Pólipo uterino: o que é, quais os riscos e como tratar

O pólipo uterino (ou pólipo endometrial) é um problema ginecológico comum, que pode afetar mulheres em diferentes fases da vida, especialmente na fase reprodutiva e próximo à menopausa. 

Embora, na maioria dos casos, seja algo benigno, merece atenção, pois pode causar grandes desconfortos para a mulher e até riscos à saúde.

O que é um pólipo uterino?

O pólipo uterino, também chamado de pólipo endometrial, é um crescimento anormal de tecido no interior do útero, mais especificamente na mucosa que reveste o órgão, chamada de endométrio.

O problema surge devido à multiplicação desordenada das células dessa mucosa, formando uma espécie de “carocinho” que fica preso à parede do útero por uma base mais larga ou um pequeno pedículo (como se fosse um cabinho).

Na maioria dos casos, o pólipo é benigno, mas ele pode causar incômodos e, se não tratado, pode trazer alguns riscos à saúde.

👉 Veja também – Câncer de endométrio: entenda o caso da Fátima Bernardes

O que um pólipo no útero pode causar?

Embora nem todas as mulheres com pólipo uterino apresentem sintomas, algumas podem apresentar:

✅ Sangramento uterino anormal, como sangramento fora do período menstrual ou após relações sexuais;

✅ Aumento do fluxo menstrual (menstruação mais intensa e prolongada);

✅ Sangramento na menopausa, que é sempre sinal de alerta;

Problemas de fertilidade, especialmente se o pólipo estiver localizado em uma posição que atrapalhe a implantação do embrião;

✅ Cólicas ou desconforto pélvico leve, em alguns casos.

O pólipo uterino pode virar câncer?

Na maioria dos casos, o pólipo uterino é benigno e não se transforma em câncer. No entanto, especialmente em mulheres na menopausa ou com outros fatores de risco, existe uma pequena possibilidade de que ele apresente alterações pré-cancerígenas ou, mais raramente, já contenha células malignas.

Por isso, é fundamental o acompanhamento ginecológico e, quando indicado, a retirada e análise do pólipo (exame anatomopatológico) para afastar qualquer risco.

O que acontece se não retirar o pólipo uterino?

Se não tratados, pólipos uterinos podem causar:

✅ Sangramentos persistentes, que podem levar a anemia;

✅ Desconforto constante e piora na qualidade de vida;

✅ Dificuldade para engravidar, especialmente quando associado a outros fatores;

✅ Aumento de tamanho, podendo causar mais sintomas;

✅ Pequeno risco de evolução para lesões pré-malignas, especialmente na menopausa.

Como eliminar pólipos no útero?

Na maioria das vezes, o pólipo uterino não desaparece sozinho. O tratamento padrão é a retirada cirúrgica, geralmente realizada por um procedimento chamado histeroscopia cirúrgica.

Em alguns casos específicos, se o pólipo for muito pequeno e assintomático, o(a) ginecologista pode optar apenas por observar com acompanhamento regular. Porém, essa não costuma ser a conduta mais comum.

Como é feita a retirada de pólipos no útero?

O procedimento mais utilizado é a histeroscopia cirúrgica, que tem as seguintes características:

✅ É minimamente invasiva (não exige cortes externos);

✅ Feita com um aparelho chamado histeroscópio, que é inserido pela vagina até o interior do útero;

✅ Permite visualizar diretamente o pólipo e removê-lo com precisão;

✅ Geralmente, é realizado com sedação leve ou anestesia, de forma ambulatorial (não exige internação na maioria dos casos);

✅ A recuperação costuma ser rápida, com retorno às atividades em poucos dias;

✅ O pólipo retirado é enviado para biópsia, para confirmar sua natureza benigna.

A retirada de pólipo dói?

O procedimento é feito sob sedação ou anestesia, então não há dor durante a retirada. No pós-operatório, algumas mulheres podem relatar leve desconforto, cólica leve ou pequeno sangramento vaginal por alguns dias, que considerados sintomas normais e passageiros.

Como prevenir pólipos uterinos?

Não há uma forma específica de prevenir totalmente o surgimento dos pólipos, mas é possível reduzir riscos com:

Acompanhamento ginecológico regular, especialmente se há histórico de pólipos ou sangramento anormal;

✅ Controle de fatores hormonais, já que desequilíbrios de estrogênio estão associados ao desenvolvimento de pólipos;

✅ Manter um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada e controle do peso corporal.

A importância do(a) ginecologista no acompanhamento dos pólipos uterinos

Ginecologistas são responsáveis por todo o processo de:

✅ Diagnosticar pólipos, geralmente por meio de ultrassom transvaginal, histerossonografia ou histeroscopia diagnóstica;

✅ Avaliar a necessidade de remoção, considerando tamanho, sintomas, idade e histórico da paciente;

✅ Realizar o procedimento de retirada quando indicado;

✅ Monitorar a saúde do útero após o tratamento e orientar a paciente sobre prevenção e controle de recidivas.

O acompanhamento é fundamental, não apenas para tratar o pólipo, mas também para garantir a saúde do útero como um todo e prevenir possíveis complicações futuras.

Na Clínica CLAF, você encontra acompanhamento especializado, com profissionais que atuam com empatia, cuidado e segurança em cada etapa, do diagnóstico ao tratamento.

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HPV e câncer de colo do útero: qual é a relação, como prevenir e quando procurar ajuda?

O HPV (Papilomavírus humano) é um vírus extremamente comum e uma das principais causas do câncer do colo do útero, doença que ainda preocupa muitas mulheres no Brasil e no mundo. 

Descubra a seguir a relação entre o HPV e o câncer do colo do útero, como ocorre a transmissão, o tempo que pode levar para o HPV evoluir para câncer e, principalmente, como prevenir e tratar essa condição.

