Redução do estrogênio na menopausa: entenda os riscos e como se cuidar

A menopausa é uma fase natural na vida de toda mulher, mas muitas não sabem exatamente o que acontece no corpo durante esse período. Uma das mudanças mais importantes é a redução na produção do estrogênio, um hormônio essencial para o funcionamento do organismo feminino.

Neste artigo, explicamos de forma clara quais são os efeitos da baixa de estrogênio na menopausa, quais riscos essa mudança traz para a saúde e por que o acompanhamento com ginecologista e endocrinologista é tão importante.

O que é o estrogênio e qual sua função no corpo da mulher?

O estrogênio é um hormônio feminino produzido principalmente pelos ovários. Ele está envolvido em diversas funções do corpo, como:

✅ Regulação do ciclo menstrual;

✅ Manutenção da densidade dos ossos;

✅ Controle do colesterol;

✅ Lubrificação vaginal;

✅ Distribuição de gordura corporal;

✅ Regulação do humor e da memória;

✅ Proteção do sistema cardiovascular.

Durante a fase reprodutiva da mulher, o estrogênio é produzido de forma regular. Porém, a partir do climatério e especialmente com a chegada da menopausa, os níveis caem de forma significativa.

👉 Veja também: Quanto tempo dura o climatério e a menopausa?

O que acontece no corpo com a queda do estrogênio?

A baixa produção de estrogênio provoca uma série de alterações físicas, emocionais e metabólicas. Entre os sintomas mais comuns, estão:

✅ Ondas de calor (fogachos) e suores noturnos;

Ressecamento vaginal e dor durante o sexo;

✅ Redução da libido;

✅ Alterações no sono (insônia ou sono fragmentado);

✅ Queda de cabelo e ressecamento da pele;

✅ Ganho de peso e acúmulo de gordura abdominal;

✅ Mudanças de humor, irritabilidade ou tristeza;

✅ Dificuldade de concentração e falhas de memória.

Essas mudanças não afetam apenas o bem-estar, mas também podem aumentar o risco de problemas de saúde mais graves, se não houver acompanhamento adequado.

Quais são os principais riscos da redução do estrogênio na menopausa?

A diminuição do estrogênio na menopausa não é apenas um desconforto passageiro; ela pode representar riscos reais para a saúde da mulher. Veja os principais:

1. Osteoporose e maior risco de fraturas

O estrogênio ajuda a manter os ossos fortes. Com sua queda, ocorre perda de massa óssea, deixando os ossos mais frágeis. Isso aumenta o risco de fraturas, especialmente em quadril, punhos e coluna.

2. Doenças cardiovasculares

Antes da menopausa, o estrogênio ajuda a manter o colesterol “ruim” (LDL) mais baixo e o “bom” (HDL) mais alto. Com sua redução, aumenta o risco de hipertensão, infarto e AVC.

3. Secura e atrofia vaginal

A mucosa vaginal fica mais fina e seca, o que pode causar dor durante as relações sexuais, coceiras e maior chance de infecções urinárias.

4. Ganho de peso e alterações no metabolismo

A queda do estrogênio pode influenciar o acúmulo de gordura abdominal, a resistência à insulina e a dificuldade para perder peso, mesmo com dieta equilibrada.

5. Alterações cognitivas e emocionais

Muitas mulheres relatam dificuldade de concentração, esquecimentos e sensação de ansiedade ou tristeza constante, associados à queda hormonal.

Toda mulher precisa fazer reposição hormonal?

Não. A terapia de reposição hormonal (TRH) é uma opção segura para muitas mulheres, mas não é indicada em todos os casos. Ela pode ser recomendada para aliviar sintomas intensos da menopausa e prevenir osteoporose, desde que avaliada individualmente por um profissional.

Existem também alternativas à reposição hormonal, como:

✅ Fitoterápicos (medicamentos naturais);

✅ Terapias não hormonais;

✅ Mudanças no estilo de vida;

✅ Exercícios físicos regulares;

✅ Suplementação nutricional, se indicada.

O mais importante é avaliar cada caso com um ginecologista e/ou endocrinologista, que indicará o melhor caminho com base no histórico da paciente.

👉 Saiba mais – Reposição hormonal na menopausa: riscos e benefícios

Quando é hora de buscar ajuda médica?

Caso você esteja percebendo os sinais citados acima, como fogachos intensos e frequentes, dificuldade para dormir e cansaço constante, dor ou desconforto durante o sexo e mudanças repentinas de humor e memória, o cuidado precoce é a melhor forma de garantir bem-estar e prevenir complicações.

Na Clínica CLAF, oferecemos acompanhamento especializado em saúde feminina, com ginecologistas e endocrinologistas preparados para orientar cada paciente de forma acolhedora e personalizada.

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HPV e câncer de colo do útero: qual é a relação, como prevenir e quando procurar ajuda?

O HPV (Papilomavírus humano) é um vírus extremamente comum e uma das principais causas do câncer do colo do útero, doença que ainda preocupa muitas mulheres no Brasil e no mundo. 

Descubra a seguir a relação entre o HPV e o câncer do colo do útero, como ocorre a transmissão, o tempo que pode levar para o HPV evoluir para câncer e, principalmente, como prevenir e tratar essa condição.

O que é o HPV e como ocorre a transmissão?

O HPV é uma família de vírus com mais de 150 tipos diferentes. Esses vírus podem afetar tanto mulheres quanto homens e são responsáveis por diversas condições, desde verrugas comuns até cânceres mais graves, especialmente o câncer do colo do útero.

A transmissão do HPV ocorre principalmente por meio do contato sexual, incluindo relações sexuais com ou sem penetração. 

É importante destacar que o contágio pode ocorrer através do contato direto com a pele ou mucosas infectadas, mesmo que não haja sintomas aparentes. Além disso, o vírus pode ser transmitido durante relações orais e anais, ampliando ainda mais a necessidade de prevenção e proteção em todos os tipos de contato sexual.

Quem transmite o HPV?

Tanto homens quanto mulheres podem transmitir e contrair o vírus HPV. Homens frequentemente são portadores assintomáticos, ou seja, não apresentam sinais visíveis da infecção, mas podem transmiti-la para suas parceiras. Por isso, é essencial que ambos estejam atentos à prevenção, realizem exames regulares e procurem atendimento médico em caso de dúvidas ou suspeita.

👉 Saiba mais – HPV: sintomas, tratamentos e como prevenir?

Qual a relação entre HPV e câncer do colo do útero?

Nem todo tipo de HPV provoca câncer. Porém, certos tipos, chamados de “alto risco”, têm maior probabilidade de causar alterações nas células do colo uterino que, com o tempo, podem evoluir para câncer.

O câncer de colo do útero ocorre quando o HPV persiste por muito tempo sem tratamento adequado, causando alterações contínuas nas células cervicais, inicialmente chamadas de lesões pré-cancerígenas (displasias cervicais).

Quanto tempo leva para o HPV virar câncer?

Como dito acima, nem toda lesão por HPV vai se tornar câncer e, mesmo naquelas que se tornam, esse tempo é variável. Geralmente, do momento da infecção pelo HPV até o desenvolvimento do câncer de colo do útero, podem se passar entre 10 e 20 anos. 

No entanto, em alguns casos, especialmente quando há fatores adicionais, como imunidade baixa, tabagismo ou coinfecção com outros vírus, esse período pode ser menor.

Por isso, é tão importante o exame preventivo anual, conhecido como Papanicolau, que detecta precocemente alterações celulares antes que evoluam para câncer.

👉 Saiba mais – Exames ginecológicos: quais são e para que servem?

Quais os principais sintomas do HPV e do câncer de colo do útero?

Na maioria das vezes, a infecção pelo HPV não causa sintomas iniciais claros. Porém, quando há progressão para alterações mais graves, podem surgir:

✅ Verrugas genitais;

✅ Pequenos caroços na região genital ou anal;

✅ Desconforto local ou coceira na região genital.

