Quem tem endometriose pode engravidar?

A endometriose é uma condição que afeta milhões de mulheres em todo o mundo, causando sintomas como dor pélvica intensa e irregularidades menstruais. Uma das principais preocupações para aquelas diagnosticadas com essa condição é a possibilidade de não conseguir engravidar. 

A relação entre endometriose e gravidez é complexa, pois a doença pode impactar a fertilidade de diferentes maneiras. No entanto, muitas mulheres com endometriose conseguem engravidar e ter uma gestação saudável. Sabemos que cerca de 40 por cento das mulheres com endometriose podem ter dificuldade para engravidar . 

Neste artigo, exploraremos como a endometriose afeta a fertilidade e as opções de tratamento disponíveis. Continue lendo!

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O que é endometriose?

A endometriose é uma condição ginecológica comum, que afeta milhões de mulheres em idade reprodutiva em todo o mundo. Ela ocorre quando o tecido semelhante ao revestimento do útero, chamado endométrio, cresce fora da cavidade uterina. Esse tecido pode se desenvolver em outras áreas da pelve, como nos ovários, trompas de Falópio e na superfície externa do útero, bem como em outras partes do corpo.

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Sintomas da endometriose

Os sintomas da endometriose podem variar bastante de uma mulher para outra. Os mais comuns incluem:

✅ Dor pélvica – Muitas mulheres com endometriose experimentam dor pélvica crônica, que pode ser particularmente intensa durante o período menstrual.

✅ Menstruações dolorosas (dismenorreia) – A dor menstrual costuma ser mais intensa do que o normal e pode piorar ao longo do tempo.

✅ Dor durante as relações sexuais – A dor durante ou após a relação sexual é comum em mulheres com endometriose.

✅ Problemas intestinais ou urinários – Algumas mulheres podem ter dor ao evacuar ou urinar, especialmente durante a menstruação.

✅ Fadiga e cansaço – A endometriose também pode causar fadiga, além de outros sintomas como náuseas e inchaço.

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A relação entre a endometriose e a gravidez

A endometriose é uma condição que pode impactar significativamente a fertilidade feminina, tornando o processo de engravidar mais desafiador para muitas mulheres. Embora nem todas as mulheres com endometriose enfrentem dificuldades para engravidar, a doença pode afetar a fertilidade de várias maneiras, dependendo da gravidade e localização do tecido endometrial.

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Alterações no útero e trompas de Falópio

A endometriose pode causar alterações estruturais no sistema reprodutivo. O crescimento de tecido endometrial nas trompas de Falópio pode obstruí-las, impedindo que o óvulo e o espermatozoide se encontrem. Além disso, a presença de aderências e cicatrizes pode distorcer a anatomia pélvica, dificultando a concepção.

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Inflamação e resposta imunológica

A endometriose pode causar inflamação crônica na pelve, o que pode afetar a qualidade dos óvulos e a função das trompas de Falópio. A inflamação também pode alterar o ambiente uterino, tornando-o menos receptivo à implantação do embrião. Além disso, a resposta imunológica alterada pode atacar o tecido endometrial, afetando a fertilidade.

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Impacto nos ovários

Em alguns casos, a endometriose forma cistos nos ovários, conhecidos como endometriomas. Esses cistos podem prejudicar a quantidade e a qualidade dos óvulos, reduzindo as chances de fertilização bem-sucedida.

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Fatores hormonais

A endometriose pode causar desequilíbrios hormonais que afetam o ciclo menstrual e a ovulação, tornando mais difícil prever os períodos férteis. Esses desequilíbrios podem dificultar a concepção natural.

Apesar dessas dificuldades, muitas mulheres com endometriose conseguem engravidar. O tratamento adequado e o acompanhamento médico são fundamentais para aumentar as chances de uma gravidez bem-sucedida. Em alguns casos, tratamentos de fertilidade, como a fertilização in vitro, podem ser recomendados para ajudar mulheres com endometriose a engravidar.

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Tratamentos para endometriose e seus efeitos na gravidez

O tratamento da endometriose é essencial não apenas para aliviar os sintomas, mas também para melhorar as chances de gravidez. Existem várias abordagens terapêuticas, e a escolha do tratamento depende da gravidade da doença, dos sintomas e do desejo de engravidar.

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Terapia hormonal

O tratamento hormonal é frequentemente usado para controlar os sintomas da endometriose. Ele pode incluir o uso de pílulas anticoncepcionais, progestágenos, agonistas do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) e DIU hormonal. Esses tratamentos ajudam a reduzir a dor e a inflamação, mas geralmente não são indicados para mulheres que estão tentando engravidar, pois suprimem a ovulação.

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Analgésicos

Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides podem ser usados para aliviar a dor associada à endometriose. Embora esses medicamentos não tratem a doença em si, eles ajudam a melhorar a qualidade de vida.

