Estudos indicam que 1 a cada 15 mulheres vai desenvolver a síndrome do ovário policístico ou SOP. Isso equivale a cerca de 7% da população feminina ainda em período fértil, segundo o Serviço de Endocrinologia do Hospital das Clínicas de São Paulo. Mas o que é essa síndrome? E como tratá-la?
Acompanhe o artigo para saber mais!
A síndrome do ovário policístico ou SOP é o nome dado a um distúrbio endócrino caracterizado pela ocorrência de anomalias nos níveis hormonais e, em razão disso, a formação de cistos nos ovários que irão alterar o seu tamanho natural.
Estima-se que cerca de 20% a 30% das mulheres irão desenvolver cistos nos ovários e que a grande maioria desses casos é assintomática e não representa problemas fisiológicos. O que diferencia a ocorrência mais comum do aparecimento de cistos e a condição de ovários policísticos diz respeito à quantidade de cistos e ao tamanho deles, que podem gerar uma série de problemas mais graves.
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Apesar das causas para a síndrome do ovário policístico ainda não serem totalmente claras para a medicina, observou-se que o fator genético é um grande influenciador. Portanto, caso sua mãe ou avó apresentem o quadro, é importante manter o seu check-up em dia e sempre informar o histórico familiar ao médico.
Além disso, outros fatores de risco são: excesso de insulina no corpo e resistência à mesma. Sendo assim, reforça-se a importância de incluir o médico endocrinologista em seu check-up.
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Por afetar diretamente os ovários, a SOP vai agir especialmente ocasionando deficiência ou ausência da ovulação, com isso, configura-se como sintoma principal a irregularidade nos ciclos menstruais.
Ocorre ainda um aumento na produção de testosterona pelos ovários, um hormônio masculino que, quando em excesso, também vai causar acne e aumento de pelos.
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Apesar de ser uma doença diagnosticada com maior frequência em mulheres na faixa adulta, especialmente a partir dos 30 anos, a síndrome do ovário policístico costuma mostrar seus primeiros sinais ainda na adolescência, desde a primeira menstruação.
Outros sintomas comuns à síndrome de ovário policístico são: o hirsutismo (que é caracterizado pelo aumento de pêlos na região dos seios, rosto e abdômen), acne e obesidade; depressão e queda de cabelo também podem ser observadas, apesar de serem menos comuns.
A Resistência Insulínica (RI) é uma condição fortemente relacionada à síndrome do ovário policístico e pode gerar, em instâncias mais graves, diabetes.
Então, para resumir os sintomas do ovário policístico são:
Em casos mais sérios, a SOP também pode favorecer a infertilidade, câncer no endométrio e o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
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O diagnóstico da síndrome de ovário policístico geralmente começa com a percepção dos sintomas pela mulher. Porém, caso se trate de uma variação assintomática da aflição, ela poderá ser diagnosticada mediante exame clínico, exames laboratoriais e, especialmente, pela ultrassonografia.
Por meio de exames de sangue, as alterações hormonais geradas pela SOP podem ser denunciadas. Assim podem ser avaliadas alterações hormonais não só de testosterona, como de outros hormônios, como folículo estimulante (FSH), estrogênio, luteinizante (LH) e prolactina.
A realização da ultrassonografia, por outro lado, permitirá a visualização de microcistos na periferia dos ovários , que também se encontram aumentados de volume. Recomenda-se que esse exame seja feito entre o terceiro e quinto dia do ciclo menstrual para uma melhor visualização. Para mulheres com vida sexual ativa, a ecografia transvaginal é a mais recomendada.
A síndrome do ovário policístico é uma doença crônica e por isso não possui cura. Porém, por meio do tratamento existe uma atenuação considerável dos sintomas, aumentando a qualidade de vida da paciente.
Medidas medicamentosas incluem a prescrição de anticoncepcionais, para atuar na regulação hormonal. Esse tratamento alivia principalmente os efeitos do hirsutismo, que, por ser um descompasso na produção do hormônio reprodutor masculino — a testosterona —, aumenta significativamente o aparecimento de pêlos no corpo feminino, o que pode causar preocupações estéticas.
Além disso, os anticoncepcionais também vão ajudar com a acne, a irregularidade da menstruação e as cólicas. Uma alternativa para mulheres que não podem tomar as pílulas são tratamentos à base de progesterona.
A prescrição de antidiabetogênicos também pode ser feita caso se observe um caso de resistência insulínica e é um tratamento altamente associado à prevenção de diabetes.
Especialmente para as mulheres que desejam engravidar, um tratamento de indução da ovulação (geralmente por clomifeno) pode ser recomendado. O objetivo desse tratamento é justamente regularizar a ovulação prejudicada pela síndrome e favorecer a ocorrência da gravidez. Em geral, a eficácia dos tratamentos costuma ser alta.
As dietas com baixo teor de carboidratos podem ajudar a controlar o ganho de peso, bem como a resistência insulínica e os níveis hormonais do corpo. A regularidade em exercícios físicos, cinco vezes por semana, por pelo menos 30 minutos também pode auxiliar no processo de melhora.
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Apesar de ser uma doença crônica, a síndrome de ovários policísticos pode ser controlada. Sua regularidade nos check-ups e visitas ao endocrinologista e ginecologista vai te garantir a rápida identificação do problema e o reconhecimento do melhor tratamento para o seu caso.
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