É possível controlar o diabetes descompensado?
O diabetes é uma condição que merece toda atenção, já que pode levar a riscos enormes para as pessoas que apresentam o problema, caso os níveis de glicose se elevem de forma excessiva.
E esses riscos podem ser tanto crônicos, como danos aos vasos sanguíneos, quanto agudos, como o chamado “coma diabético”.
Mas o que fazer quando os esses níveis ultrapassam o limite esperado?
Continue a leitura para descobrir!
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Diabetes descompensado: quando é considerada?
O diabetes é considerado descompensado quando os níveis de glicose no sangue estão persistentemente fora da faixa normal, seja porque estão muito altos (hiperglicemia) ou muito baixos (hipoglicemia).
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🚨 Níveis normais de glicose variam entre 70 mg/dL a 100 mg/dL, com a pessoa em jejum. Já níveis entre 100 mg/dL e 125 mg/dL são considerados como pré-diabetes. E valores acima disso – quando persistentes – definem o diagnóstico de diabetes.
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A descompensação do diabetes geralmente ocorre quando o controle não está adequado, seja devido a falhas na adesão ao tratamento, alterações na dieta e no estilo de vida, falta de medicação ou outras condições médicas que podem afetar os níveis de glicose no sangue.
Quando os níveis de glicose no sangue estão persistentemente elevados, ocorre a hiperglicemia, que pode resultar em uma série de complicações de curto e longo prazo.
Alguns dos riscos associados ao diabetes descompensado incluem:
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Complicações agudas
As complicações agudas são aquelas que ocorrem de forma rápida (quase imediata), quando os níveis de glicose se elevam excessivamente. As principais são:
✅ Cetoacidose diabética (CAD): Uma condição grave que ocorre quando o corpo produz níveis muito altos de cetonas devido à falta de insulina. Isso pode levar a sintomas como sede intensa, micção frequente, náuseas, vômitos, respiração rápida e odor de acetona na respiração. A CAD pode progredir para “coma diabético”, se não for tratada rapidamente.
✅ Estado hiperglicêmico hiperosmolar (EHH): Uma complicação grave do diabetes tipo 2 que ocorre quando os níveis de glicose no sangue ficam extremamente altos, resultando em desidratação grave, confusão mental, convulsões e coma.
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Complicações crônicas
Já as complicações crônicas são aquelas que vão ocorrendo de forma mais lenta e progressiva, o que não as faz menos perigosas. Entre elas, podemos citar:
✅ Danos aos vasos sanguíneos: A hiperglicemia prolongada pode danificar os vasos sanguíneos em todo o corpo, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, como doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral e doença arterial periférica.
✅ Danos nos nervos (neuropatia): A neuropatia diabética é uma complicação comum do diabetes descompensado que pode causar sintomas como dormência, formigamento, dor ou fraqueza nos membros.
✅ Danos nos rins (nefropatia): A hiperglicemia crônica pode danificar os pequenos vasos sanguíneos nos rins, levando a uma diminuição da função renal e, eventualmente, à insuficiência renal.
✅ Retinopatia diabética: Danos nos vasos sanguíneos da retina devido à hiperglicemia crônica podem causar problemas de visão e cegueira.
Portanto, é crucial que as pessoas com diabetes monitorem regularmente seus níveis de glicose no sangue, adiram ao plano de tratamento prescrito por seu médico, mantenham um estilo de vida saudável e busquem assistência médica imediatamente se notarem sintomas de hiperglicemia ou hipoglicemia.
O controle adequado do diabetes é essencial para prevenir complicações graves e melhorar a qualidade de vida.
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Diabetes descompensado: como controlar?
Para trazer os níveis de glicose no sangue de um diabetes descompensado de volta aos níveis normais, é importante seguir algumas medidas específicas.
Aqui estão algumas das principais estratégias:
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Administração de insulina ou medicamentos
Se a pessoa estiver com hiperglicemia devido à falta de insulina no caso do diabetes tipo 1, ou à resistência à insulina no diabetes tipo 2, pode ser necessário administrar insulina ou outros medicamentos antidiabéticos prescritos pelo médico. Esses medicamentos ajudarão a reduzir os níveis de glicose no sangue.