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Laparoscopia

A cirurgia laparoscópica é uma opção para remover ou destruir o tecido endometrial fora do útero. Este procedimento pode aliviar a dor e melhorar as chances de gravidez, especialmente em casos de endometriose moderada a grave. A laparoscopia é frequentemente recomendada para mulheres que não respondem ao tratamento hormonal ou que desejam preservar ou restaurar a fertilidade . Através da laparoscopia podem ser desfeitas as aderências , e a retirada de cistos endometrióticos . No caso de endometriose intestinal ou na bexiga , o segmento infiltrado pela endometriose pode ser removido . 

O tratamento adequado da endometriose pode aumentar bastante as chances de gravidez. Após a cirurgia, muitas mulheres experimentam uma melhora na fertilidade, especialmente nos primeiros 6 a 12 meses. No entanto, a endometriose pode retornar, por isso o acompanhamento médico é crucial.

Para aquelas que continuam a ter dificuldades para engravidar após o tratamento, técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro, podem ser consideradas, o que pode contornar alguns dos obstáculos físicos causados pela endometriose, aumentando as chances de uma gravidez bem-sucedida.

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Varizes na gestação: causas e como prevenir!

Varizes na gestação é uma condição muito comum, além das preocupações estéticas e dos incômodos – como dores, queimação e “peso” nas pernas – isso também costuma gerar, nas mulheres, o receio de que possa trazer riscos maiores, tanto para ela quanto para o bebê.

A seguir, vamos te mostrar tudo o que você precisa saber sobre varizes na gestação: por que surgem, quais os riscos, como prevenir e tratar.

Acompanhe!

Varizes na gestação: por que acontece?

Varizes na gestação: por que acontece?

Durante a gestação, o corpo da mulher passa por diversas mudanças significativas, que aumentam a probabilidade de desenvolver varizes. Essas mudanças incluem aspectos hormonais, circulatórios e físicos. Vamos explorar esses aspectos com mais profundidade:

Aumento do volume sanguíneo

Ao longo da gravidez, o volume de sangue no corpo da mulher pode aumentar em até 50%. Esse aumento é crucial para suportar as necessidades metabólicas do feto em crescimento e para preparar o corpo para o parto, que pode envolver perda de sangue.

No entanto, esse maior volume de sangue eleva a pressão dentro das veias. As veias das pernas, em particular, precisam trabalhar contra a gravidade para retornar o sangue ao coração, o que pode ser dificultado pelo volume adicional, facilitando a dilatação das veias e a formação de varizes.

Alterações hormonais

A gravidez provoca alterações significativas nos níveis hormonais, incluindo um aumento na progesterona. Esse hormônio é conhecido por relaxar os músculos lisos do corpo, incluindo as paredes das veias. Quando as paredes das veias relaxam, elas podem se expandir mais facilmente sob pressão. 

Isso não apenas aumenta o diâmetro das veias, mas também pode enfraquecer as válvulas venosas, comprometendo sua capacidade de prevenir o refluxo do sangue. Quando essas válvulas falham, o sangue pode acumular-se nas veias, causando inchaço e a característica aparência azulada e torcida das varizes.

Pressão no abdômen

À medida que o útero se expande para acomodar o crescimento do bebê, ele exerce uma pressão crescente sobre as veias da região pélvica, especialmente a veia cava inferior. Essa pressão adicional pode dificultar o retorno venoso das extremidades inferiores. 

A compressão da veia cava inferior pelo útero agrava ainda mais o problema, pois reduz a eficiência com que o sangue é bombeado de volta ao coração, contribuindo ainda mais para a pressão venosa nas pernas.

Mudanças posturais e no fluxo sanguíneo

À medida que a gravidez avança, a postura e o equilíbrio da mulher se alteram, o que pode influenciar o fluxo sanguíneo venoso. 

Além disso, a gravidez pode resultar em alterações no fluxo sanguíneo projetadas para maximizar o suprimento de sangue ao útero e ao feto, mas essas alterações podem reduzir a eficiência do retorno venoso das pernas.

Esses fatores, interligados, explicam por que as mulheres grávidas têm uma chance significativamente maior de desenvolver varizes. A combinação de maior pressão venosa, paredes de veias enfraquecidas, válvulas venosas comprometidas e pressão abdominal crescente contribui diretamente para essa condição comum durante a gravidez.

Veja também: Quando devo ir ao angiologista?

Quais os riscos da varizes na gestação?

Quais os riscos da varizes na gestação?

O desenvolvimento de varizes durante a gravidez não é apenas uma questão estética; ele também pode acarretar diversos riscos e complicações para a saúde. Aqui estão alguns dos principais riscos associados às varizes em gestantes:

✅ Dor e desconforto: Varizes frequentemente causam dor, peso e desconforto nas pernas. Essas sensações podem ser agravadas pelo prolongado período em pé ou sentada, o que é comum em muitas rotinas diárias.

✅ Inchaço: Além da dor, as varizes podem levar a um inchaço significativo nas pernas. Isso ocorre devido ao acúmulo de sangue nas veias dilatadas, o que pode piorar ao longo do dia, especialmente em períodos de calor ou após longos períodos de inatividade.

✅ Alterações na pele: As varizes podem causar alterações na pele ao redor das veias afetadas, incluindo pigmentação, eczema venoso (uma forma de dermatite), e endurecimento da pele. Estas mudanças são decorrentes da má circulação e do acúmulo de pressão nos vasos sanguíneos.