Já no caso do câncer de colo do útero, os sintomas mais comuns podem ser:

✅ Sangramento vaginal fora do período menstrual;

✅ Sangramento após relações sexuais;

✅ Dor durante relações sexuais;

✅ Corrimento vaginal com odor desagradável ou aspecto diferente;

✅ Dor pélvica constante;

✅ Em casos avançados, perda de peso e fadiga excessiva.

Como prevenir o HPV e o câncer de colo do útero?

A boa notícia é que tanto o HPV quanto o câncer do colo do útero podem ser prevenidos com medidas simples, que são:

1. Vacina contra HPV

Indicada para meninas e meninos entre 9 e 14 anos pelo SUS, também pode ser tomada por adultos de até 45 anos na rede particular. A vacina protege contra os tipos mais perigosos do HPV.

2. Exame preventivo (Papanicolau)

Esse exame permite detectar precocemente alterações causadas pelo HPV. Recomenda-se que toda mulher faça o preventivo anualmente, especialmente entre 25 e 64 anos.

3. Uso de preservativo

Embora não ofereça proteção total contra o HPV (porque a transmissão também ocorre pelo contato pele a pele), o preservativo diminui significativamente o risco.

A importância do exame de colposcopia na prevenção do câncer de colo de útero?

A colposcopia é um exame ginecológico que permite observar detalhadamente o colo do útero, identificando possíveis lesões causadas pelo HPV que possam evoluir para câncer.

Realizado com um aparelho especial chamado colposcópio, o exame amplia significativamente a imagem, ajudando o médico a detectar precocemente alterações suspeitas e realizar biópsias, caso necessário.

Dessa forma, a colposcopia complementa o exame preventivo (Papanicolau), permitindo uma avaliação mais precisa das células alteradas. Ao detectar e tratar precocemente essas alterações, é possível evitar que evoluam para o câncer do colo do útero, reforçando sua importância na estratégia de prevenção da doença.

👉 Saiba mais – Colposcopia: o que é, para que serve e quando fazer

Mitos e verdades sobre o HPV

Para ajudar você a entender melhor essa questão, listamos alguns mitos comuns:

“Quem tem HPV sempre desenvolve câncer”
A maioria das pessoas infectadas pelo HPV não desenvolve câncer; o vírus costuma ser eliminado pelo organismo espontaneamente.

✅ “Apenas mulheres precisam se preocupar com o HPV”
Homens também devem se prevenir e estar atentos ao HPV, pois são transmissores e também podem desenvolver cânceres associados ao vírus.

✅ “HPV é raro”.
É muito comum; estima-se que cerca de 80% da população sexualmente ativa terá contato com o vírus em algum momento da vida.

Prevenir é a forma mais eficaz de cuidar da sua saúde. Exames periódicos, vacina contra HPV e acompanhamento com ginecologista são passos essenciais para evitar o câncer de colo do útero.

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FRAXX ou laser íntimo: entenda as diferenças e qual é mais indicado para você

Os avanços da tecnologia têm trazido soluções cada vez mais eficazes e confortáveis para o cuidado com a saúde íntima feminina. Entre as opções mais comentadas estão o FRAXX íntimo e o laser íntimo, dois tratamentos que atuam no rejuvenescimento e bem-estar vaginal. 

Mas, afinal, qual é a diferença entre eles? E qual é mais indicado para o seu caso?

O que é o FRAXX íntimo?

O FRAXX é um equipamento que usa radiofrequência fracionada para tratar a região íntima. Ele promove o aquecimento controlado dos tecidos, estimulando a produção de colágeno e melhorando a elasticidade, a lubrificação natural e a estrutura da mucosa vaginal.

Ao contrário de alguns tipos de laser, o FRAXX não é um tratamento ablativo (ou seja, não “queima” a pele), o que proporciona maior conforto, menor tempo de recuperação e reduz o risco de efeitos colaterais.

O FRAXX é um laser?

Não. Embora os dois tratamentos sejam feitos com aparelhos semelhantes e tenham finalidades parecidas, o FRAXX não é um laser; é um tipo de radiofrequência. 

Enquanto o laser emite uma luz intensa e precisa, que pode causar pequenas lesões para estimular a regeneração, o FRAXX aquece o tecido por meio de ondas eletromagnéticas, sem causar dano visível à superfície.

Em resumo:

✅ Laser íntimo = tecnologia à base de luz;

✅ FRAXX íntimo = tecnologia à base de radiofrequência.

Para que servem o FRAXX e o laser íntimo?

Ambos os tratamentos são indicados para cuidar da saúde íntima da mulher, com foco em sintomas comuns que surgem com o passar do tempo ou em momentos específicos, como pós-parto ou menopausa. Veja abaixo os principais benefícios e indicações detalhadas:

✅ Melhora da lubrificação vaginal: o FRAXX e o laser estimulam a produção de colágeno e melhoram a vascularização local, favorecendo a lubrificação natural da vagina e reduzindo o desconforto que o ressecamento vaginal provoca durante as relações sexuais.

✅ Aumento da elasticidade da mucosa: com o estímulo ao colágeno, a parede vaginal recupera parte da sua firmeza e tonicidade, o que pode contribuir para maior conforto, autoestima e prazer nas relações.

✅ Auxílio no tratamento da incontinência urinária leve: o fortalecimento dos tecidos ao redor da uretra pode ajudar na contenção da urina, sendo um apoio importante no tratamento da incontinência urinária leve, especialmente em mulheres após gestações.

✅ Melhora da sensibilidade e da resposta sexual: ao revitalizar os tecidos vaginais, os tratamentos promovem maior irrigação sanguínea e aumento da sensibilidade, contribuindo para o prazer sexual.

✅ Tratamento da flacidez e do desconforto íntimo: tanto o FRAXX quanto o laser íntimo são indicados para mulheres que sentem frouxidão vaginal ou sensação de amplitude excessiva após o parto ou com o passar dos anos, melhorando o tônus da região.

Quais as diferenças entre FRAXX e laser íntimo?

FRAXX íntimoLaser íntimo
Tipo de energiaOndas eletromagnéticasLuz concentrada
Ação sobre os tecidosAquecimento profundo e difusoMicrolesões térmicas controladas
ConfortoMais confortávelPode causar leve ardência
Tempo de recuperaçãoPraticamente nenhumPode exigir 1-2 dias
IndicaçõesRessecamento, flacidez, desconforto, incontinência leveAtrofia vaginal, laxidez, rejuvenescimento
Risco de efeitos adversosMuito baixoUm pouco maior, em especial em peles sensíveis
Sessões necessáriasMédia de 3 a 4Média de 2 a 3

Quanto tempo dura o efeito do FRAXX íntimo?

Os resultados do FRAXX costumam aparecer após a segunda sessão, com melhora progressiva da lubrificação, elasticidade e conforto íntimo. O efeito pode durar de 12 a 18 meses, variando conforme idade, hábitos de vida e histórico hormonal da paciente.

Sessões de manutenção são indicadas a cada 12 meses, conforme orientação médica.

FRAXX substitui o laser íntimo?

Em muitos casos, sim. O FRAXX tem se mostrado uma excelente alternativa ao laser, especialmente para pacientes com pele sensível, histórico de infecções frequentes ou que buscam um tratamento menos invasivo.

Além disso, a radiofrequência é segura para praticamente todas as tonalidades de pele e não causa pigmentações, o que pode acontecer com alguns lasers.

O tratamento é seguro?

Sim, tanto o laser íntimo quanto o FRAXX são considerados seguros e bem tolerados, desde que realizados por profissionais habilitados e em ambiente adequado. Na CLAF, seguimos protocolos rígidos de segurança e oferecemos total privacidade e acolhimento às pacientes.

Como é feita a aplicação do FRAXX?

O procedimento é feito no consultório, em ambiente reservado. Não é necessário anestesia ou preparo prévio, e a paciente pode retornar às suas atividades no mesmo dia. 

A aplicação dura entre 20 e 30 minutos, e o número de sessões varia conforme o caso, mas geralmente são recomendadas de 3 a 4 sessões com intervalos mensais.

