisol. Reservar tempo diariamente para atividades que promovam o relaxamento é fundamental.

Exercício regular – A prática regular de exercícios físicos, como caminhadas, corridas, ciclismo ou musculação também pode ajudar. No entanto, é importante evitar o excesso de exercício, pois isso pode aumentar o cortisol.

Sono adequado – Ter uma rotina de sono regular e garantir uma quantidade suficiente de sono de qualidade (geralmente 7-8 horas por noite) é crucial para manter os níveis de cortisol equilibrados. Evitar o uso de eletrônicos antes de dormir e criar um ambiente propício ao sono podem ajudar.

Alimentação balanceada – Manter uma dieta saudável e equilibrada, rica em frutas, vegetais, proteínas magras e gorduras saudáveis, pode ajudar a regular os níveis de cortisol. Evitar o consumo excessivo de cafeína e açúcar também é benéfico.

Hidratação adequada – Beber bastante água ao longo do dia ajuda a manter o corpo funcionando corretamente e pode influenciar positivamente os níveis de cortisol.

Suplementação – Em alguns casos, suplementos como magnésio, ômega-3 e vitaminas do complexo B podem ajudar a regular os níveis de cortisol, mas é importante consultar um profissional de saúde antes de iniciar qualquer suplementação.

Estabelecimento de limites – Aprender a dizer não e a estabelecer limites pode ajudar a reduzir o estresse. É importante não sobrecarregar-se com responsabilidades e encontrar um equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

Manutenção de relações sociais saudáveis – Ter um bom sistema de suporte social, como amigos e familiares, pode ajudar a lidar com o estresse e reduzir os níveis de cortisol.

Hobbies e atividades de lazer – Participar de atividades que você gosta e que proporcionam prazer pode ajudar a reduzir o estresse e, consequentemente, os níveis de cortisol.

Para aqueles que já têm níveis elevados de cortisol, é essencial consultar profissionais de saúde, como médicos e psicólogos. Eles podem recomendar tratamentos médicos, terapias ou intervenções específicas para ajudar a controlar os níveis de cortisol.

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Desequilíbrio hormonal: entenda os impactos na saúde e bem-estar

Desequilíbrio hormonal é o tipo de alteração que pode influenciar praticamente todas as áreas do corpo, desde o apetite até a disposição para as atividades do dia a dia. Tais desequilíbrios podem ocorrer por diferentes razões, como problemas genéticos, uso de certos medicamentos e até hábitos nocivos de vida. 

Entender esse problema e saber como prevenir ou tratar pode fazer toda diferença para sua qualidade de vida. Por isso, a seguir vamos te explicar em detalhes o que é um desequilíbrio hormonal e quais os possíveis impactos para a saúde e o bem-estar.

Acompanhe!

O que é um desequilíbrio hormonal

O desequilíbrio hormonal refere-se a alterações nos níveis normais de produção e regulação de hormônios no corpo. Os hormônios são substâncias químicas produzidas pelas glândulas do sistema endócrino, e cada um tem funções específicas, influenciando diversos processos biológicos.

Esse desequilíbrio pode ocorrer em qualquer um dos sistemas hormonais, incluindo a tireoide, as glândulas suprarrenais, a hipófise, as gônadas (ovários e testículos), e o pâncreas, entre outros. 

As causas de desequilíbrio hormonal são variadas e podem ser tanto internas – como alterações genéticas ou doenças das próprias glândulas endócrinas – quanto externas, como influências ambientais e estilo de vida.

Os hormônios são extremamente potentes, e mesmo pequenas alterações em suas concentrações podem desencadear mudanças significativas no equilíbrio interno do corpo. 

A regulação hormonal é um sistema complexo e delicado, que envolve feedbacks negativos e positivos entre as glândulas e os órgãos-alvo, que ajudam a manter os níveis hormonais dentro de uma faixa normal. Quando esse equilíbrio é perturbado, pode levar a um desequilíbrio hormonal.

Como isso impacta sua saúde e bem-estar

Um desequilíbrio hormonal pode impactar significativamente a saúde e o bem-estar de várias maneiras, afetando quase todos os sistemas do corpo. Confira, abaixo, alguns dos impactos que um desequilíbrio hormonal pode ter:

Metabolismo

Hormônios, como a insulina e os hormônios tireoidianos, são cruciais para a regulação do metabolismo. Um desequilíbrio pode levar a problemas como ganho ou perda de peso inesperado e dificuldade em controlar os níveis de energia.