✅ Tromboflebite superficial: Esta é uma condição inflamatória que pode ocorrer quando um coágulo de sangue se forma em uma veia próxima à superfície da pele. Embora geralmente não seja tão grave quanto os coágulos sanguíneos em veias mais profundas, a tromboflebite superficial pode causar dor localizada e vermelhidão.

✅ Varizes hemorrágicas: Em casos raros, as varizes podem se romper, levando a sangramento. Isso pode acontecer devido ao afinamento da pele sobre as veias extremamente dilatadas. O sangramento pode ser difícil de controlar devido à localização e à pressão nas veias.

Trombose venosa profunda (TVP): Embora seja menos comum, a gravidez aumenta o risco de TVP, uma condição séria onde um coágulo de sangue se forma em uma veia profunda, geralmente nas pernas. As varizes não causam diretamente TVP, mas a estase venosa (lentidão do fluxo de sangue nas veias) associada às varizes pode contribuir para seu desenvolvimento.

Estes riscos destacam a importância de monitorar e gerenciar as varizes durante a gravidez, mesmo que elas muitas vezes sejam vistas como um problema menor. Cada um desses riscos pode impactar significativamente a qualidade de vida e requer atenção para garantir tanto a saúde da mãe quanto a do bebê durante a gestação.

É possível prevenir a varizes na gestação?

É possível prevenir a varizes na gestação?

Prevenir ou minimizar o surgimento e a intensidade das varizes durante a gravidez envolve uma combinação de medidas comportamentais e de estilo de vida. Embora nem sempre seja possível prevenir completamente as varizes, devido aos fatores hormonais e circulatórios inerentes à gravidez, aqui estão algumas estratégias eficazes:

Exercício regular

Atividades como caminhada ou natação melhoram a circulação sanguínea nas pernas e ajudam a bombear o sangue de volta ao coração. Os exercícios também fortalecem os músculos das pernas, que atuam como uma bomba natural para as veias.

Manter um peso saudável

O ganho de peso excessivo durante a gravidez coloca pressão adicional sobre as veias. Manter um peso saudável através de uma alimentação balanceada e exercícios pode reduzir esse risco.

Posições estáticas

Mudar de posição frequentemente pode ajudar a evitar a estase sanguínea nas pernas. Se precisar ficar sentada por longos períodos, tentar esticar e mover as pernas regularmente ou usar um banquinho para elevar ligeiramente os pés.

Elevar as pernas

Sempre que possível, elevar as pernas acima do nível do coração ajuda a facilitar o retorno venoso. Fazer isso por alguns minutos várias vezes ao dia pode ser muito benéfico.

Uso de meias de compressão

Meias de compressão são especialmente projetadas para exercer uma pressão suave sobre as pernas, promovendo uma melhor circulação sanguínea e prevenindo o acúmulo de sangue. Estas são frequentemente recomendadas para gestantes e podem ser adquiridas sob orientação médica.

Cuidado com a postura ao sentar

Evitar cruzar as pernas ao sentar, pois isso pode restringir o fluxo sanguíneo.

Hidratação adequada

Beber bastante água ajuda a manter a hidratação e a diluição do sangue, facilitando a circulação.

Dieta rica em fibras

Uma alimentação rica em fibras ajuda a evitar a constipação, o que é importante porque fazer força para evacuar pode aumentar a pressão nas veias das pernas.

Embora não garantam 100% que varizes não venham a surgir, essas medidas podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver varizes durante a gravidez ou aliviar os sintomas caso elas já existam.

Varizes na gestação: como tratar

Durante a gravidez, o tratamento de varizes deve ser abordado com cautela, considerando as limitações e riscos associados a algumas terapias. 

Alguns procedimentos podem envolver riscos ou substâncias que não são recomendados durante a gravidez, devido ao potencial impacto no desenvolvimento fetal ou na própria saúde da mãe. 

Além disso, é essencial que o tratamento durante a gravidez seja realizado por um(a) angiologista, sempre com o conhecimento do profissional que está acompanhando a gestação (ginecologista ou obstetra), para que sejam considerados os riscos e benefícios de cada opção de tratamento de acordo com o caso específico da paciente.

Dito isso, o uso de meias de compressão é, muitas vezes, a primeira linha de tratamento para varizes durante a gravidez. Elas ajudam a reduzir o inchaço, melhoram a circulação e podem aliviar a dor e o desconforto. É importante que sejam adequadamente ajustadas e recomendadas por um profissional de saúde.

Além disso, existem técnicas modernas e seguras hoje em dia para tratar varizes, que podem ser consideradas, como laser transdérmico (para vasinhos e varizes mais discretas), endolaser (para vasos mais grossos), além de escleroterapia com glicose ou espuma.

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Cuidar da saúde das mulheres durante toda a vida – inclusive nas gestações – é um dos propósitos da Clínica CLAF. Dispomos de profissionais experientes e atenciosos, que darão o tratamento que você precisa e espera.

