Endocrinologia esportiva: o que faz e quando buscar?

Conhecida por sua importante atuação na investigação e tratamentos de problemas como diabetes, colesterol e alterações na tireoide, a endocrinologia também tem uma subespecialidade que tem sido cada vez mais buscada: a endocrinologia esportiva.

Com um foco maior para o desempenho físico e a busca por uma melhor performance esportiva, essa área é uma grande parceira de atletas e de pessoas em busca de melhor qualidade de vida e resultados estéticos.

A seguir, vamos explicar em detalhes a atuação dessa especialidade, os problemas investigados, os possíveis tratamentos e como saber que é hora de buscar esse tipo de avaliação.

Acompanhe! 

Endocrinologia esportiva: o que faz e quando buscar?

A endocrinologia esportiva é uma subespecialidade da endocrinologia, que se concentra no estudo dos hormônios e suas interações com o desempenho esportivo, já que ajuda a identificar e tratar desequilíbrios hormonais que podem impactar negativamente o desempenho e a recuperação.

Este campo é crucial tanto para atletas que buscam otimizar seu rendimento quanto para quem deseja cuidar mais da saúde e buscar uma melhor forma física.

O endocrinologista esportivo é responsável por avaliar, diagnosticar e tratar condições hormonais que afetam praticantes de atividades físicas, monitorando os níveis hormonais e oferecendo tratamentos personalizados.

Enquanto os endocrinologistas gerais tratam uma ampla gama de distúrbios hormonais em todas as populações – como diabetes, colesterol alterado e problemas na tireoide –, endocrinologistas esportivos têm um foco específico em como esses distúrbios afetam o desempenho físico.

👉 Veja também – Distúrbios hormonais na mulher: sintomas e tratamentos

Principais hormônios envolvidos no desempenho esportivo

Vamos entender agora quais hormônios mais influenciam os resultados de atletas (profissionais ou amadores) e porque o papel de endocrinologistas esportivos é tão importante.

Testosterona e estrogênio

A testosterona é crucial para o desenvolvimento muscular e a força, enquanto o estrogênio também desempenha um papel na saúde óssea e na recuperação. Ambos os hormônios são essenciais para o desempenho esportivo ideal.

Hormônio do crescimento

O hormônio do crescimento (ou GH, do inglês growth hormone) é conhecido por seu papel na regeneração e crescimento muscular. Atletas podem se beneficiar de níveis adequados de hormônio do crescimento para melhorar a recuperação e aumentar a massa muscular.

Cortisol

Conhecido como o “hormônio do estresse”, o cortisol é responsável por deixar alertas e aumentar nossa capacidade de resposta física e mental, elevando seus níveis em momentos de necessidade e baixando quando não é necessário. No entanto, níveis constantemente elevados podem levar a catabolismo muscular (perda de massa magra), aumento do risco de lesões e piora na qualidade do sono.

Insulina

Hormônio mais conhecido por sua relação com o diabetes, a insulina é vital para o metabolismo energético, por ser responsável por retirar o açúcar (glicose) do sangue e levar para dentro das células, onde será utilizado como fonte de energia.

Atletas precisam de níveis equilibrados de glicose para garantir que seus músculos recebam a energia necessária para treinos e competições intensas.

Problemas comuns tratados pela endocrinologia esportiva

Os hormônios exercem um papel fundamental no desempenho esportivo, já que são verdadeiros combustíveis para a performance. Por isso, mesmo pequenas alterações em seus níveis já é motivo suficiente para causar prejuízo nos resultados, o que pode significar a diferença entre a vitória e a derrota.

Confira abaixo os principais problemas hormonais que podem comprometer a saúde ou o desempenho de atletas profissionais ou amadores: 

Distúrbios hormonais

Entre os possíveis distúrbios hormonais tratados pela endocrinologia esportiva, estão o chamado hipogonadismo – condição em que as glândulas sexuais produzem poucos ou nenhum hormônio sexual. Nos homens, isso pode significar uma produção insuficiente de testosterona; nas mulheres, pode significar uma produção inadequada de estrogênio e progesterona.

Os principais sintomas incluem cansaço extremo, perda de massa muscular, aumento de gordura corporal, diminuição da libido e dificuldades de concentração.