Saúde reprodutiva

Hormônios como estrogênio, progesterona e testosterona são fundamentais para a saúde reprodutiva. Desbalanços podem resultar em irregularidades menstruais, problemas de fertilidade e mudanças na libido.

Saúde mental

Hormônios também influenciam o humor e as emoções. Desequilíbrios hormonais podem estar associados a sintomas de depressão, ansiedade e mudanças bruscas de humor.

Saúde óssea

Hormônios como a vitamina D, o paratormônio e os sexuais (estrogênio e testosterona) têm papel fundamental na regulação da densidade óssea. Desequilíbrios nesses hormônios podem aumentar o risco de osteoporose e fraturas.

Saúde da pele

Hormônios afetam a condição da pele; por exemplo, desequilíbrios hormonais podem causar acne, pele seca ou pele oleosa.

Função cardiovascular

O sistema endócrino interage com o sistema cardiovascular, e desequilíbrios hormonais podem influenciar a pressão arterial e a saúde cardíaca em geral.

Regulação do sono

Hormônios, como a melatonina, regulam o ciclo do sono. Alterações nos níveis desse hormônio podem causar problemas de sono, como insônia ou sonolência excessiva.

Esses efeitos mostram como os hormônios são essenciais para o funcionamento normal do corpo e como os desequilíbrios podem afetar profundamente a saúde e o bem-estar geral.

O que fazer para se proteger

Prevenir e tratar desequilíbrios hormonais pode envolver abordagens multifacetadas, que incluem mudanças no estilo de vida, intervenções médicas e, em alguns casos, terapias específicas. 

Visando a prevenção de possíveis alterações hormonais, alguns cuidados que podem ser tomados para reduzir as chances desse tipo de alteração, como:

✅ Dieta equilibrada: Consumir uma dieta rica em frutas, vegetais, proteínas magras e grãos integrais pode ajudar a manter os hormônios equilibrados. É importante incluir gorduras saudáveis e evitar excesso de açúcar e carboidratos refinados.

✅ Exercício regular: A atividade física regular pode ajudar a regular os hormônios relacionados ao estresse, como o cortisol, além de melhorar a sensibilidade à insulina e promover a saúde geral.

✅ Gerenciamento do estresse: Práticas como meditação, yoga, exercícios de respiração ou mesmo hobbies relaxantes podem reduzir o impacto do estresse crônico nos níveis hormonais.

✅ Sono adequado: Priorizar um sono de qualidade, mantendo um horário regular para dormir e criar um ambiente propício ao descanso, é essencial para a regulação hormonal.

✅ Evitar toxinas: Limitar a exposição a substâncias tóxicas, que podem ser encontradas em plásticos, pesticidas e certos produtos de beleza e limpeza, pode ajudar a prevenir desequilíbrios hormonais.

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Já em relação a possíveis tratamentos para desequilíbrios hormonais, os tratamentos mais comuns em geral são realizados por médicos(as) endocrinologistas, e costumam ser:

✅ Terapia de reposição hormonal (TRH): Para desequilíbrios específicos, como menopausa ou hipotireoidismo, a TRH pode ser usada para restaurar os níveis normais de hormônios.

✅ Medicamentos: Dependendo do problema específico, medicamentos podem ser prescritos para ajustar os níveis hormonais, como anticoncepcionais para regular o ciclo menstrual ou medicamentos para tireoide.

✅ Suplementos: Em alguns casos, suplementos nutricionais podem ajudar a corrigir deficiências que contribuem para desequilíbrios hormonais, como suplementos de vitamina D, magnésio e ômega-3.

✅ Consulta com especialistas: Trabalhar com endocrinologistas ou outros especialistas em saúde pode ajudar a identificar a causa raiz dos desequilíbrios hormonais e desenvolver um plano de tratamento personalizado.

✅ Mudanças no estilo de vida: Além de dieta e exercício, mudar outros aspectos do estilo de vida, como parar de fumar e limitar o consumo de álcool, também pode ser crucial.

Essas estratégias de prevenção e tratamento não apenas ajudam a gerenciar os desequilíbrios hormonais existentes, mas também melhoram a saúde geral, minimizando o risco de complicações relacionadas.

Conteúdos para complementar a sua pesquisa:

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Cuidar da saúde do coração é algo que precisa ser feito desde cedo, mesmo antes dos 40 anos. Para isso, conte com a Clínica CLAF. Dispomos de profissionais experientes e atenciosos, que darão o tratamento que você precisa e espera.

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