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4 dificuldades comuns na amamentação e como contornar

Indiscutivelmente benéfica tanto para a mãe quanto para o bebê, a amamentação parece, à primeira vista, uma prática completamente inata a toda mulher, sem segredos. Porém, o que muita gente não sabe é que a maior parte das mães de primeira viagem experimenta dificuldades comuns na amamentação, especialmente nos primeiros meses. 

Para te ajudar nessa jornada, acompanhe algumas dicas para contornar as dificuldades mais comuns relatadas em consultório. 

1. Estou sentindo dor ao amamentar! O que pode ser? 

Pouco após o nascimento do bebê, é comum que a mulher experimente algum tipo de incômodo durante as primeiras amamentações, especialmente porque seus mamilos ficam mais sensíveis com a “descida” do leite para os ductos mamários. A tendência, porém, é que o corpo se acostume e se adapte à prática progressivamente. Caso isso não aconteça e você ainda esteja experimentando dor, outras razões devem ser consideradas. 

Uma das causas mais comuns de dor durante a amamentação está relacionada com o surgimento de rachaduras ou fissuras nas mamas. Essas pequenas lesões, além de tornarem doloroso o momento da amamentação, podem gerar complicações mais sérias, configurando canais de entrada perfeitos para entrada de bactérias e possibilitando quadros de infecção, como por exemplo, o quadro de mastite infecciosa, uma complicação da mastite lactacional. 

Na mastite lactacional, a mulher pode notar um endurecimento de uma das mamas, que fica com uma aparência avermelhada e dolorida. Essa condição atinge pelo menos 10% das mães nos primeiros três meses de amamentação e deve ser tratada o quanto antes para prevenir complicações. 

O “empedramento de leite” nas mamas, que acontece quando existe um excesso de leite estagnado nos ductos mamários também é uma das principais causas da mastite lactacional; além disso, pode causar dor e desconforto para a mulher.

Leia mais:

Amamentação e mastite: como contornar? 

Como contornar? 

Para prevenir tanto a formação de rachaduras e lesões quando a mastite, é necessário observar se a “pega”, isto é, a maneira como o bebê envolve o mamilo com a boca para se alimentar, está correta ou não. Na pega correta, o bebê terá a boca bem aberta, com os lábios virados para fora, abocanhando toda a auréola do seio. O nariz não deve encostar no peito, apenas o queixo! 

Tomar cuidado com a posição durante a amamentação também é importante! Amamentar deitada ou recostada, por exemplo, pode ajudar a diminuir a pressão nas mamas, prevenindo lesões e dores. Experimente diferentes posições! Um consultor de aleitamento, um pediatra ou ginecologista obstetra podem te ajudar a encontrar a melhor posição, bem como te ensinar a melhor maneira de se fazer uma pega apropriada. 

Para prevenir o empedramento de leite, uma das soluções mais simples é tomar cuidado para que os intervalos entre as mamadas não sejam muito longos. A utilização de compressas frias nos seios, bem como banhos de banheira com a submersão das mamas em água morna também podem ajudar a aliviar a dor. 

2. Não tenho leite o suficiente, o que fazer? 

A produção de pouco leite materno especialmente nos primeiros dias depois do nascimento do bebê é normal e acontece porque as alterações hormonais relacionadas com a produção do leite continuam acontecendo até por volta do quarto dia desde o início da amamentação. Depois desse intervalo, a tendência é que a produção de leite aumente, por isso, não se preocupe! 

Especialmente nos primeiros dias, o estômago do bebê ainda é muito pequeno, não necessitando de tanto leite. Além disso, as mamadas constantes garantem que ele terá a nutrição necessária. Você só deve se preocupar se o bebê experimentar uma diminuição de peso não esperada ou sinais de desidratação. Nesse caso, a ajuda de um profissional da saúde pode te orientar e tranquilizar sobre qual o melhor caminho a se tomar. 

Como contornar? 

Caso a produção de leite não aumente mesmo depois da primeira semana, isso pode ser um sinal de cansaço exacerbado ou problemas com a alimentação. Ter um bebê, especialmente se é o seu primeiro, pode ser muito estressante e isso também pode afetar o seu corpo, bem como a produção de leite. Por isso, cuide de você mesma e não dispense a ajuda de um profissional de saúde para te ajudar nessa tarefa. 

 3. Estou produzindo leite demais! O que fazer? 

Já discutimos como o empedramento de leite pode gerar dor e levar até mesmo ao desenvolvimento de mastite lactacional. Porém, outros problemas podem estar associados a produção exagerada de leite materno.

Durante os 2 primeiros meses, o corpo ainda está se acostumando com a “produção certa” de leite para o bebê, sendo que, depois desse intervalo, a quantidade de produção costuma se adequar à demanda do bebê. Porém, em alguns casos, a produção de leite pode ser muito além da necessária, configurando um quadro de hiperlactação. 

A hiperlactação (além de causar o empedramento de leite) pode fazer com que o leite em excesso saia em jatos, potencialmente levando o bebê a se assustar e engasgar, em certos casos.

Como contornar? 