O que é melhor para a saúde íntima: FRAXX ou laser?

Não existe uma resposta única. O ideal é entender que o melhor tratamento é aquele que atende às necessidades do seu corpo no momento atual

Enquanto o laser pode ser mais eficaz em casos de atrofia intensa, o FRAXX tende a ser preferido por quem busca um tratamento mais confortável, com menos risco de irritação ou desconforto.

Na Clínica CLAF, a escolha do método é feita com base em uma avaliação ginecológica individualizada, considerando os sintomas, o histórico da paciente e os resultados desejados. Oferecemos esse tratamento com o acompanhamento de ginecologistas experientes, sempre com foco no acolhimento e no cuidado integral com a mulher.

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Problemas de fertilidade: conheça as principais causas e quando procurar ajuda

A dificuldade para engravidar é uma realidade que afeta muitos casais, e entender os possíveis problemas de fertilidade é o primeiro passo para buscar o cuidado certo. 

Embora seja um assunto delicado, é importante falar sobre ele com clareza, sem tabus.

O que é considerado um problema de fertilidade?

É comum que demore alguns meses até que uma gravidez aconteça naturalmente. No entanto, quando um casal tem relações sexuais frequentes, sem métodos contraceptivos, por mais de 12 meses (ou 6 meses, no caso de mulheres acima dos 35 anos), sem sucesso, pode haver um problema de fertilidade.

A infertilidade pode ter origem feminina, masculina, ou ser combinada, que é quando ambos apresentam fatores que dificultam a concepção. Também há casos de infertilidade sem causa aparente, que exigem investigação mais detalhada.

Principais causas de infertilidade feminina

A saúde reprodutiva da mulher envolve ciclos hormonais, ovulação, funcionamento das trompas e condições do útero. Quando algum desses elementos não está em equilíbrio, a fertilidade pode ser afetada. As causas mais comuns incluem:

1. Síndrome dos ovários policísticos (SOP)

A SOP é uma das causas mais comuns de infertilidade feminina. Trata-se de uma alteração hormonal que dificulta a ovulação, ou seja, a liberação do óvulo. Além dos ciclos menstruais irregulares, a SOP pode estar associada ao aumento de pelos, acne e resistência à insulina. O tratamento depende da gravidade dos sintomas e do desejo de engravidar, podendo envolver desde mudanças no estilo de vida até uso de medicações específicas.

👉 Saiba mais – Ovário policístico: o que é, sintomas e tratamentos

2. Endometriose

Na endometriose, o tecido semelhante ao endométrio cresce fora do útero, afetando ovários, trompas e outros órgãos. Esse crescimento pode causar dor, inflamações crônicas e aderências, que dificultam a fecundação e a implantação do embrião. Muitas vezes silenciosa, a endometriose requer diagnóstico preciso, normalmente por meio de exames de imagem, e pode ser tratada com medicamentos ou cirurgia, dependendo do quadro.

👉 Saiba mais – Quem tem endometriose pode engravidar?

3. Problemas nas trompas

As trompas são responsáveis por conduzir o óvulo até o útero. Quando estão obstruídas – por infecções, cirurgias anteriores ou endometriose –, impedem o encontro com o espermatozoide. Esse tipo de problema costuma ser identificado por exames como a histerossalpingografia. Em alguns casos, o tratamento pode ser cirúrgico, mas a fertilização in vitro também pode ser indicada.

4. Alterações na ovulação

Além da SOP, há outros fatores que podem afetar a ovulação: estresse, disfunções da tireoide, excesso de exercício físico, obesidade, distúrbios alimentares e até a proximidade da menopausa. Quando a ovulação não ocorre regularmente, a fecundação se torna mais difícil. Um dos sinais é a menstruação muito irregular ou ausente.

5. Miomas e pólipos uterinos

Miomas são tumores benignos que crescem na musculatura do útero. Já os pólipos são formações na mucosa uterina. Dependendo do tamanho e da localização, ambos podem atrapalhar a implantação do embrião ou provocar abortos espontâneos. Podem ser assintomáticos ou causar sangramentos e cólicas. A avaliação ginecológica e os exames de imagem definem a necessidade de tratamento.

6. Idade

A idade é um dos fatores mais relevantes para a fertilidade feminina. A partir dos 35 anos, a quantidade e a qualidade dos óvulos começam a diminuir, o que reduz as chances de gravidez e aumenta o risco de alterações genéticas no embrião. Por isso, o acompanhamento médico é fundamental para mulheres que desejam engravidar após essa faixa etária.

Principais causas de infertilidade masculina

Embora muitas vezes menos discutida, a infertilidade masculina é responsável por cerca de 30% dos casos. As causas mais frequentes incluem:

Alterações no sêmen: Baixa contagem de espermatozoides, má motilidade (movimento) ou alterações morfológicas são fatores que comprometem a fecundação.

Varicocele: É a dilatação das veias nos testículos, que pode elevar a temperatura na região e afetar a produção de espermatozoides.

Infecções: Doenças como clamídia ou gonorreia, quando não tratadas adequadamente, podem afetar os ductos por onde passam os espermatozoides.

Uso de anabolizantes ou drogas: Substâncias como esteroides podem reduzir ou interromper a produção de espermatozoides.

Exposição a calor ou substâncias tóxicas: Exposição constante a calor intenso (como em banhos muito quentes e uso frequente de saunas) ou produtos químicos também pode prejudicar a fertilidade.

Fatores que interferem na fertilidade do casal

Além de causas clínicas, hábitos e condições emocionais também influenciam a capacidade de engravidar. Veja os principais fatores:

Estresse crônico 

O estresse constante afeta o eixo hormonal, podendo prejudicar a ovulação e a qualidade dos espermatozoides. Além disso, pode interferir na libido e no bem-estar do casal, dificultando o processo natural de tentativa de gravidez.

Alimentação desequilibrada

Dietas pobres em nutrientes ou ricas em alimentos ultraprocessados impactam negativamente a produção hormonal, o funcionamento do metabolismo e a qualidade dos gametas (óvulos e espermatozoides).

Sedentarismo ou excesso de exercícios intensos 

A falta de atividade física contribui para o desequilíbrio metabólico e ganho de peso, enquanto o excesso de treinos pode causar alterações hormonais e comprometer a fertilidade, especialmente em mulheres com baixo percentual de gordura corporal.

👉 Saiba mais – Como saber se estou acima do peso?

Tabagismo e álcool 

Fumar ou consumir bebidas alcoólicas em excesso está diretamente ligado à redução da fertilidade. No homem, reduz a qualidade e quantidade dos espermatozoides; na mulher, pode antecipar a menopausa e afetar a implantação do embrião.

Excesso ou baixo peso 

O índice de massa corporal (IMC) muito alto ou muito baixo altera a produção de hormônios sexuais, o que pode impedir a ovulação ou diminuir a espermatogênese. Manter um peso corporal saudável é um dos pilares para preservar a fertilidade.

Quando procurar ajuda médica?

Se você ou seu parceiro estão tentando engravidar há um ano (ou seis meses, se a mulher tiver mais de 35 anos) sem sucesso, é hora de procurar avaliação médica. Mas há situações em que a ajuda pode ser buscada antes desse prazo:

✅ Histórico de endometriose, miomas, SOP ou doenças genéticas;

✅ Ciclos menstruais muito irregulares ou ausência de menstruação;

✅ Dor intensa durante a menstruação ou relações sexuais;

✅ Histórico de infecções ginecológicas ou urológicas;

✅ Interrupção do uso de anticoncepcional sem retorno da menstruação;

✅ Diagnóstico anterior de varicocele ou baixa contagem de espermatozoides.

A CLAF pode te ajudar

Na Clínica CLAF, oferecemos um cuidado integral e acolhedor para quem está enfrentando problemas de fertilidade. Nossas especialidades em ginecologia, endocrinologia, nutrologia, mastologia e cardiologia atuam em conjunto para investigar e tratar as causas com atenção personalizada.