👉 Saiba mais – Andropausa: o que é, sintomas e tratamento

Disfunções da tireoide

O hipotireoidismo é um dos problemas tratados por essa especialidade e caracteriza-se pela produção insuficiente de hormônios tireoidianos. Os sintomas incluem fadiga, ganho de peso, depressão e intolerância ao frio. Atletas com hipotireoidismo podem perceber uma queda no desempenho e dificuldades na recuperação muscular.

Na contramão está hipertireoidismo, a produção excessiva de hormônios tireoidianos. Sintomas incluem perda de peso, irritabilidade, fraqueza muscular e intolerância ao calor. Em atletas, pode levar a um desgaste muscular acelerado e menor resistência.

Síndrome de Cushing

Causada pela exposição prolongada a altos níveis de cortisol, a síndrome de Cushing pode resultar em ganho de peso, especialmente no rosto e no tronco, fraqueza muscular, ossos frágeis, diminuição da resistência muscular, recuperação lenta de lesões e infecções frequentes.

Deficiências nutricionais

Entre as diversas possíveis deficiências nutricionais que podem afetar o desempenho de atletas e praticantes de atividades físicas, a deficiência de vitamina D é uma das mais importantes. 

Considerada um tipo de hormônio, ela é crucial para a saúde óssea e a função muscular, e deficiências dessa vitamina podem levar a fraqueza muscular, aumento do risco de fraturas, cãibras musculares, fadiga e dores ósseas. Em casos graves, pode ocorrer osteomalácia (fraqueza óssea).

Deficiência de ferro

O ferro é essencial para o transporte de oxigênio no sangue. A deficiência pode resultar em anemia, comprometendo a entrega de oxigênio aos músculos e, como sintoma, provocar fadiga, falta de ar durante o exercício, desempenho reduzido e recuperação lenta.

Catabolismo muscular

Outra queixa comum de praticantes de atividades físicas, tratada nos consultórios de endocrinologistas esportivos, é a perda de massa muscular, resultado da degradação dos músculos, muitas vezes como resultado de níveis elevados de cortisol, devido ao estresse ou ao overtraining.

Perda (ou a dificuldade de ganho) de massa muscular leva a uma redução na força a uma maior recuperação prolongada após treinos.

Quando buscar ajuda na endocrinologia esportiva

Atletas e praticantes de atividades físicas em geral devem estar atentos a vários sinais e sintomas que podem indicar a necessidade de consultar um endocrinologista esportivo, já que esses profissionais podem ajudar a identificar e tratar desequilíbrios hormonais que estejam prejudicando o desempenho e a saúde. 

Aqui estão alguns dos principais sinais e sintomas a serem observados, que vão te ajudar a identificar que é hora de buscar essa avaliação:

✅ Fadiga excessiva e persistente – Sensação de cansaço extremo que não melhora com descanso adequado ou dificuldade em completar treinos ou atividades físicas que anteriormente eram comuns.

✅ Perda de massa muscular – Diminuição perceptível da massa muscular, apesar do treinamento contínuo, assim como uma redução na força e na capacidade de levantar pesos ou realizar exercícios de resistência.

✅ Aumento de gordura corporal – Ganho de peso inesperado, especialmente na região abdominal. Dificuldade em perder gordura corporal, mesmo com dieta e exercícios regulares.

✅ Recuperação lenta de treinos e lesões frequentes – Maior tempo necessário para se recuperar após exercícios físicos intensos, assim como lesões recorrentes e dificuldade em se recuperar completamente de lesões.

✅ Mudanças na composição corporal – Alterações significativas no peso e na forma do corpo, sem mudanças na dieta ou rotina de exercícios, ou ainda a perda de densidade óssea, resultando em fraturas mais frequentes.

✅ Sinais e sintomas emocionais e mentais – Irritabilidade, depressão ou ansiedade inexplicáveis, ou ainda mudanças de humor frequentes e intensas.

✅ Dificuldade de concentração – Problemas de memória ou dificuldade em focar em tarefas.

✅ Distúrbios menstruais em mulheres – Ciclos menstruais irregulares ou ausentes (amenorreia), bem como sintomas intensos de síndrome pré-menstrual (SPM).

✅ Diminuição da libido – Redução no desejo sexual em homens e mulheres ou problemas de disfunção erétil nos homens.