O tratamento para casos de hiperlactação costuma ser simples e pode ser amenizado com uma rotina de amamentação frequente, de livre demanda, observando as posições de amamentação (priorizando a posição recostada, para que seu bebê consiga controlar melhor o fluxo de leite) e realizando extrações manuais de leite. 

Uma vez extraído, esse leite pode ser transferido para um recipiente e utilizado para a alimentação posterior do bebê. Porém, lembre-se que esse leite deve ser consumido em até 24 horas! 

4. Meu leite está vazando nas minhas roupas. E agora?

Especialmente nos primeiros meses, com o corpo ainda se acostumando com os estímulos de produção de leite é muito comum que o leite em excesso extravase pelas roupas, podendo gerar constrangimentos. 

Isso pode acontecer tanto devido à pressão dos sutiãs e roupas nas mamas, quanto pelo simples estímulo auditivo de um bebê chorando num supermercado. Esse processo é normal e, se não acompanhado de outros sintomas, não é razão para se preocupar. 

Como contornar? 

Tome cuidado para não usar sutiãs ou roupas apertadas, especialmente na área ao redor das mamas. Além disso, para te garantir mais segurança, você pode utilizar protetores de mama laváveis e descartáveis por dentro do sutiã. 

Caso a perda de leite seja considerável, você também pode utilizar coletores de leite que se adaptam ao lado interno do sutiã. Dessa forma, depois de preenchidos, esse leite por ser conservado na geladeira por até 24 horas e utilizado na alimentação do seu bebê. 

A chegada de um bebê é um acontecimento muito importante, cheio de felicidade! Porém, como qualquer nova ocorrência da vida, é normal que dúvidas apareçam! A melhor maneira para avaliar cada caso e responder todas as suas dúvidas é, sem dúvida, estar em dia com suas consultas! 

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Amamentação e mastite: como contornar

A amamentação é uma prática que gera inúmeros benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê. Além de promover uma maior aproximação e fortalecimento de laços afetivos, estudos já comprovam que ela também está associada a um bebê com um sistema imunológico mais saudável, com menor propensão a doenças e melhor desenvolvimento. 

A OMS e o Ministério da Saúde recomendam a amamentação como forma de alimentação exclusiva do bebê até 6 meses com complementação até os dois anos. Mas o que acontece quando esse processo de amamentação gera dor e desconforto? O nome dessa situação é mastite de amamentação ou mastite lactacional e é mais comum do que se imagina: estima-se que cerca de 10% das mães que amamentam irão passar por esse quadro de diagnóstico nos primeiros três meses de amamentação do bebê. 

Acompanhe o artigo para saber como contornar o quadro.

O que é a mastite e por que ela ocorre? 

A mastite lactacional é um quadro de inflamação da mama que vai resultar em mamas inchadas, vermelhas e endurecidas. Quando existe um excesso de leite nos ductos mamários por muito tempo (também conhecido por estase láctea), a pressão nas mamas pode aumentar, levando a um vazamento desse leite para os tecidos circundantes. A resposta do corpo diante desse vazamento é o quadro de inflamação que vai ser chamado de mastite lactacional. 

Denomina-se de mastite infecciosa, a complicação da mastite lactacional. Em seu primeiro estágio, a mastite não é infecciosa. Porém, a permanência do leite estagnado é um terreno altamente propício para a proliferação de bactérias e o desenvolvimento de infecções. O quadro infeccioso também pode acontecer caso a mulher apresente rachaduras ou lesões nos mamilos. 

Quais são os sintomas? 

Os sintomas iniciais da mastite lactacional incluem dor, inchaço e endurecimento das mamas. A ocorrência de mastite não costuma acometer as duas mamas, o que pode ajudar na identificação do caso pela própria mulher. 

Com o agravamento do quadro e a evolução para mastite infecciosa, a mulher poderá apresentar sintomas semelhantes aos do resfriado, como febre, calafrios e cansaço aliados aos sintomas iniciais. 

A mastite não é uma condição que corre o risco de passar despercebida. Por isso, ao identificar os sintomas, busque um auxílio médico imediatamente. 

O que causa a mastite? 

Os dois principais fatores associados à ocorrência da mastite são: o ingurgitamento e o esvaziamento incompleto da mama. O ingurgitamento da mama, também chamado de empedramento do leite, ocorre quando existe um excesso de leite nas glândulas mamárias e geralmente acomete as mães que passam longos períodos sem amamentar. 

Já o esvaziamento incompleto de mama acontece ainda com mais frequência porque é muito comum que não se cheque se a mama está esvaziada depois da amamentação. 

O aumento de pressão nas mamas que pode ser causado pelo uso de sutiãs apertados, um desmame rápido demais e um excesso natural de produção de leite que não é drenado adequadamente também estão associados à ocorrência da mastite. 

O estresse, a falta de alimentação adequada, o cansaço excessivo e doenças pré-existentes também são fatores de risco a serem considerados; bem como a presença de rachaduras ou fissuras nos mamilos, que podem favorecer a entrada de bactérias no organismo.

Como é feito o diagnóstico e tratamento? 