Cada mulher (e cada casal) tem uma história. E nós estamos aqui para ouvir, investigar e cuidar com responsabilidade e afeto.

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Colposcopia: o que é, para que serve e quando fazer o exame

A colposcopia é um exame ginecológico simples, mas muito importante para a saúde feminina. Ele permite observar o colo do útero, a vagina e a vulva com mais detalhes, ajudando a identificar alterações que podem passar despercebidas no exame preventivo (Papanicolau).

Neste artigo, você vai entender o que é colposcopia, quando ela é indicada, o que o exame pode detectar e qual a diferença entre colposcopia e o preventivo. Também vamos responder as principais dúvidas sobre o assunto.

O que é a colposcopia?

A colposcopia é um exame feito no consultório médico, com o uso de um aparelho chamado colposcópio, que amplia a imagem da região genital em até 40 vezes. Isso permite que  ginecologistas vejam com mais precisão qualquer alteração nos tecidos do colo do útero, da vagina e da vulva.

Durante o exame, pode ser usado também um líquido (como o ácido acético ou o lugol), que ajuda a destacar áreas que precisam ser analisadas com mais atenção.

Para que serve a colposcopia?

O exame de colposcopia serve principalmente para investigar alterações detectadas no preventivo (Papanicolau). Ele permite confirmar se há lesões causadas por HPV, por exemplo, e avaliar a gravidade dessas lesões.

Além disso, a colposcopia pode servir para:

✅ Detectar lesões pré-cancerígenas ou câncer no colo do útero;

✅ Avaliar verrugas genitais ou lesões suspeitas na vulva e na vagina;

✅ Guiar a coleta de biópsia de áreas alteradas, se necessário;

✅ Acompanhar casos de HPV e verificar se houve regressão ou avanço das lesões.

Quando a colposcopia é indicada?

As indicações mais comuns são:

✅ Alterações encontradas no exame preventivo, como presença de células anormais, inflamações ou sinais de infecção por HPV;

✅ Suspeita de infecção por HPV, especialmente quando há sinais clínicos ou laboratoriais de presença do vírus, como verrugas genitais, alterações detectadas no exame preventivo ou resultado positivo para HPV de alto risco;

✅ Presença de feridas visíveis ou sangramentos fora do período menstrual, especialmente quando ocorrem após relações sexuais, durante a menopausa ou de forma repetida sem causa aparente;

✅ História de câncer ginecológico na família, especialmente casos de câncer do colo do útero, ou do endométrio em parentes de primeiro grau, o que pode aumentar a atenção para exames de rastreio e investigação precoce;

✅ Avaliação de sintomas persistentes, como dor na região pélvica ou vaginal, coceira que não melhora com o tempo e corrimento com odor forte ou coloração incomum, que podem indicar infecções, inflamações ou outras alterações ginecológicas que merecem investigação mais aprofundada.

Importante: o exame não substitui o preventivo, mas pode complementá-lo quando há suspeitas que precisam ser investigadas com mais cuidado.

O que a colposcopia pode detectar?

A colposcopia pode identificar:

✅ Lesões causadas pelo HPV;

✅ Alterações pré-cancerígenas, chamadas NIC (neoplasia intraepitelial cervical);

✅ Câncer do colo do útero, da vagina ou da vulva;

✅ Inflamações, infecções e atrofias;

✅ Lesões benignas, como pólipos.

Se o(a) ginecologista encontrar alguma área suspeita, é possível fazer uma biópsia durante o exame. O material é, então, enviado para análise laboratorial.

Como é feito o exame de colposcopia?

Como dito acima, o exame de colposcopia é parte da avaliação ginecológica da mulher, especialmente quando o exame preventivo indicou algum sinal que indica uma melhor investigação.

Trata-se de um procedimento simples e rápido, que funciona da seguinte forma:

✅ Você será posicionada como em um exame ginecológico comum, com as pernas apoiadas.

✅ O(a) ginecologista usará um espéculo (instrumento que ajuda a afastar as paredes vaginais) para visualizar o colo do útero.

✅ O colposcópio é uma espécie de microscópio, que não tem contato com você, servindo apenas para ampliar a imagem da região.

✅ Será aplicado algum líquido específico, para destacar áreas alteradas.

✅ Se houver necessidade, será feita uma biópsia — mas esse procedimento é rápido e geralmente bem tolerado.

O exame dura em média 10 a 20 minutos e não costuma causar dor, apenas um leve desconforto.

Cuidados antes e depois do exame

Antes do exame, recomenda-se:

✅ Não ter relações sexuais por pelo menos 48 horas;

✅ Não usar duchas, medicamentos vaginais ou cremes;

✅ Evitar marcar o exame durante a menstruação.

Depois da colposcopia, se não houver biópsia, você pode retomar a rotina normalmente. Se houver coleta de material, o(a) ginecologista pode orientar cuidados específicos, como evitar relações sexuais por alguns dias.

Principais dúvidas sobre a colposcopia

Algumas perguntas surgem com frequência quando se fala em colposcopia. Veja abaixo respostas diretas para as dúvidas mais comuns:

👉 O resultado da colposcopia sai na hora?

Depende. O exame visual em si é feito na hora e o(a) médico(a) pode dar uma impressão inicial logo após a avaliação. Mas, se for feita uma biópsia, o resultado final depende do laboratório e pode levar alguns dias para ficar pronto. De qualquer forma, é o retorno com o(a) ginecologista que vai indicar o melhor caminho a seguir após o exame.

👉 Qual o melhor exame para ver o útero?

A colposcopia é excelente para analisar a parte externa do colo do útero. Já para ver o interior do útero e outras estruturas da pelve, o melhor exame costuma ser a ultrassonografia transvaginal.

Por isso, os dois exames são complementares: enquanto um observa a superfície, o outro visualiza o útero por dentro. O(a) médico(a) indicará o mais adequado de acordo com o seu caso.

👉 A colposcopia é o mesmo que o preventivo?

Não. O preventivo (Papanicolau) é um exame de rastreio, que colhe células do colo do útero para análise em laboratório. Já a colposcopia permite a visualização direta da região, como se fosse uma “lente de aumento”.

👉 Fazer colposcopia significa que tenho suspeita de câncer?

Não. O exame é solicitado para investigar alterações e evitar que uma doença se desenvolva, como feridas, sangramentos e verrugas; não necessariamente câncer. Na maioria das vezes, o resultado é benigno ou mostra alterações leves.

👉 Posso fazer colposcopia menstruada? 

Em alguns casos, sim. O ideal é consultar a clínica para saber se o exame pode ser mantido ou precisa ser remarcado.

👉 Tenho DIU. Posso fazer o exame? 

Sim. Ter DIU não impede a realização da colposcopia, mas informe o profissional antes do início do exame.

👉 Estou grávida. A colposcopia pode ser feita? 

Pode, mas depende do caso. É fundamental avisar a clínica com antecedência para que o(a) médico(a) avalie se o exame deve ser feito ou adiado.

👉 Quando posso retomar as relações sexuais? 

Se não houver biópsia, geralmente não há restrições. Com biópsia, pode ser preciso esperar alguns dias. O ideal é seguir as orientações do(a) médico(a).

👉 Fui encaminhada para colposcopia. Devo continuar fazendo o preventivo? 

Não. Durante o acompanhamento na colposcopia, os exames serão feitos com o(a) especialista. O retorno ao preventivo de rotina será indicado quando apropriado.

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Se você recebeu indicação para fazer esse exame, não adie. É uma forma segura, rápida e eficaz de cuidar de você. Na Clínica CLAF, você encontra todo o cuidado e a atenção que precisa para cuidar da sua saúde íntima. Se você está em Brasília ou Entorno, clique no link abaixo e venha cuidar da sua saúde conosco!

Dia da Luta contra a Endometriose: o que é, sintomas e como tratar

No dia 7 de maio, é celebrado o Dia Internacional da Luta contra a Endometriose, uma data importante para dar visibilidade a uma condição que afeta milhões de mulheres no mundo, mas que ainda é cercada de desconhecimento, estigmas e demora no diagnóstico.