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Hidratação
A hiperglicemia pode levar à desidratação, portanto, é importante beber bastante água para ajudar a reidratar o corpo e diluir a glicose no sangue. No entanto, é importante evitar bebidas açucaradas, pois podem aumentar ainda mais os níveis de glicose.
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Controle da dieta
Evitar alimentos ricos em carboidratos simples e açúcares pode ajudar a reduzir os níveis de glicose no sangue. Opte por alimentos ricos em fibras, proteínas magras e gorduras saudáveis, e evite alimentos processados e açucarados.
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Atividade física
A prática regular de exercícios pode ajudar a reduzir os níveis de glicose no sangue, aumentando a sensibilidade à insulina e permitindo que o corpo utilize a glicose de forma mais eficiente. No entanto, é importante conversar com um médico antes de iniciar um novo programa de exercícios, especialmente se a pessoa estiver com níveis elevados de glicose no sangue.
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Monitoramento frequente da glicose no sangue
É importante monitorar regularmente os níveis de glicose no sangue para garantir que eles estejam dentro da faixa normal. Isso pode ajudar a identificar rapidamente qualquer aumento nos níveis de glicose e permitir ajustes no tratamento, se necessário.
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Busca por assistência médica
Se os níveis de glicose no sangue permanecerem persistentemente elevados apesar das medidas acima, ou se a pessoa estiver experimentando sintomas graves como confusão, vômitos ou dificuldade para respirar, é importante buscar assistência médica imediatamente. Em casos graves, pode ser necessário tratamento hospitalar para controlar os níveis de glicose e evitar complicações.
É importante lembrar que o controle do diabetes descompensado requer uma abordagem abrangente e individualizada, e as estratégias de tratamento podem variar de pessoa para pessoa. Portanto, é fundamental seguir as orientações e recomendações do médico para garantir um gerenciamento eficaz do diabetes e prevenir complicações relacionadas.
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É possível evitar o diabetes?
Embora o diabetes seja uma condição complexa e multifatorial, existem certas medidas que podem ajudar a reduzir o risco de desenvolvê-lo. No entanto, é importante destacar que o diabetes tipo 1 não pode ser evitado, pois é causado por fatores genéticos e autoimunes, que estão fora do controle da pessoa.
No entanto, o diabetes tipo 2, que é a forma mais comum da doença, está frequentemente associado a fatores de estilo de vida e pode ser prevenido ou retardado em muitos casos.
Aqui estão algumas estratégias que podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2:
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Manter um peso saudável
A obesidade é um dos principais fatores de risco para o diabetes tipo 2. Manter um peso saudável através de uma dieta equilibrada e prática regular de atividade física pode ajudar a reduzir esse risco.
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Adotar uma dieta saudável
Uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis pode ajudar a controlar o peso e reduzir o risco de diabetes tipo 2. Evitar alimentos processados, ricos em açúcares e gorduras saturadas também é importante.
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Praticar atividade física regularmente
A atividade física regular pode ajudar a melhorar a sensibilidade à insulina e ajudar o corpo a utilizar a glicose de forma mais eficiente, reduzindo assim o risco de diabetes tipo 2. O objetivo é fazer pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica de intensidade moderada por semana, além de exercícios de fortalecimento muscular pelo menos duas vezes por semana.
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Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool
O tabagismo e o consumo excessivo de álcool estão associados a um aumento do risco de diabetes tipo 2. Parar de fumar e limitar o consumo de álcool podem ajudar a reduzir esse risco.
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Manter um estilo de vida saudável
Além de manter um peso saudável, adotar uma dieta balanceada e praticar atividade física regularmente, é importante também controlar outros fatores de risco, como pressão arterial elevada e níveis elevados de colesterol.
Embora essas estratégias possam reduzir significativamente o risco de desenvolver diabetes tipo 2, é importante lembrar que não existe uma garantia absoluta de prevenção.
Fatores como predisposição genética e histórico familiar também desempenham um papel importante no desenvolvimento da doença. Portanto, é essencial estar atento aos fatores de risco, adotar um estilo de vida saudável e realizar exames médicos regulares para monitorar a saúde e identificar precocemente quaisquer problemas.
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