O que é o HPV e como ocorre a transmissão?

O HPV é uma família de vírus com mais de 150 tipos diferentes. Esses vírus podem afetar tanto mulheres quanto homens e são responsáveis por diversas condições, desde verrugas comuns até cânceres mais graves, especialmente o câncer do colo do útero.

A transmissão do HPV ocorre principalmente por meio do contato sexual, incluindo relações sexuais com ou sem penetração. 

É importante destacar que o contágio pode ocorrer através do contato direto com a pele ou mucosas infectadas, mesmo que não haja sintomas aparentes. Além disso, o vírus pode ser transmitido durante relações orais e anais, ampliando ainda mais a necessidade de prevenção e proteção em todos os tipos de contato sexual.

Quem transmite o HPV?

Tanto homens quanto mulheres podem transmitir e contrair o vírus HPV. Homens frequentemente são portadores assintomáticos, ou seja, não apresentam sinais visíveis da infecção, mas podem transmiti-la para suas parceiras. Por isso, é essencial que ambos estejam atentos à prevenção, realizem exames regulares e procurem atendimento médico em caso de dúvidas ou suspeita.

👉 Saiba mais – HPV: sintomas, tratamentos e como prevenir?

Qual a relação entre HPV e câncer do colo do útero?

Nem todo tipo de HPV provoca câncer. Porém, certos tipos, chamados de “alto risco”, têm maior probabilidade de causar alterações nas células do colo uterino que, com o tempo, podem evoluir para câncer.

O câncer de colo do útero ocorre quando o HPV persiste por muito tempo sem tratamento adequado, causando alterações contínuas nas células cervicais, inicialmente chamadas de lesões pré-cancerígenas (displasias cervicais).

Quanto tempo leva para o HPV virar câncer?

Como dito acima, nem toda lesão por HPV vai se tornar câncer e, mesmo naquelas que se tornam, esse tempo é variável. Geralmente, do momento da infecção pelo HPV até o desenvolvimento do câncer de colo do útero, podem se passar entre 10 e 20 anos. 

No entanto, em alguns casos, especialmente quando há fatores adicionais, como imunidade baixa, tabagismo ou coinfecção com outros vírus, esse período pode ser menor.

Por isso, é tão importante o exame preventivo anual, conhecido como Papanicolau, que detecta precocemente alterações celulares antes que evoluam para câncer.

👉 Saiba mais – Exames ginecológicos: quais são e para que servem?

Quais os principais sintomas do HPV e do câncer de colo do útero?

Na maioria das vezes, a infecção pelo HPV não causa sintomas iniciais claros. Porém, quando há progressão para alterações mais graves, podem surgir:

✅ Verrugas genitais;

✅ Pequenos caroços na região genital ou anal;

✅ Desconforto local ou coceira na região genital.

Já no caso do câncer de colo do útero, os sintomas mais comuns podem ser:

✅ Sangramento vaginal fora do período menstrual;

✅ Sangramento após relações sexuais;

✅ Dor durante relações sexuais;

✅ Corrimento vaginal com odor desagradável ou aspecto diferente;

✅ Dor pélvica constante;

✅ Em casos avançados, perda de peso e fadiga excessiva.

Como prevenir o HPV e o câncer de colo do útero?

A boa notícia é que tanto o HPV quanto o câncer do colo do útero podem ser prevenidos com medidas simples, que são:

1. Vacina contra HPV

Indicada para meninas e meninos entre 9 e 14 anos pelo SUS, também pode ser tomada por adultos de até 45 anos na rede particular. A vacina protege contra os tipos mais perigosos do HPV.

2. Exame preventivo (Papanicolau)

Esse exame permite detectar precocemente alterações causadas pelo HPV. Recomenda-se que toda mulher faça o preventivo anualmente, especialmente entre 25 e 64 anos.

3. Uso de preservativo

Embora não ofereça proteção total contra o HPV (porque a transmissão também ocorre pelo contato pele a pele), o preservativo diminui significativamente o risco.

A importância do exame de colposcopia na prevenção do câncer de colo de útero?

A colposcopia é um exame ginecológico que permite observar detalhadamente o colo do útero, identificando possíveis lesões causadas pelo HPV que possam evoluir para câncer.

Realizado com um aparelho especial chamado colposcópio, o exame amplia significativamente a imagem, ajudando o médico a detectar precocemente alterações suspeitas e realizar biópsias, caso necessário.

Dessa forma, a colposcopia complementa o exame preventivo (Papanicolau), permitindo uma avaliação mais precisa das células alteradas. Ao detectar e tratar precocemente essas alterações, é possível evitar que evoluam para o câncer do colo do útero, reforçando sua importância na estratégia de prevenção da doença.

👉 Saiba mais – Colposcopia: o que é, para que serve e quando fazer

Mitos e verdades sobre o HPV

Para ajudar você a entender melhor essa questão, listamos alguns mitos comuns:

“Quem tem HPV sempre desenvolve câncer”
A maioria das pessoas infectadas pelo HPV não desenvolve câncer; o vírus costuma ser eliminado pelo organismo espontaneamente.

✅ “Apenas mulheres precisam se preocupar com o HPV”
Homens também devem se prevenir e estar atentos ao HPV, pois são transmissores e também podem desenvolver cânceres associados ao vírus.

✅ “HPV é raro”.
É muito comum; estima-se que cerca de 80% da população sexualmente ativa terá contato com o vírus em algum momento da vida.

Prevenir é a forma mais eficaz de cuidar da sua saúde. Exames periódicos, vacina contra HPV e acompanhamento com ginecologista são passos essenciais para evitar o câncer de colo do útero.

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