Classificada como uma das “doenças silenciosas”, a trombose é uma condição potencialmente grave, que pode passar despercebida devido aos seus sinais não serem muito claros, em alguns casos.
No entanto, é algo que pode trazer riscos graves, inclusive à vida, o que torna essencial saber mais a respeito.
A seguir, você saber o que é a trombose, quais os seus riscos, causas, sintomas, formas de prevenção e tratamentos.
Confira!
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A trombose é uma condição médica caracterizada pela formação de coágulos sanguíneos que podem obstruir o fluxo normal do sangue. Esses coágulos – também conhecidos como trombos – podem se desenvolver nas veias, geralmente nas pernas, provocando a chamada trombose venosa profunda.
Se esses coágulos se soltam e viajam pela corrente sanguínea, podem chegar a outros órgãos – como pulmões, coração e cérebro – o que é uma emergência médica imediata, com risco à vida.
Quadro de embolia pulmonar
Os riscos associados à trombose são significativos, pois os coágulos podem bloquear vasos sanguíneos importantes, interferir no fornecimento de sangue para órgãos vitais e, em casos mais graves, resultar em complicações sérias, incluindo a morte.
Complicações comuns e riscos associados à trombose incluem:
✅ Embolia pulmonar: Quando um coágulo se desloca e atinge os pulmões, pode causar sérios problemas respiratórios, resultando em falta de ar e até mesmo insuficiência cardíaca.
✅ Síndrome pós-trombótica: Após uma trombose venosa profunda, alguns pacientes podem desenvolver essa síndrome, caracterizada por inchaço persistente, dor e alterações na pele da perna afetada.
✅ Danos aos órgãos: Se um coágulo atingir órgãos vitais, como cérebro, coração ou rins, pode resultar em danos permanentes ou até mesmo falência do órgão.
✅ Recorrência: Indivíduos que tiveram um episódio de trombose têm um risco aumentado de desenvolver novos coágulos no futuro.
Veja também: Quando devo ir ao angiologista?
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As causas da trombose são multifatoriais, envolvendo uma interação complexa entre fatores genéticos, condições médicas subjacentes e situações específicas.
Abaixo estão algumas das principais causas e fatores de risco associados à ocorrência da trombose:
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Ficar por longos períodos na mesma posição – como durante viagens longas ou hospitalização – pode diminuir o fluxo sanguíneo, aumentando o risco de coágulos.
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Intervenções cirúrgicas, especialmente nas pernas, pélvis ou abdômen, podem desencadear a formação de coágulos. Lesões graves também aumentam o risco.
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Algumas condições médicas, como câncer, doenças cardíacas, distúrbios sanguíneos e doenças inflamatórias, aumentam a probabilidade de trombose.
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Mulheres que usam pílulas anticoncepcionais ou terapia de reposição hormonal têm um risco ligeiramente elevado.
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Mudanças hormonais e pressão nas veias durante a gravidez podem aumentar o risco de trombose.
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Um dos fatores mais importantes é a tendência familiar. A predisposição genética pode aumentar (e muito) a propensão à trombose.
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O envelhecimento pode afetar a função vascular, aumentando a suscetibilidade à trombose.
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O excesso de peso pode sobrecarregar o sistema circulatório, tornando-o mais propenso à formação de coágulos.
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O hábito de fumar danifica as paredes dos vasos sanguíneos, aumentando o risco de trombose.
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Lesões graves, como fraturas ou trauma vascular, podem desencadear reações no sistema circulatório, que favorecem a formação de coágulos.
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Doenças autoimunes e inflamatórias – como lúpus e artrite reumatoide – também podem provocar um aumento no risco de trombose.
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Um dos principais fatores de risco para a trombose são as varizes. Essas veias dilatadas e tortuosas favorecem o acúmulo de sangue nas pernas e, com isso, a formação de coágulos e, consequentemente, da trombose.
É importante destacar que a combinação de vários fatores de risco pode aumentar significativamente a probabilidade de trombose. Pessoas com fatores de risco conhecidos devem estar cientes dos sintomas e discutir medidas preventivas com um especialista; de preferência um angiologista ou cirurgião vascular.
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O ideal é que pessoas com fatores de risco mantenham uma frequência regular de consultas e exames médicos para avaliar como está a saúde vascular, já que os sinais da trombose podem não ser muito claros, o que coloca essas pessoas em risco e permite que o quadro se agrave.