Endocrinologia esportiva: diagnóstico e tratamentos

Entre as possíveis formas como endocrinologistas investigam problemas em atletas ou praticantes de atividades físicas, estão:

✅ Análises de sangue – Importantes para medir os níveis de hormônios como testosterona, estrogênio, cortisol, hormônio do crescimento, insulina e hormônios tireoidianos.

✅ Testes de função tireoideana – Avaliam a saúde da tireoide e identificam condições como hipotireoidismo ou hipertireoidismo.

✅ Exames de densidade óssea – Checagem laboratorial dos níveis de cálcio e vitamina D, bem como a realização e do exame de densitometria óssea para verificar a saúde óssea e o risco de fraturas.

✅ Encaminhamento – Assim que é identificada a origem do problema, o endocrinologista esportivo pode encaminhar o(a) paciente para avaliações mais específicas com outras especialidades, como ortopedia, fisioterapia, nutrição, entre outras.

E os possíveis tratamentos?

Com base nos resultados dos exames, endocrinologistas esportivos irão desenvolver um plano de tratamento personalizado, que pode incluir:

Terapia de reposição hormonal, para corrigir desequilíbrios hormonais específicos.

Ajustes nutricionais, que são recomendações dietéticas que visam garantir a ingestão adequada de nutrientes essenciais.

Suplementação com o consumo de vitaminas e minerais para corrigir deficiências nutricionais.

Recomendações de treinamento, como ajustes na rotina de exercícios para otimizar o desempenho e a recuperação.

Monitoramento contínuo, com acompanhamento regular para ajustar o tratamento conforme necessário e garantir a eficácia.

Ter atenção a sinais e sintomas de desequilíbrios hormonais é crucial para manter a saúde e o desempenho atlético. Se você é um atleta ou praticante de atividades físicas e está enfrentando algum dos problemas mencionados, considere procurar a ajuda da endocrinologia esportiva.

Essa especialidade pode te ajudar a identificar e tratar esses desequilíbrios, melhorando sua qualidade de vida e permitindo que você alcance seus objetivos esportivos de maneira saudável e sustentável.

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Cansaço excessivo: o que pode ser? Quando ir ao médico?

Sentir-se cansado em certas situações do dia a dia é algo normal para todos, especialmente quando ficamos mais velhos. No entanto, quando esse cansaço passa a ser algo constante e ocorre mesmo sem uma razão clara que justifique, é sinal de que algo não está bem conosco.

Se você (ou alguém próximo) está passando por isso, nos próximos parágrafos vamos explicar tudo o que precisa saber sobre o assunto e quando você deve se preocupar.

Acompanhe!

Quando o cansaço é considerado excessivo?

O cansaço excessivo – também conhecido como fadiga persistente – é caracterizado por uma sensação de cansaço que não melhora com descanso ou sono adequado e interfere significativamente nas atividades diárias e na qualidade de vida

Aqui estão algumas situações em que a sensação de cansaço pode ser considerada excessiva:

Duração prolongada

Se a sensação de cansaço persistir por semanas, mesmo com um bom sono e descanso, pode ser um sinal de cansaço excessivo.

Intensidade severa

Quando o cansaço é tão intenso que interfere nas atividades diárias normais, como trabalho, estudos, ou até mesmo atividades simples, como tomar banho ou preparar uma refeição.

Recorrência frequente

Se a fadiga é constante e ocorre regularmente, sem períodos de alívio, mesmo após períodos de descanso ou férias.

Impacto emocional e cognitivo

Além do cansaço físico, o cansaço excessivo pode afetar o funcionamento emocional e cognitivo, causando irritabilidade, dificuldade de concentração, lapsos de memória e diminuição da capacidade de tomar decisões.

Outros sintomas

O cansaço excessivo muitas vezes está associado a outros sintomas, como dores musculares, dores de cabeça, distúrbios do sono, alterações no apetite e problemas gastrointestinais.

Se você (ou alguém próximo) está experimentando esses sintomas de forma persistente e significativa, é importante procurar orientação médica para investigar as possíveis causas e receber tratamento adequado.

Quais as possíveis causas do cansaço excessivo? 

O cansaço excessivo pode ser causado por uma variedade de fatores, desde problemas de estilo de vida até condições médicas relacionadas. Aqui estão algumas das causas mais comuns:

✅ Má qualidade do sono: Dormir mal – seja devido a distúrbios do sono como insônia, apneia do sono ou simplesmente dormir em um ambiente inadequado – pode levar a sensação de cansaço durante o dia.

