Cuidados com a alimentação na gravidez

Não é exagero quando se diz que o bebê vai consumir tudo que a mãe consome. Isso porque, por meio da placenta, o feto recebe sua carga diária de nutrição diretamente da corrente sanguínea materna. Uma boa alimentação na gravidez, portanto, além de ser responsável por nutrir o feto de forma saudável, pode ajudar a prevenir diversas malformações no feto, a diabetes gestacional, e reduzir as possibilidades de complicações na hora do parto. 

Para te ajudar a montar o seu cardápio nessa nova fase, acompanhe o artigo e, para qualquer ajuste em sua dieta, consulte seu obstetra durante toda a gestação. 

Ácido fólico é seu aliado 

O ácido fólico é uma vitamina hidrossolúvel do complexo B e um dos aliados mais importantes na alimentação gestante, uma vez que este auxilia na  formação do sistema nervoso do feto e previne cerca de até 60% dos riscos de malformação neurológica,  como a anencefalia. 

Ele pode ser encontrado em vegetais de folhas verdes como espinafre e brócolis, cogumelos, tomates e em frutas cítricas, como a laranja. O ácido fólico é tão importante, que às vezes pode até mesmo ser receitado em fórmula de pílulas para complementar a alimentação na gravidez. 

Para saber se você necessita de uma prescrição para ácido fólico, esteja em dia com suas consultas de pré-natal. 

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Prefira alimentos cozidos e sempre bem lavados

Durante a gravidez é comum que a mulher experimente períodos de baixa imunidade; afinal trata-se de um período de grandes mudanças hormonais no corpo. Por isso, é extremamente importante se prevenir contra a ingestão de alimentos que ofereçam riscos de infecções intestinais. 

A carne crua, vegetais e frutas mal lavadas apresentam o risco de causar toxoplasmose, uma infecção causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. Embora a doença não apresente grande riscos a pessoas adultas, pode ser crítica se transmitida via placenta para o bebê. 

Frango e ovos crus, por sua vez, podem causar salmonella, um outro tipo de infecção — dessa vez bacteriana — que também pode resultar em danos para o bebê. Para isso, evite o consumo de alimentos que utilizam-se de ovos crus, tais como: maionese, creme holandês, gemada e mousses no geral. 

Aqui também devemos ressaltar que apesar do peixe cru o famoso e amado sushi — não ser classificado como um potencial transmissor de toxoplasmose, é recomendado que seu consumo seja suspenso ou muito moderado, uma vez que carnes cruas têm mais possibilidades de estarem infectadas com microorganismos patogênicos. O calor é capaz de matar a maioria desses microrganismos; por isso, dê preferência aos alimentos bem cozidos. 

Frutos do mar podem ser seus aliados

Além de serem ricos em proteínas, vitaminas, cálcio e fósforo, os peixes também são ricos em ômega-3, uma gordura extremamente benéfica à saúde, que irá auxiliar para que o feto apresente uma boa formação no sistema nervoso e no sistema óptico. A ômega-3 também é associada a menor incidência de asma nos bebês, segundo estudos. 

No entanto, fique atenta! Peixes como peixe-espada, marlim e atum rabilho — que são considerados peixes do topo da cadeia alimentar — devem ser evitados devido a quantidade de mercúrio que pode ficar depositada no tecido adiposo desses animais. O mercúrio pode apresentar problemas na formação e desenvolvimento do feto! É mais seguro apostar em peixes gordos, tais como o atum, a sardinha, a truta e o salmão para uma boa alimentação na gravidez. 

Menos café (e cafeínas, em geral)

O café apresenta coeficientes muito altos de cafeína e, apesar de ser muito querido na alimentação de muitas mulheres ao redor do mundo, pode não ser muito adequado para o período gestacional. Isso porque a cafeína é uma substância psicoestimulante, reconhecidas por aumentar o estado de atenção e vigília. Além disso, ela também dificulta a atuação de adenosina no organismo — responsável por combater o stress. 

Daí já dá para perceber que não é o mais indicado em momentos de grande ansiedade e alterações de humor comuns à gestação. 

Um estudo também constatou que as mulheres grávidas que consomem altos níveis de cafeína durante o período da gravidez apresentam uma maior tendência a anormalidades cromossômicas, aborto, partos prematuros, malformações congênitas e crescimento reduzido do feto.

É importante lembrar que a cafeína não está presente só no café: ela também pode ser encontrada no chá verde, refrigerantes, energéticos e até nos chocolates. Avalie o consumo desses alimentos com seu obstetra a fim de decidir em qual medida eles devem ser consumidos ou se devem ser suspensos por um certo tempo. 

Lembre-se: cuidar de cada detalhe da sua alimentação na gravidez fará muita diferença para o desenvolvimento saudável do seu bebê.

Evite frituras e açúcares 

Monitorar o consumo de gorduras e carboidratos simples (como o açúcar e o pão branco, além de massas, em geral), é algo que devemos fazer sempre para mantermos uma boa saúde, especialmente na gestação. 

A chamada diabetes gestacional é um tipo de diabetes que não costuma apresentar sintomas para a mulher, mas que pode ocasionar aumento do peso excessivo do feto, hipoglicemia neonatal e até mesmo diabetes e obesidade na vida adulta para o bebê em desenvolvimento. Isso acontece porque, durante um quadro de diabetes, a quantidade de glicose no sangue fica desregulada e entrará em contato com o feto pela placenta, afetando também sua saúde. 

As frituras e açúcares também podem contribuir para quadros de hipertensão e obesidade para as mamães, podendo resultar em gestações e partos mais difíceis, também com maior propensão ao desenvolvimento de diabetes gestacional. 

Mas, calma! Isso não quer dizer que você precisa cortar frituras e açúcares completamente da sua dieta. Converse com o seu obstetra para definir a quantidade e periodicidade aceitáveis para preservar a sua saúde e a do bebê. 

Uma boa alternativa para aquela vontade de doce é substituir algumas das guloseimas por frutas ou chocolates acima de 70% cacau.

A sua alimentação na gravidez precisa ser balanceada

Não tem como fugir: para ter uma dieta saudável, é necessário equilibrar bem os alimentos, sem se privar de nenhuma classe: proteínas, carboidratos, gorduras e açúcares “do bem”. Escolha alimentos naturais, sempre que possível! 

A gravidez não é o momento indicado para fazer nenhum tipo de dieta muito restritiva. Mantenha em mente que o seu bebê vai consumir tudo que você consumir e que ele precisa de diversas vitaminas e nutrientes para se desenvolver bem e saudável. 

Mas, cuidado com o excesso! Não vale “comer por dois”, ok? Esse é um ditado popular muito comum que leva as mulheres a acharem que a gestação é um salvo conduto para comer tudo em grandes quantidades. Isso é um mito! Deve-se comer o necessário para até o ponto de saciedade, sem exageros! 

É essencial que sua alimentação na gravidez apresente cálcio (presente em leites e queijos), ferro (presente em carnes, beterraba, agrião), vitamina C (presente em frutas cítricas), vitamina D ( presente em frutos do mar, frutas e na exposição a luz solar), magnésio (presente em carnes e proteínas no geral) e zinco ( presente em alimentos de origem animal). 

Atente-se para o fato de que cada gestação vai funcionar de maneira diferente e que o obstetra, a partir de exames e do acompanhamento periódico, é o melhor profissional para te auxiliar em quais nutrientes e vitaminas você precisará focar e até mesmo para te prescrever esses nutrientes em forma de cápsulas de complementação alimentar. 

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