A trombose é uma condição silenciosa e perigosa, que pode afetar qualquer pessoa, independentemente da idade ou estilo de vida. No Brasil, estima-se que cerca de 180 mil novos casos sejam registrados anualmente, tornando esse problema de saúde pública uma preocupação crescente.
O Dia do Combate e Prevenção à Trombose, celebrado em 13 de outubro, busca conscientizar a população sobre os riscos e a importância de hábitos preventivos para evitar a formação de coágulos sanguíneos.
Neste artigo, você encontrará informações valiosas sobre como identificar os sintomas, fatores de risco e, principalmente, como prevenir essa condição. Continue lendo!
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O que é trombose?
A trombose acontece quando o sangue forma coágulos (ou “pedacinhos” de sangue coagulado) dentro dos vasos sanguíneos. Isso pode dificultar ou até bloquear o fluxo normal do sangue, causando problemas para a saúde.
A trombose pode ocorrer em diferentes partes do corpo, mas é mais comum nas veias das pernas e podem ser de três tipos principais:
✅ Trombose venosa profunda (TVP) – Ocorre nas veias profundas das pernas ou coxas. Os sintomas mais comuns são dor, inchaço e sensação de calor na área afetada. Se não tratada, a TVP pode levar a uma complicação grave chamada embolia pulmonar.
✅ Trombose arterial – Acontece nas artérias e pode bloquear o fluxo de sangue para o coração ou o cérebro. Isso pode causar infarto do miocárdio (quando afeta o coração) ou acidente vascular cerebral (AVC) (quando afeta o cérebro).
✅ Embolia pulmonar – É quando um coágulo viaja até os pulmões e bloqueia a circulação. Isso pode ser muito perigoso e precisa de tratamento imediato.
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Como os coágulos se formam?
Na medida certa, coágulos são nossos aliados. Eles se formam naturalmente quando nos machucamos, para parar um sangramento.
No caso da trombose, porém, eles se formam sem necessidade e em lugares errados. Isso pode acontecer quando há algum dano na parede dos vasos sanguíneos, o fluxo de sangue está muito lento ou há algo no corpo que faz o sangue coagular mais facilmente.
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Quais as consequências da trombose?
Se não tratada, a trombose pode causar complicações sérias. No caso da trombose venosa profunda, a pessoa pode ter dor e inchaço crônicos na perna afetada. Se o coágulo viajar para os pulmões, pode causar uma embolia pulmonar, que é uma emergência médica.
Na trombose arterial, o coágulo pode impedir que o sangue chegue a partes importantes do corpo, como o coração e o cérebro. Isso pode causar danos permanentes e até colocar a vida em risco.
Saber o que é a trombose e como ela se desenvolve é importante para prevenir e tratar essa condição.
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Causas e fatores de risco
A trombose pode ocorrer por diferentes motivos, e entender as causas e os fatores de risco é essencial para a prevenção. Alguns desses fatores são modificáveis, ou seja, podemos alterá-los com mudanças de hábitos, enquanto outros, como a predisposição genética, não podemos controlar.
A seguir, vamos explorar as principais causas e fatores de risco para a trombose.
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Causas da trombose
Em geral a trombose não tem uma única causa. Diversos fatores podem contribuir para o surgimento do problema, como:
✅ Lesão na parede dos vasos sanguíneos – Quando a parede de uma veia ou artéria é danificada, o corpo responde formando um coágulo para “tampar” a lesão. Essa resposta é normal, mas, em alguns casos, o coágulo pode se formar de maneira inadequada e causar trombose.
✅ Fluxo sanguíneo lento – O sangue precisa fluir constantemente pelo corpo. Quando ficamos parados por muito tempo, como em viagens longas ou após uma cirurgia, o fluxo de sangue nas pernas pode diminuir. Isso aumenta o risco de formação de coágulos.
✅ Alterações na composição do sangue – Algumas condições de saúde, como doenças genéticas, inflamações ou até mesmo o uso de certos medicamentos, podem fazer com que o sangue se torne mais “pegajoso” e propenso a formar coágulos.
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Fatores de Risco
Assim como ocorre com as causas, também há diferentes fatores que aumentam o risco de desenvolver um quadro de trombose. Entre eles, estão:
✅ Sedentarismo – Ficar sentado ou deitado por longos períodos, seja em viagens, no trabalho ou durante a recuperação de uma cirurgia, pode aumentar o risco de trombose. A falta de movimento faz com que o sangue se acumule nas pernas, favorecendo a formação de coágulos.
✅ Obesidade – O excesso de peso aumenta a pressão sobre as veias das pernas, dificultando o retorno do sangue ao coração e facilitando a formação de coágulos.
✅ Tabagismo – Fumar danifica as paredes dos vasos sanguíneos e altera a composição do sangue, aumentando as chances de trombose.
✅ Uso de anticoncepcionais e terapia hormonal – Pílulas anticoncepcionais e terapias hormonais, como as usadas na menopausa, podem aumentar o risco de formação de coágulos devido às mudanças hormonais que causam no corpo.