✅ Estresse crônico: O estresse prolongado pode esgotar as reservas de energia do corpo e causar fadiga persistente.

✅ Falta de atividade física: Surpreendentemente, a falta de exercício regular pode causar cansaço, já que o exercício ajuda a aumentar a energia e reduzir o cansaço.

✅ Má alimentação: Dietas desequilibradas, pobres em nutrientes essenciais como vitaminas e minerais, podem contribuir para a fadiga.

Distúrbios hormonais: Alterações nos níveis hormonais, como hipotireoidismo (baixa função da tireoide) ou desequilíbrios hormonais em mulheres, podem causar fadiga persistente.

✅ Condições médicas: Doenças crônicas como diabetes, doenças cardíacas, doenças pulmonares, doenças autoimunes e câncer podem causar fadiga como um sintoma.

✅ Distúrbios psicológicos: Depressão, ansiedade, estresse pós-traumático e outros distúrbios psicológicos podem levar à fadiga persistente.

✅ Medicamentos: Certos medicamentos, como antidepressivos, anti-histamínicos, sedativos e alguns medicamentos para pressão arterial, podem causar sonolência e fadiga como efeito colateral.

✅ Consumo excessivo de álcool ou cafeína: O consumo excessivo de álcool pode interferir na qualidade do sono, enquanto o consumo excessivo de cafeína pode levar a picos e quedas de energia ao longo do dia.

✅ Síndrome da fadiga crônica: Uma condição complexa e debilitante caracterizada por fadiga extrema que não é aliviada pelo repouso e pode ser agravada por atividades físicas ou mentais.

Identificar a causa do cansaço excessivo é essencial para determinar o tratamento adequado. Se alguém está sofrendo de fadiga persistente, é importante consultar um médico para avaliação e orientação. 

Confira, a seguir, quais sinais indicam uma maior preocupação e que você deve se consultar com um especialista.

Sinais de que você deve buscar ajuda médica 

Alguns sinais e sintomas indicam que pode se tratar de algo mais sério, que indica a procura por ajuda médica especializada. Confira os principais sinais que você deve observar.

Período prolongado

A duração dessa sensação de cansaço é um dos principais indicadores de que algo mais sério pode estar ocorrendo. Por isso, atenção a isso.

Caso esse cansaço persista por período superior a alguns dias, mesmo com descanso adequado, é um sinal de alerta.

Cansaço após atividades normais

Se você sentir uma fadiga extrema após realizar atividades que normalmente não seriam exaustivas, como subir escadas ou fazer tarefas domésticas leves, isso pode ser um sinal de alerta.

Fadiga que interfere nas atividades diárias

Se o cansaço está interferindo significativamente em suas atividades diárias, como trabalho, estudo, cuidado com a família ou vida social, é importante buscar ajuda médica.

Outros sintomas

Se o cansaço está acompanhado de outros sintomas preocupantes, como febre, perda de peso inexplicada, dores musculares ou articulares persistentes, problemas de memória ou concentração, é essencial consultar um médico.

Alterações no padrão de sono

Se você está tendo problemas para dormir, acorda frequentemente durante a noite ou acorda sem se sentir descansado, isso pode contribuir para o cansaço excessivo e justificar uma avaliação médica.

Mudanças no apetite

Alterações significativas no apetite, como perda ou aumento significativo do apetite, podem indicar problemas subjacentes que requerem atenção médica.

Sintomas emocionais

Se o cansaço está causando irritabilidade, ansiedade, tristeza persistente ou sentimentos de desesperança, é importante falar com um médico ou profissional de saúde mental.

Histórico médico ou familiar relevante

Se você tem um histórico médico ou familiar de condições médicas que podem causar fadiga, como doenças cardíacas, distúrbios da tireoide, diabetes ou câncer, é importante monitorar atentamente seus sintomas e buscar orientação médica quando necessário.

Se você ou alguém que você conhece está experimentando algum desses sinais de alerta, é crucial consultar um médico para avaliação e diagnóstico adequados. 

O diagnóstico precoce e o tratamento das condições subjacentes podem ajudar a gerenciar o cansaço excessivo e melhorar a qualidade de vida.

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