A mastite não precisa de exame para ser diagnosticada. Trata-se de uma condição comum e facilmente reconhecida pelo exame visual do profissional de saúde. 

Quanto mais cedo for diagnosticada, mais fácil é o tratamento e pode até mesmo a dispensar medicação. A primeira medida recomendada é o esvaziamento da mama por meio da ordenha manual ou com a utilização de uma bomba. Para as mulheres que não se sentirem confortáveis em realizar esse procedimento, é sempre válido consultar um obstetra ou ginecologista para auxiliá-la no melhor procedimento. Os bancos de leite também podem auxiliar nesse processo. 

Banhos de banheira de pelo menos 10 minutos com os seios submersos em água morna também podem auxiliar na dor e no processo de esvaziamento posterior da mama, ajudando a dilatar os ductos mamários. Analogamente, compressas frias também podem ajudar. Em alguns casos, o médico pode receitar um anti-inflamatório ou analgésico para ajudar com a dor e o incômodo. 

Caso esses sintomas não melhorem com os cuidados tomados num período entre 12 e 24 horas e/ou exista febre e outros sintomas, o diagnóstico passa a ser de quadro infeccioso e o tratamento ocorre por meio da prescrição de antibióticos, geralmente se estendendo de 10 a 14 dias. 

Caso você não experimente melhora depois de 48 horas após o início do tratamento com antibióticos, é recomendado que vá até o hospital imediatamente: pode se tratar de um caso de abcesso mamário, cujo o tratamento é feito por meio de drenagem cirúrgica. 

Devo deixar de amamentar o meu bebê? 

Não! Manter a amamentação durante um quadro de mastite pode ser doloroso, mas é recomendado mantê-la com o devido auxílio médico. A amamentação natural irá promover o esvaziamento necessário nas mamas para que o quadro se amenize. 

Uma preocupação grande das mães, além da dor, é o fato de estarem alimentando o bebê com “leite infectado com bactérias”. Porém, não se preocupe! Mesmo que as mamas apresentem um pouco de pus, que pode alterar um pouco o gosto do leite, todas as bactérias vão ser eliminadas pelo trato digestivo do bebê e não chegarão a lhe fazer mal. 

As proteínas e nutrientes do seu leite são essenciais para o seu bebê! Por isso, a recomendação é de que, se você puder continuar a amamentar, continue! 

Como evitar a mastite?

Considerando que a maior causa de mastite se dá pelo excesso de leite estagnado, a melhor maneira de preveni-la é promover uma amamentação mais constante, não definida por horários, também chamada de amamentação de livre demanda, que ocorre quando o bebê tem fome. Caso isso não seja possível, estabelecer uma rotina de drenagem das mamas é uma boa saída. 

Também é importante, depois de cada amamentação, certificar-se de que houve um esvaziamento total das mamas, por meio da palpação que pode ser ensinada a você por um médico. 

Outro fator muito importante, diz respeito à “pega correta” do bebê, que consiste na maneira como o bebê está posicionando a boca para mamar. Com essa pega correta, previne-se também o desenvolvimento de lesões e rachaduras nas mamas. Na pega correta, o bebê terá a boca bem aberta, com os lábios virados para fora, abocanhando toda a auréola do seio. O nariz não deve encostar no peito, apenas o queixo! 

Lembre-se que você não está sozinha em nenhum dos processos de cuidado com seu bebê! A CLAF está aqui para te ajudar! Caso você queira saber mais sobre pega correta, a palpação ou outras técnicas mencionadas neste artigo, porque não agendar uma consulta com nossos profissionais? Clique aqui e marque um encontro conosco! 

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Atividade física na gravidez: benefícios e contraindicações

Estudos afirmam que a atividade física na gravidez pode oferecer benefícios tanto para a gestante quanto para o bebê, caso seja feita dentro das recomendações do obstetra e respeitando os limites do corpo de cada mulher.

Fazer uma atividade física pode reduzir as chances de a grávida desenvolver diabetes gestacional e hipertensão e ainda auxiliar no controle de peso. Além disso, também ajuda na diminuição de dores no corpo, aumenta a disposição diária da gestante, auxilia a resistência no momento do parto e na recuperação depois dele. Para o bebê, também há diversos benefícios, como um melhor desenvolvimento e menor propensão a malformações. 

Com tudo isso em mente, preparamos para você um pequeno guia sobre as diferentes atividades físicas que você pode fazer durante a gravidez, divididas entre as três fases da gestação. 

Atividade física na gravidez: primeiro trimestre 

Nos primeiros três meses de gestação, a mulher necessita de mais cuidados por ser o período em que a placenta se consolidará e os principais órgãos do bebê serão formados. Por essa razão, algumas mulheres ficam receosas de praticar atividades físicas. 

Todavia, mediante a aprovação do obstetra, a atividade física pode ser parte da rotina e ajudar bastante a diminuir a sensação de inchaço e os enjoos, tão comuns nessa fase. Por meio da atividade física, a mulher também poderá fortalecer e tonificar pernas, braços e costas, preparando o corpo para os trimestres seguintes.