A endometriose é mais do que “uma cólica forte”. É uma doença inflamatória crônica, que pode comprometer a qualidade de vida, causar dor intensa e até dificultar a gestação. 

O que é endometriose?

A endometriose acontece quando o tecido que normalmente reveste o útero por dentro (o endométrio) cresce fora dele – em locais como ovários, trompas, bexiga ou intestino. 

A cada ciclo menstrual, esse tecido fora do lugar também responde aos hormônios, provocando inflamações, dor e, em alguns casos, aderências ou sangramentos internos.

Embora seja uma doença benigna, a endometriose pode se tornar incapacitante, afetando não apenas a saúde física, mas também a emocional, sexual e reprodutiva da mulher.

Quais os principais sintomas da endometriose?

Nem todas as mulheres com endometriose sentem os mesmos sintomas. Algumas, inclusive, podem ser assintomáticas. Mas os sinais mais comuns incluem:

✅ Cólica menstrual muito forte, que piora com o tempo;

✅ Dor durante a relação sexual, especialmente em determinadas posições;

✅ Dor ao urinar ou evacuar, principalmente durante a menstruação;

✅ Sangramento intenso ou irregular;

✅ Inchaço abdominal e desconforto pélvico constante;

✅ Dificuldade para engravidar.

Esses sintomas não devem ser normalizados. Sentir dor não é normal, e buscar ajuda médica é essencial para evitar a progressão da doença.

Por que a endometriose é difícil de diagnosticar?

Um dos maiores desafios em relação à endometriose é o tempo médio até o diagnóstico: em muitos casos, a mulher passa anos procurando respostas, consultando diferentes profissionais até receber uma confirmação.

Isso acontece por três motivos principais:

✅ Banalização da dor: é comum que a dor menstrual intensa seja encarada como algo normal ou inevitável, especialmente entre adolescentes e mulheres jovens. Frases como “menstruação dói mesmo” acabam atrasando a busca por ajuda médica e perpetuam o sofrimento.

✅ Semelhança dos sintomas com outras doenças: os sinais da endometriose – como dor abdominal, constipação, diarreia, inchaço e sangramento – podem se confundir com os de outras condições, como síndrome do intestino irritável, miomas, cistos ovarianos e infecções urinárias. 

✅ Necessidade de exames específicos: a endometriose não é facilmente detectada em exames ginecológicos de rotina. Em muitos casos, são necessários exames complementares como ultrassonografia com preparo intestinal, ressonância magnética pélvica ou até videolaparoscopia. 

Como é feito o diagnóstico da endometriose?

O diagnóstico da endometriose envolve uma combinação de:

✅ Avaliação clínica detalhada dos sintomas;

✅ Exames de imagem, como ultrassonografia com preparo intestinal e ressonância magnética pélvica;

✅ Videolaparoscopia diagnóstica (em alguns casos), que é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo para visualizar e confirmar a presença das lesões.

É importante lembrar que o diagnóstico precoce ajuda a preservar a fertilidade e evita o agravamento da doença.r que o diagnóstico precoce ajuda a preservar a fertilidade e evita o agravamento da doença.

Endometriose tem cura?

Não. A endometriose não tem cura definitiva, mas tem tratamento e pode ser controlada com acompanhamento médico adequado. O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas, melhorar a qualidade de vida e preservar a fertilidade da mulher.

As opções variam de acordo com a gravidade do quadro e os desejos da paciente (como engravidar ou não), e podem incluir:

✅ Tratamento medicamentoso: uso de anticoncepcionais, anti-inflamatórios ou medicamentos que bloqueiam a menstruação;

✅ Cirurgia laparoscópica: indicada quando há falha no tratamento clínico, presença de endometriomas (cistos) ou lesões mais severas;

✅ Acompanhamento com equipe multiprofissional, incluindo ginecologista, nutricionista e psicóloga.

Endometriose e infertilidade: qual a relação?

A endometriose é uma das causas mais frequentes de infertilidade feminina. Isso ocorre porque a inflamação e as aderências podem dificultar o funcionamento dos ovários e das trompas, além de afetar a qualidade dos óvulos e a receptividade do útero.

Mas é importante saber: endometriose não é sinônimo de infertilidade. Muitas mulheres com a doença conseguem engravidar naturalmente ou com ajuda de técnicas de reprodução assistida, especialmente quando o diagnóstico é precoce.

Mitos e verdades sobre endometriose

Apesar de ser uma condição comum, a endometriose ainda é cercada de mitos que dificultam o diagnóstico e o tratamento adequados. A seguir, esclarecemos algumas das dúvidas mais frequentes:

❌ Mito: cólica forte é normal.
Verdade: sentir dor intensa durante a menstruação não é normal e pode ser sinal de endometriose. Se a dor afeta sua rotina, procure um ginecologista.

❌ Mito: a endometriose só aparece nos ovários.
Verdade: ela pode atingir diferentes órgãos da pelve e até intestino, bexiga ou diafragma, dependendo da gravidade do quadro.

❌ Mito: gravidez cura a endometriose.
Verdade: engravidar pode aliviar os sintomas temporariamente, mas não é uma cura. A doença pode voltar após o parto ou ao fim da amamentação.

❌ Mito: histerectomia (retirada do útero) cura a endometriose.
Verdade: a endometriose pode persistir mesmo após a retirada do útero, especialmente se houver lesões fora dele. Por isso, a histerectomia não é recomendada como primeira opção de tratamento.

❌ Mito: quem tem endometriose nunca vai engravidar.
Verdade: embora possa dificultar a concepção, muitas mulheres com endometriose conseguem engravidar, com ou sem ajuda médica.

❌ Mito: a dor da endometriose é proporcional à gravidade da doença.
Verdade: há mulheres com lesões profundas e pouca dor, e outras com dor intensa e poucos focos visíveis. A avaliação clínica é essencial.

Se você ou alguém que você conhece apresenta sintomas como cólicas intensas, dor pélvica constante ou dificuldade para engravidar, não adie o cuidado. Procure um ginecologista, fale sobre seus sintomas e exija atenção.

Se você está no Distrito Federal ou Entorno, clique no link abaixo e venha se cuidar conosco.

Hipotireoidismo causa mesmo ganho de peso?

O hipotireoidismo é uma condição que afeta a produção de hormônios pela glândula tireoide. Esses hormônios são fundamentais para o funcionamento do nosso metabolismo, ou seja, o ritmo como nosso corpo funciona. 

Quando está desregulada, a tireoide pode tornar o metabolismo mais lento, e isso pode afetar diretamente o peso. Mas será que o hipotireoidismo causa mesmo aumento de peso?

Qual a relação entre hipotireoidismo e ganho de peso?

Em pessoas com hipotireoidismo, a produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina) é reduzida. Isso faz com que o metabolismo fique mais lento. Com isso, o corpo queima menos calorias, mesmo em repouso, e isso pode favorecer o acúmulo de gordura corporal e retenção de líquidos.

No entanto, segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, o ganho de peso causado pelo hipotireoidismo costuma ser moderado. Em geral, ocorrendo principalmente devido à retenção de líquidos e não ao aumento direto de gordura corporal. 

Ou seja, o hipotireoidismo pode dificultar o emagrecimento, mas não é, sozinho, responsável por quadros de obesidade.

Além disso, o ganho de peso é apenas um dos sintomas dessa doença. Outros sinais comuns incluem:

✅ Cansaço excessivo e falta de energia;

✅ Sensibilidade ao frio;

✅ Queda de cabelo e unhas frágeis;

✅ Pele seca e palidez;

✅ Constipação;

✅ Lentidão para pensar ou falar;

✅ Inchaço no rosto e nas pálpebras;

✅ Menstruações irregulares ou mais intensas.

A presença desses sintomas pode indicar um desequilíbrio hormonal, sendo importante buscar uma avaliação com endocrinologista.

É possível emagrecer mesmo tendo hipotireoidismo?