✅ Gravidez e puerpério – Durante a gravidez, o corpo da mulher passa por várias mudanças que aumentam o risco de trombose, como a compressão das veias pelo útero em crescimento e as alterações hormonais. O risco permanece elevado por algumas semanas após o parto.
✅ Doenças crônicas – Condições como câncer, doenças cardíacas, diabetes e hipertensão estão associadas a um risco maior de trombose, seja por alterações no fluxo sanguíneo ou na composição do sangue.
✅ Histórico familiar de trombose – Ter parentes próximos que já tiveram trombose aumenta as chances de desenvolver a condição, especialmente se houver doenças genéticas relacionadas à coagulação.
✅ Idade – Quanto mais velhos ficamos, maior o risco de trombose. Isso ocorre porque o fluxo sanguíneo tende a ser mais lento e as paredes dos vasos podem se tornar mais frágeis com o tempo.
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Como reduzir o risco?
Embora alguns fatores de risco, como a genética e a idade, não possam ser modificados, muitas ações podem ajudar a reduzir as chances de desenvolver trombose:
✅ Mantenha-se ativo e evite longos períodos de imobilidade;
✅ Mantenha uma alimentação saudável e controle o peso;
✅ Evite fumar e procure ajuda para parar se for fumante;
✅ Hidrate-se bem, especialmente durante viagens longas;
✅ Consulte um médico sobre o uso de anticoncepcionais e outras terapias hormonais, avaliando os riscos.
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Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico e o tratamento corretos são fundamentais para prevenir complicações graves causadas pela trombose. Quanto mais cedo a condição for identificada, melhor será o prognóstico para a pessoa.
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Como é feito o diagnóstico?
O primeiro passo para diagnosticar a trombose é uma avaliação clínica feita por um(a) especialista, no caso um(a) angiologista. Ele(a) vai analisar os sintomas, como dor, inchaço e vermelhidão nas pernas (no caso de trombose venosa profunda), além de investigar o histórico médico e fatores de risco associados.
Após essa primeira avaliação, em geral são pedidos exames para esclarecimento do quadro, como:
✅ Ecografia com doppler – É o exame mais comum para diagnosticar trombose venosa profunda. Utiliza ondas de som para criar imagens das veias e verificar se há a presença de coágulos.
✅ Angiotomografia computadorizada – Usada para detectar coágulos nos pulmões (embolia pulmonar) e em artérias. Consiste em uma tomografia que utiliza contraste para visualizar os vasos sanguíneos.
✅ Angiografia – É um exame invasivo onde um contraste é injetado nas artérias para visualizar a circulação e identificar possíveis bloqueios.
✅ Dímero D – É um exame de sangue que mede a quantidade de fragmentos de coágulos no sangue. Se os níveis estiverem altos, pode ser um indicativo de trombose, mas não confirma o diagnóstico. Por isso, é geralmente usado em conjunto com outros exames.
✅ Ressonância magnética – Em casos mais complexos, onde outros exames não são conclusivos, a ressonância magnética pode ser utilizada para visualizar a circulação sanguínea e detectar coágulos.
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Opções de tratamento
O tratamento da trombose depende de vários fatores, como o tipo de trombose, a localização e o estado geral de saúde do paciente. As principais opções incluem:
✅ Medicamentos anticoagulantes – São os medicamentos mais comuns para tratar trombose. Eles ajudam a evitar que os coágulos cresçam e previnem a formação de novos coágulos. É importante que o uso desses medicamentos seja monitorado pelo(a) angiologista, pois eles aumentam o risco de sangramentos.
✅ Terapia trombolítica – Indicada para casos mais graves, essa terapia utiliza medicamentos chamados trombolíticos para dissolver coágulos rapidamente. É geralmente usada em situações de emergência, como em casos de embolia pulmonar ou infarto do miocárdio. Devido ao alto risco de sangramento, esse tratamento é realizado em ambiente hospitalar, sob supervisão médica rigorosa.
✅ Filtro de veia cava – Esse dispositivo é inserido na veia cava (grande veia do corpo) para impedir que coágulos que se formam nas pernas cheguem aos pulmões. É indicado para pacientes que não podem usar anticoagulantes ou que têm episódios repetidos de embolia pulmonar.
✅ Cirurgia – Em casos raros, quando o coágulo não responde ao tratamento com medicamentos ou quando há risco iminente para a vida do paciente, pode ser necessária uma cirurgia para remover o coágulo.
✅ Meias de compressão – São recomendadas para pacientes com trombose venosa profunda. As meias de compressão ajudam a melhorar a circulação nas pernas e a reduzir o risco de complicações, como a síndrome pós-trombótica.
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Acompanhamento e monitoramento
Após o diagnóstico e tratamento inicial, é essencial manter um acompanhamento médico regular. Isso inclui:
✅ Exames de sangue periódicos para monitorar a eficácia dos anticoagulantes;
✅ Avaliação de possíveis complicações, como sangramentos ou novos coágulos.
✅ Ajuste da medicação, se necessário, de acordo com a resposta do paciente ao tratamento.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para evitar complicações e melhorar a qualidade de vida dos pacientes com trombose.
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