Especialmente se a gestante já tiver um histórico de prática de atividade física, as chances de poder continuar fazendo exercícios — sempre observando a intensidade, é claro, mantendo-os entre leves e moderados — são bem maiores. No caso de mulheres consideradas sedentárias (sem o costume de realizar atividades físicas com frequência), é ainda mais importante conversar com o obstetra antes de começar qualquer nova atividade

Portanto, os exercícios de primeiro trimestre mais recomendados são aqueles com baixo impacto, como os realizados na água (natação e hidroginástica), a ginástica localizada (observando sempre a intensidade correta) e a caminhada. O recomendado é que esses exercícios sejam feitos de 3 a 5 vezes na semana, com duração mínima de 30 minutos. 

Atividade física na gravidez: primeiro trimestre

O alongamento também pode ser uma boa pedida, possibilitando maior flexibilidade, tonificação muscular e melhora na disposição da mulher. Ele também ajuda na circulação sanguínea e a evitar lesões musculares na realização de outras atividades físicas. 

Atividade física na gravidez: segundo trimestre 

No segundo trimestre, a barriga já está um pouco maior, o que pode interferir na disposição tanto para as atividades cotidianas quanto para os exercícios, causando mais incômodo.

Nessa fase, pode-se recorrer a alguns exercícios aeróbicos, como pedalar em bicicletas ergométricas, dançar e correr (levemente). Essas atividades ajudarão a controlar o eventual e possível ganho de peso, prevenindo contra a diabetes gestacional e a hipertensão, que podem levar à pré-eclâmpsia — um quadro médico que pode trazer muitas complicações tanto para a gestante quanto para o bebê. 

O pilates também é uma boa pedida nessa etapa, pois trabalha o fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico, auxiliando a gestante a suportar o peso da barriga e facilitando o parto normal. Além disso, fortalece os músculos abdominais, potencialmente diminuindo as dores nas costas. 

Atividade física na gravidez: segundo trimestre

A musculação também pode ajudar no fortalecimento dos músculos, especialmente das costas, e na prevenção das dores que a mudança do ponto de equilíbrio no corpo da mulher pode causar, por conta da barriga mais avantajada. 

No que diz respeito à frequência, mantém-se a recomendação de se praticarem as atividades de 3 a 5 vezes na semana, por cerca de 30 minutos. 

Porém, deve-se sempre prestar atenção aos sinais do corpo: caso a gestante apresente muitas dores, enjoos acentuados, falta de ar ou sangramento vaginal, orienta-se a suspensão de todos os exercícios e a consulta ao obstetra. Tais sintomas podem ser um indicativo de que está forçando o seu corpo além do limite! 

Atividade física na gravidez: terceiro trimestre 

No terceiro trimestre, alguns cuidados vão voltar à tona, tanto pela proximidade do parto quanto pelo tamanho da barriga, que irá oferecer restrições para boa parte dos movimentos. Nessa etapa, a escolha mais segura é voltar a investir nos exercícios de baixo impacto e diminuir um pouco a frequência dos aeróbicos e cardiovasculares. 

Atividade física na gravidez: terceiro trimestre

A Yoga para gestantes pode ser uma ótima aliada nesse período, pois, além de auxiliar no equilíbrio, na flexibilidade e na tonificação dos músculos, é uma atividade que promove alívio para ansiedade e stress, muito comuns no terceiro trimestre. Trabalhando conjuntamente para tonificar o corpo e aliviar a mente, o Tai Chi Chuan, uma arte marcial chinesa leve, também pode ser considerado uma ótima alternativa. 

É importante lembrar que existe a possibilidade de se manter qualquer um dos exercícios citados durante toda a gravidez, mas a consulta com o obstetra é essencial para verificar se está tudo bem para prosseguir e realizar os devidos ajustes nas rotinas.

Contraindicações 

A prática de exercícios durante a gestação costuma não ser recomendada para mulheres que estejam em gravidez de risco, apresentem doença ortopédica, cardíaca ou pulmonar, pré-eclâmpsia, hipertensão ou hipotiroidismo (sem estarem em tratamento), e em caso de sangramento, que pode indicar outros problemas mais sérios, como colo uterino encurtado precocemente ou placenta prévia (descolamento). 

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Também devem ser completamente evitados exercícios de contato e com risco de trauma, como equitação, futebol, basquete, lutas e patinação. 

Como já citado, mulheres sedentárias também podem fazer atividades físicas durante a gravidez, se forem liberadas pelo obstetra. Mulheres que já eram ativas e atletas também precisam consultar o médico para adequar a rotina e a intensidade dos exercícios. 

Lembre-se de que estar em dia com suas consultas de pré-natal e visitas ao obstetra é essencial para garantir que sua rotina de exercícios seja a mais adequada para você. A palavra-chave é acompanhamento! 

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Cuidados com a alimentação na gravidez

Não é exagero quando se diz que o bebê vai consumir tudo que a mãe consome. Isso porque, por meio da placenta, o feto recebe sua carga diária de nutrição diretamente da corrente sanguínea materna. Uma boa alimentação na gravidez, portanto, além de ser responsável por nutrir o feto de forma saudável, pode ajudar a prevenir diversas malformações no feto, a diabetes gestacional, e reduzir as possibilidades de complicações na hora do parto. 