Não é verdade que quem tem hipotireoidismo não consegue emagrecer. Com o tratamento adequado e uma alimentação equilibrada, é perfeitamente possível perder peso mesmo com o metabolismo mais lento.

A reposição hormonal com medicamentos como a levotiroxina – feita por endocrinologista –  costuma normalizar os níveis de T3 e T4, o que ajuda a restabelecer o metabolismo. Assim, com acompanhamento nutricional e prática de atividade física, a perda de peso se torna viável.

Tanto o ganho de peso quanto o emagrecimento são fatores que dependem de cada organismo. Em geral, a maior parte do aumento de peso relacionado a problemas na tireoide vem da retenção de líquidos, não de gordura. 

Quadros mais graves, em que o hipotireoidismo está sem tratamento por muito tempo, podem levar a um aumento de peso maior. Ainda assim, esse aumento costuma ser reversível com o tratamento correto.

Como evitar o ganho de peso no hipotireoidismo?

Manter o peso sob controle com hipotireoidismo é possível, e algumas atitudes são essenciais, como:

Iniciar o tratamento assim que o problema for diagnosticado;

✅ Praticar atividades físicas regularmente, mesmo de baixa intensidade;

✅ Ter uma alimentação rica em fibras, vegetais e alimentos naturais;

✅ Evitar alimentos ultraprocessados, com muito açúcar e gordura saturada;

✅ Hidratar-se bem ao longo do dia;

✅ Manter consultas regulares com endocrinologista para ajustar o tratamento, caso necessário.

Mitos e verdades sobre tireoide e ganho de peso

A relação entre hipotireoidismo e ganho de peso costuma ser cercada por mitos que podem levar a erros no diagnóstico e no tratamento. Conheça os principais:​

❌ Mito 1: Ganho de peso tem sempre a ver com tireoide

Embora o hipotireoidismo possa contribuir para aumento de peso devido à retenção de líquidos e ao metabolismo mais lento, geralmente esse ganho é pequeno. Quando ocorre um aumento grande de peso, os motivos geralmente são alimentação inadequada, sedentarismo ou outros problemas de saúde. ​

❌ Mito 2: Dietas específicas podem curar o hipotireoidismo

Nenhuma dieta isolada é capaz de curar o hipotireoidismo. Embora uma alimentação equilibrada seja essencial para a saúde geral e possa ajudar a controlar os sintomas, o tratamento padrão precisa ser indicado por endocrinologistas, muitas vezes com reposição hormonal.

❌ Mito 3: Quem tem hipotireoidismo  deve evitar glúten

A menos que haja um diagnóstico de doença celíaca ou sensibilidade ao glúten, não há evidências que justifiquem a eliminação do glúten da dieta de pessoas com hipotireoidismo. Dietas restritivas sem necessidade podem, inclusive, levar a deficiências nutricionais.

❌ Mito 4: Suplementos naturais podem substituir a medicação

Suplementos e remédios naturais não devem substituir a terapia hormonal prescrita para o hipotireoidismo. A eficácia e segurança desses produtos não são garantidas, e além disso ainda podem interferir no tratamento médico. ​

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Na Clínica CLAF, contamos com profissionais experientes em endocrinologia prontos para te orientar. Se você está no Distrito Federal ou Entorno e apresenta sintomas de hipotireoidismo ou dúvidas sobre seu peso, clique no link abaixo e agende um atendimento conosco

Implanon: descubra se é a melhor opção para você

Se você busca um método contraceptivo eficaz, discreto e de longa duração, o Implanon pode ser uma excelente opção. Mas como saber se o Implanon é o ideal para você? 

Neste artigo, vamos explicar o que é o implante, como funciona, quais são suas vantagens e contraindicações, além de tirar dúvidas frequentes sobre o uso do implante anticoncepcional.

O que é o Implanon?

O Implanon é um implante anticoncepcional subcutâneo, fino e flexível, com cerca de 4 cm de comprimento, que é inserido sob a pele do braço. Ele libera continuamente o hormônio etonogestrel, semelhante à progesterona, que impede a ovulação e promove alterações no muco cervical e no endométrio, dificultando a gravidez.

O Implanon atua diretamente no sistema reprodutor feminino, utilizando o hormônio etonogestrel para bloquear diferentes etapas do ciclo menstrual. Isso garante uma proteção eficaz contra a gravidez. Veja como ele age em cada ponto:

Inibição da ovulação: O etonogestrel impede que o óvulo seja liberado pelos ovários a cada ciclo. Sem o óvulo, não há possibilidade de fecundação.

Espessamento do muco cervical: O muco do colo do útero se torna mais espesso, dificultando a movimentação dos espermatozoides. Isso impede que eles alcancem o óvulo, caso ele seja eventualmente liberado .

Alteração do endométrio: O revestimento interno do útero (endométrio) se torna mais fino, o que dificulta a implantação de um óvulo fecundado, caso ocorra a fecundação.

Essa combinação de ações oferece uma barreira tripla contra a gravidez e torna o Implanon um dos métodos anticoncepcionais mais seguros disponíveis atualmente. Entre os seus principais benefícios, estão:

✅ Eficácia superior a 99%.

✅ Duração de até 3 anos, sem necessidade de lembrar diariamente ou mensalmente.

✅ O implante é pequeno e fica invisível sob a pele.

✅ Não interfere nas relações sexuais e permite retorno rápido da fertilidade após a retirada.

✅ Redução de cólicas e fluxo menstrual em muitas mulheres.

Possíveis efeitos colaterais

A maioria das mulheres se adapta muito bem ao uso do Implanon, mas uma pequena parte delas pode apresentar alguns efeitos colaterais, sendo os mais relatados:

✅ Alterações menstruais, como ausência de menstruação, sangramento irregular ou prolongado.

✅ Alterações de humor e sensibilidade mamária.

✅ Acne e pequenos sangramentos fora do ciclo.

Quem não pode usar Implanon?

Por mais seguro e moderno que seja, algumas mulheres não têm indicação de usar. Por isso, a avaliação médica é essencial antes de iniciar o uso. O Implanon não é indicado para pessoas com:

✅ Histórico de trombose ou doenças cardiovasculares graves.

✅ Câncer de mama atual ou passado.

✅ Problemas graves no fígado.

✅ Alergia aos componentes do implante.

Como é colocado e retirado o Implanon?

A inserção do Implanon é feita em consultório, com anestesia local. O procedimento é rápido, leva cerca de 5 minutos, e a paciente pode retornar às atividades normais logo em seguida.

A remoção também é simples e pode ser feita a qualquer momento, caso a pessoa deseje engravidar ou mudar de método.

👉 Saiba mais – Implanon: benefícios e riscos

Implanon e outros métodos: vantagens e desvantagens

Para te ajudar a descobrir se o Implanon é a melhor opção para você, é fundamental conhecer as opções disponíveis e entender o que diferencia cada uma delas. Abaixo, comparamos o Implanon com os principais métodos anticoncepcionais utilizados atualmente:

Implanon x pílula anticoncepcional

Vantagens: Oferece proteção por até 3 anos com uma única aplicação, eliminando o risco de esquecimento comum no uso da pílula. Possui uma taxa de eficácia maior, pois independe do uso correto e regular.

Desvantagens: Pode causar alterações menstruais, enquanto a pílula permite um controle maior do ciclo.

Implanon x DIU (dispositivo intrauterino)

Vantagens: Não requer inserção intrauterina, o que é mais confortável para as mulheres, além de ser facilmente removível, ao contrário do DIU, que pode ser bem mais complicado de remover. O procedimento de colocação é simples e menos invasivo.

Desvantagens: Tem duração de 3 anos, enquanto o DIU pode durar entre 5 e 10 anos dependendo do tipo.

Implanon x injeção anticoncepcional

Vantagens: Evita a necessidade de aplicações mensais ou trimestrais. Garante eficácia constante e também evita o desconforto das injeções, o que é incômodo para algumas mulheres.

Desvantagens: Pode apresentar efeitos hormonais semelhantes, como alterações de humor ou menstruação.