É fundamental estar atento a possíveis sinais que podem indicar a ocorrência de trombose. Embora esses sintomas possam variar, aqui estão alguns sinais comuns de serem observados:
✅ Inchaço e dor nas pernas: Preste atenção a inchaços repentinos em uma perna, acompanhado de dor ou sensação de peso.
✅ Mudanças na coloração da pele: Alterações na coloração da pele, como vermelhidão ou tonalidade azulada, podem indicar problemas circulatórios.
✅ Sensação de calor: Uma área afetada pela trombose pode apresentar calor excessivo, em comparação com as regiões circundantes.
✅ Dor ao caminhar: Desconforto ou dor ao caminhar, especialmente nas panturrilhas, pode ser também um sinal.
✅ Dificuldade para respirar: Sentir falta de ar repentinamente, especialmente acompanhada de dor no peito, pode indicar uma possível embolia pulmonar.
✅ Inchaço abdominal: No caso de trombose de veias abdominais, pode ocorrer inchaço abdominal e dor.
É importante ressaltar que esses sinais podem ser sutis ou facilmente atribuídos a outras condições. Portanto, a manutenção de uma rotina de consultas médicas regulares e exames de monitoramento é crucial.
Angiologistas e cirurgiões vasculares podem identificar precocemente potenciais problemas e recomendar medidas preventivas.
Se você suspeitar de trombose ou experimentar sintomas incomuns, não hesite em buscar ajuda médica imediatamente. A detecção precoce e o tratamento adequado são essenciais para evitar complicações graves.
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Apesar da principal razão para o desenvolvimento da trombose ser a genética – contra a qual não há muito o que se fazer – algumas medidas e cuidados no dia a dia podem reduzir (e muito) o risco de desenvolver trombose. Confira algumas sugestões:
✅ Movimentação regular: Evite períodos prolongados de imobilidade. Se estiver em uma viagem longa ou sentado por muito tempo, faça pausas para se movimentar.
✅ Exercícios: Mantenha uma rotina regular de exercícios, especialmente atividades que promovam a circulação sanguínea, como caminhadas e alongamentos.
✅ Hidratação: Mantenha-se hidratado, pois a desidratação pode aumentar o risco de trombose.
✅ Evite o tabagismo: Pare de fumar, pois o tabagismo danifica os vasos sanguíneos, tornando-os mais propensos à formação de coágulos.
✅ Controle do peso: Mantenha um peso saudável, pois o excesso de peso está associado a um maior risco de trombose.
✅ Roupas adequadas: Use roupas confortáveis, especialmente durante viagens, e evite roupas apertadas que possam interferir na circulação.
✅ Converse com seu médico: Se você tem fatores de risco conhecidos, discuta com seu médico sobre medidas preventivas, como o uso de medicamentos anticoagulantes.
Para as pessoas que já desenvolveram o problema, hoje existem inúmeras opções de tratamento, a depender do quadro e da gravidade do problema. Confira abaixo as principais opções:
✅ Anticoagulantes: Medicamentos anticoagulantes são frequentemente prescritos para prevenir a formação de novos coágulos e reduzir o crescimento dos existentes.
✅ Trombolíticos: Em casos mais graves, especialmente quando há risco de complicações sérias, podem ser administrados medicamentos trombolíticos para dissolver coágulos.
✅ Compressão elástica: O uso de meias de compressão – quando prescritas por médico especialista – pode melhorar a circulação sanguínea nas pernas.
✅ Elevação das pernas: Manter as pernas elevadas pode reduzir o inchaço e melhorar o fluxo sanguíneo.
✅ Filtros de veia cava: Em situações específicas, pode ser necessário implantar um filtro na veia cava inferior para prevenir a migração de coágulos para os pulmões.
✅ Cirurgia: Em casos graves ou recorrentes, a remoção cirúrgica do coágulo pode ser considerada.
É crucial destacar que o tratamento varia de acordo com a gravidade e a localização da trombose, sendo personalizado para cada paciente. A escolha da abordagem terapêutica é feita em conjunto com o profissional de saúde, considerando o histórico médico e as condições específicas do indivíduo.
O acompanhamento médico regular é essencial para garantir o monitoramento adequado e ajustes no tratamento, se necessário.
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