Implanon x camisinha

Vantagens: É um método de uso contínuo, sem necessidade de uso em todas as relações, o que aumenta a comodidade e reduz falhas humanas.

Desvantagens: Não protege contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), ao contrário da camisinha, que continua sendo essencial para essa finalidade.

Como saber se o Implanon é para você?

Se você busca um método de longa duração, altamente eficaz, que não exige manutenção constante, o Implanon pode ser a opção ideal. Mas cada organismo é único. Por isso, converse com um(a) ginecologista para avaliar se esse é o melhor método para você.

Na Clínica CLAF, contamos com profissionais experientes, prontos(as) para orientar você com segurança e acolhimento.

Se você está no Distrito Federal ou Entorno, clique no link abaixo para agendar sua consulta e descobrir se o Implanon é a melhor opção para seu corpo e sua rotina.

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Problemas de crescimento em crianças e adolescentes: como identificar e tratar

O crescimento é um dos principais indicadores da saúde infantil. Cada fase da vida é marcada por um ritmo diferente de desenvolvimento, e qualquer alteração nesse padrão pode ser um sinal de alerta para os pais ou responsáveis. 

Problemas de crescimento em crianças e adolescentes não são raros e, quando identificados cedo, têm grandes chances de serem tratados, evitando problemas que irão trazer prejuízos pra vida toda.

Como saber se o crescimento está normal?

Nem toda diferença de altura é um problema. Crianças têm ritmos diferentes de crescimento, que podem variar conforme fatores genéticos, alimentação e saúde geral. No entanto, alguns sinais devem chamar a atenção:

Altura muito abaixo dos colegas da mesma idade

Quando uma criança apresenta uma estatura claramente menor em comparação a outras da mesma idade e sexo, isso pode ser um indicativo de atraso no crescimento. Esse sinal é especialmente importante quando está associado a uma velocidade de crescimento reduzida ao longo do tempo. É fundamental observar se essa diferença persiste em várias fases da infância e adolescência, e não apenas em um período isolado.

Crescimento mais lento ao longo dos meses ou anos

Quando a criança não apresenta um aumento consistente de altura ao longo do tempo, isso pode indicar uma desaceleração no ritmo de crescimento. O ideal é que haja um ganho de estatura previsível a cada consulta pediátrica. Se esse ganho se torna cada vez menor ou praticamente inexistente, mesmo com boa alimentação e sem doenças aparentes, é preciso investigar mais a fundo com um especialista.

Roupas que duram muito tempo sem apertar ou encurtar

Esse é um sinal prático que pode ser percebido no dia a dia. Quando a criança permanece por muitos meses ou até anos usando as mesmas roupas sem que elas fiquem apertadas ou curtas, pode ser um indicativo de que o corpo não está crescendo como deveria. Esse é um dos primeiros sinais que costumam chamar a atenção dos responsáveis, especialmente em comparação com o crescimento de outras crianças da mesma idade.

Reclamações frequentes sobre cansaço ou fraqueza

Embora esses sintomas possam estar ligados a diversos fatores, quando ocorrem com frequência e sem causa aparente, podem indicar que o corpo da criança não está recebendo os nutrientes e a energia necessários para crescer. 

O comum é crianças e adolescentes terem energia de sobra. Cansaço excessivo pode ser um reflexo de problemas hormonais, deficiências nutricionais ou até de doenças crônicas que interferem no desenvolvimento físico.

Puberdade atrasada ou adiantada

A puberdade costuma acontecer entre os 8 e 13 anos nas meninas e entre os 9 e 14 anos nos meninos. Quando os sinais de desenvolvimento puberal (como aparecimento de pelos, crescimento dos seios ou aumento dos testículos) surgem antes ou muito depois dessas faixas etárias, pode ser um indicativo de desequilíbrios hormonais. Tanto o início precoce quanto o atraso da puberdade podem interferir diretamente no crescimento e desenvolvimento saudáveis.

👉 Saiba mais: Puberdade precoce: o que é e como identificar?

A melhor forma de acompanhar o crescimento é usar a tabela de crescimento infantil, que compara a altura e o peso da criança com os padrões definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Pediatras e endocrinologistas podem fazer esse acompanhamento com mais precisão.

O que pode atrapalhar o crescimento?

Diversas condições podem interferir no crescimento normal de uma criança ou adolescente. Veja as principais:

Distúrbios hormonais – Um dos motivos mais comuns é a deficiência do hormônio do crescimento (GH), que é essencial para o desenvolvimento corporal. Nesse caso, a criança cresce menos que o esperado mesmo com boa alimentação e saúde. Esse tipo de distúrbio de crescimento pode ser diagnosticado por um endocrinologista pediátrico.

Doenças genéticas – Condições como síndrome de Turner, síndrome de Noonan e outras doenças genéticas podem afetar diretamente o crescimento. Essas doenças geralmente vêm acompanhadas de outras alterações físicas ou de desenvolvimento, e muitas vezes interferem também no crescimento ósseo.

Doenças crônicas – Problemas como asma grave, doenças renais, intestinais ou cardíacas também podem impactar o crescimento. Nessas situações, o corpo precisa de mais energia para lidar com a doença e acaba prejudicando o desenvolvimento. Esses fatores contribuem para a baixa estatura em crianças.

Alimentação inadequada – Desnutrição, deficiências nutricionais e dietas desequilibradas dificultam o crescimento infantil. É importante garantir uma alimentação rica em vitaminas, minerais e proteínas, essenciais para o desenvolvimento. Casos de crianças que não crescem e não engordam adequadamente podem ter relação direta com esses fatores.

Estresse e ambiente familiar – Crianças expostas a situações de estresse constante ou ambientes familiares conflituosos podem apresentar dificuldades no crescimento, mesmo sem doenças físicas aparentes.

Como é feito o diagnóstico?

O primeiro passo é uma avaliação clínica com o pediatra, que vai verificar o histórico da criança, medir altura, peso e comparar com os padrões esperados. Se houver indícios de distúrbios, o(a) médico(a) pode encaminhar para um endocrinologista pediátrico.

Nessa investigação, alguns exames podem ser pedidos para ajudar a entender melhor a causa do problema:

✅ Exames de sangue ajudam a identificar deficiências nutricionais, alterações na função da tireoide, anemia ou sinais de infecções crônicas que podem impactar o crescimento.

✅ Radiografias, especialmente das mãos e punhos, permitem estimar a idade óssea da criança, ou seja, se os ossos estão se desenvolvendo de acordo com o esperado para a faixa etária. 

✅ Testes hormonais avaliam a produção de hormônios importantes, como o hormônio do crescimento (GH), o IGF-1 (fator de crescimento semelhante à insulina) e os hormônios sexuais, que têm papel fundamental na fase da puberdade. 

Quais os tratamentos disponíveis?

O tratamento vai depender da causa do distúrbio de crescimento. Em casos de deficiência hormonal, pode-se indicar a aplicação de hormônio do crescimento. Quando a causa está relacionada a outras doenças, o foco é tratar a condição de base.

Alimentação equilibrada, rotina de sono adequada e acompanhamento com especialistas são fundamentais para qualquer tratamento. Uma dieta balanceada fornece os nutrientes essenciais para o funcionamento do organismo e o crescimento saudável. Dormir bem é importante porque é durante o sono que o corpo libera o hormônio do crescimento. 

Já o acompanhamento com especialistas, como endocrinologistas e pediatras, permite detectar precocemente qualquer alteração no desenvolvimento e ajustar o tratamento de forma personalizada.

Quando procurar ajuda?

Se você percebe que seu filho ou filha não está crescendo como esperado, ou apresenta outros sinais que mencionamos, o ideal é buscar ajuda médica. Quanto antes o problema for identificado, maiores são as chances de um desenvolvimento adequado.

Na Clínica CLAF, contamos com profissionais especializados em endocrinologia pediátrica, prontos para cuidar da saúde e do crescimento de crianças e adolescentes com carinho, atenção e experiência. 

Nosso compromisso é apoiar o desenvolvimento saudável em todas as fases da vida.

Se você está em Brasília ou Entorno, clique no link abaixo e venha cuidar da sua saúde conosco!

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Câncer de endométrio: entenda o caso da Fátima Bernardes

A jornalista e apresentadora Fátima Bernardes revelou em um podcast que descobriu um câncer no endométrio durante um exame de rotina, sem ter apresentado qualquer sintoma. 

O relato gerou grande repercussão e trouxe à tona um tema que ainda é pouco discutido: a importância da prevenção e do acompanhamento regular da saúde ginecológica.

Neste artigo, você vai entender o que é o câncer de endométrio, como ele se desenvolve, quais os sinais de alerta e como a prevenção pode ser feita com o acompanhamento correto. Acompanhe!

Entenda o caso da Fátima Bernardes

O diagnóstico de câncer de endométrio da apresentadora Fátima Bernardes ocorreu de forma inesperada, durante um exame de rotina. Mesmo sem apresentar sintomas, ela fazia acompanhamento regular com sua ginecologista e estava em tratamento com reposição hormonal. 

Foi justamente em uma dessas consultas que a médica observou um espessamento do endométrio, o que levou à solicitação de exames complementares.

O que chama a atenção no relato de Fátima é o papel essencial da prevenção e da relação de confiança com a equipe médica. A ginecologista, ao notar uma alteração aparentemente discreta, seguiu com a investigação. Esse cuidado e a agilidade no atendimento permitiram que o câncer fosse tratado em estágio inicial, com excelente prognóstico.

O que é o câncer de endométrio?

O câncer de endométrio é um tipo de tumor que se desenvolve no revestimento interno do útero, chamado endométrio. Esse tecido é sensível aos hormônios femininos, principalmente ao estrogênio, e sofre alterações ao longo do ciclo menstrual. Quando há um estímulo hormonal excessivo, especialmente sem o devido equilíbrio da progesterona, o endométrio pode crescer de forma anormal, o que aumenta o risco de desenvolver câncer.

Diferença entre câncer de endométrio e câncer de colo do útero

Muitas pessoas confundem esses dois tipos de câncer por ambos ocorrerem na região uterina. No entanto, são doenças distintas:

Câncer de endométrio: tem origem na parte interna do útero e está mais relacionado ao desequilíbrio hormonal, especialmente na menopausa.

Câncer de colo do útero: ocorre na parte inferior do útero e é frequentemente causado pela infecção persistente por HPV (Papilomavírus Humano).

O que aumenta o risco desse tipo de câncer?

Algumas condições podem aumentar o risco de desenvolver esse tipo de câncer. Confira abaixo quais são as principais.

Idade acima dos 50 anos

Com o avanço da idade, o organismo passa por alterações hormonais naturais, como a queda da produção de progesterona após a menopausa, o que favorece o crescimento anormal do endométrio e aumenta o risco de câncer.

Menopausa tardia ou menarca precoce

Ambas as condições aumentam o tempo de exposição do endométrio ao estrogênio, sem a contraposição adequada da progesterona, o que pode favorecer o crescimento celular anormal e elevar o risco de câncer.

Obesidade

O excesso de tecido adiposo aumenta os níveis de estrogênio circulante no corpo, mesmo após a menopausa, o que pode estimular o crescimento anormal do endométrio.

Diabetes tipo 2

Níveis elevados de insulina e resistência à insulina podem influenciar o metabolismo hormonal e favorecer o crescimento celular anormal no endométrio.

Uso prolongado de estrogênio sem progesterona

O uso de estrogênio por longo período é comum em algumas terapias de reposição hormonal. Esse hormônio, porém, estimula o crescimento do endométrio, e caso não haja o uso adequado de progesterona, esse estímulo contínuo pode levar à hiperplasia endometrial e aumentar o risco de desenvolvimento de câncer.

Histórico familiar de câncer ginecológico

Parentes de primeiro grau com câncer de endométrio, ovário ou mama podem indicar predisposição genética, aumentando o risco de desenvolvimento da doença.

Síndrome dos ovários policísticos

Também conhecida como SOP, essa condição pode levar à produção cronicamente elevada de estrogênio sem a ovulação regular, o que expõe o endométrio a um estímulo hormonal contínuo e aumenta o risco de alterações celulares anormais.

👉 Veja também – Como tratar a endometriose?

Sintomas e diagnóstico

O câncer de endométrio pode evoluir de forma silenciosa, especialmente nos estágios iniciais. Em muitos casos, não há sintomas perceptíveis, o que reforça a importância dos exames de rotina.

Quando os sinais aparecem, o mais comum é o sangramento uterino anormal, principalmente após a menopausa ou entre os ciclos menstruais, no caso de mulheres ainda em idade fértil. Esse tipo de sangramento deve sempre ser investigado.

Outros sinais de alerta incluem:

✅ Dor pélvica persistente.

✅ Corrimento vaginal incomum (com coloração ou odor alterados).

✅ Sensação de pressão na pelve.

✅ Desconforto ou dor durante a relação sexual.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico do câncer de endométrio envolve a combinação de exames clínicos, de imagem e laboratoriais, especialmente quando há sinais de alerta como sangramento anormal. Os principais exames utilizados são:

Ultrassonografia transvaginal: é o exame inicial mais comum para avaliar o espessamento do endométrio. Ele permite medir a espessura da camada interna do útero e identificar possíveis alterações estruturais.

Histeroscopia: exame realizado por via vaginal, com o uso de uma câmera que permite visualizar diretamente o interior do útero. Caso alguma área suspeita seja encontrada, é possível realizar a biópsia durante o procedimento.

Biópsia do endométrio: é a coleta de uma pequena amostra do tecido do endométrio para análise em laboratório. É o exame que confirma o diagnóstico e define se há presença de células cancerígenas.

A importância da reposição hormonal segura

A reposição hormonal é uma alternativa eficaz para aliviar os sintomas da menopausa, como ondas de calor, insônia, irritabilidade e ressecamento vaginal. No entanto, seu uso deve ser cuidadosamente indicado e monitorado por especialistas.

O uso inadequado ou prolongado de estrogênio, especialmente sem a associação com progesterona em mulheres que ainda possuem útero, pode aumentar o risco de desenvolver câncer de endométrio. Isso ocorre porque o estrogênio estimula o crescimento do endométrio, e, sem o equilíbrio da progesterona, esse estímulo pode se tornar excessivo e favorecer alterações celulares anormais.

Por isso, é essencial que a terapia hormonal seja sempre personalizada, considerando fatores como idade, histórico de saúde, sintomas e exames atualizados. 

Ginecologistas e Endocrinologistas são os profissionais mais indicados para avaliar a necessidade da reposição, orientar sobre os riscos e benefícios, e acompanhar regularmente a resposta do organismo ao tratamento.

Quando bem indicada e monitorada, a reposição hormonal traz qualidade de vida às mulheres no climatério e na menopausa, sem comprometer a segurança. O segredo está no acompanhamento contínuo e na escolha de uma conduta adequada para cada paciente.

Câncer de endométrio: como se cuidar?

A melhor forma de prevenir o câncer de endométrio é manter uma rotina regular de cuidados com a saúde ginecológica. Isso inclui realizar consultas periódicas com ginecologista, mesmo sem sintomas, especialmente após os 40 anos ou com a chegada da menopausa.

Muitas doenças ginecológicas, incluindo o câncer de endométrio, podem se desenvolver de forma silenciosa. Exames preventivos como a ultrassonografia transvaginal e a histeroscopia diagnóstica são fundamentais para identificar alterações no útero ainda em fases iniciais.

Como no caso da Fátima, o exame de rotina pode salvar vidas. Por isso, estar atenta ao próprio corpo, seguir as orientações médicas e manter os exames em dia são atitudes que fazem toda a diferença na saúde e no bem-estar das mulheres ao longo da vida.

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Para cuidar da sua saúde e bem-estar, conte com a Clínica CLAF. Temos profissionais experientes e atenciosos, que vão dar o tratamento que você precisa e espera.

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