Para te ajudar a montar o seu cardápio nessa nova fase, acompanhe o artigo e, para qualquer ajuste em sua dieta, consulte seu obstetra durante toda a gestação. 

Ácido fólico é seu aliado 

O ácido fólico é uma vitamina hidrossolúvel do complexo B e um dos aliados mais importantes na alimentação gestante, uma vez que este auxilia na  formação do sistema nervoso do feto e previne cerca de até 60% dos riscos de malformação neurológica,  como a anencefalia. 

Ele pode ser encontrado em vegetais de folhas verdes como espinafre e brócolis, cogumelos, tomates e em frutas cítricas, como a laranja. O ácido fólico é tão importante, que às vezes pode até mesmo ser receitado em fórmula de pílulas para complementar a alimentação na gravidez. 

Para saber se você necessita de uma prescrição para ácido fólico, esteja em dia com suas consultas de pré-natal. 

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Prefira alimentos cozidos e sempre bem lavados

Durante a gravidez é comum que a mulher experimente períodos de baixa imunidade; afinal trata-se de um período de grandes mudanças hormonais no corpo. Por isso, é extremamente importante se prevenir contra a ingestão de alimentos que ofereçam riscos de infecções intestinais. 

A carne crua, vegetais e frutas mal lavadas apresentam o risco de causar toxoplasmose, uma infecção causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. Embora a doença não apresente grande riscos a pessoas adultas, pode ser crítica se transmitida via placenta para o bebê. 

Frango e ovos crus, por sua vez, podem causar salmonella, um outro tipo de infecção — dessa vez bacteriana — que também pode resultar em danos para o bebê. Para isso, evite o consumo de alimentos que utilizam-se de ovos crus, tais como: maionese, creme holandês, gemada e mousses no geral. 

Aqui também devemos ressaltar que apesar do peixe cru o famoso e amado sushi — não ser classificado como um potencial transmissor de toxoplasmose, é recomendado que seu consumo seja suspenso ou muito moderado, uma vez que carnes cruas têm mais possibilidades de estarem infectadas com microorganismos patogênicos. O calor é capaz de matar a maioria desses microrganismos; por isso, dê preferência aos alimentos bem cozidos. 

Frutos do mar podem ser seus aliados

Além de serem ricos em proteínas, vitaminas, cálcio e fósforo, os peixes também são ricos em ômega-3, uma gordura extremamente benéfica à saúde, que irá auxiliar para que o feto apresente uma boa formação no sistema nervoso e no sistema óptico. A ômega-3 também é associada a menor incidência de asma nos bebês, segundo estudos. 

No entanto, fique atenta! Peixes como peixe-espada, marlim e atum rabilho — que são considerados peixes do topo da cadeia alimentar — devem ser evitados devido a quantidade de mercúrio que pode ficar depositada no tecido adiposo desses animais. O mercúrio pode apresentar problemas na formação e desenvolvimento do feto! É mais seguro apostar em peixes gordos, tais como o atum, a sardinha, a truta e o salmão para uma boa alimentação na gravidez. 

Menos café (e cafeínas, em geral)

O café apresenta coeficientes muito altos de cafeína e, apesar de ser muito querido na alimentação de muitas mulheres ao redor do mundo, pode não ser muito adequado para o período gestacional. Isso porque a cafeína é uma substância psicoestimulante, reconhecidas por aumentar o estado de atenção e vigília. Além disso, ela também dificulta a atuação de adenosina no organismo — responsável por combater o stress. 

Daí já dá para perceber que não é o mais indicado em momentos de grande ansiedade e alterações de humor comuns à gestação. 

Um estudo também constatou que as mulheres grávidas que consomem altos níveis de cafeína durante o período da gravidez apresentam uma maior tendência a anormalidades cromossômicas, aborto, partos prematuros, malformações congênitas e crescimento reduzido do feto.

É importante lembrar que a cafeína não está presente só no café: ela também pode ser encontrada no chá verde, refrigerantes, energéticos e até nos chocolates. Avalie o consumo desses alimentos com seu obstetra a fim de decidir em qual medida eles devem ser consumidos ou se devem ser suspensos por um certo tempo. 

Lembre-se: cuidar de cada detalhe da sua alimentação na gravidez fará muita diferença para o desenvolvimento saudável do seu bebê.

Evite frituras e açúcares 

Monitorar o consumo de gorduras e carboidratos simples (como o açúcar e o pão branco, além de massas, em geral), é algo que devemos fazer sempre para mantermos uma boa saúde, especialmente na gestação. 

A chamada diabetes gestacional é um tipo de diabetes que não costuma apresentar sintomas para a mulher, mas que pode ocasionar aumento do peso excessivo do feto, hipoglicemia neonatal e até mesmo diabetes e obesidade na vida adulta para o bebê em desenvolvimento. Isso acontece porque, durante um quadro de diabetes, a quantidade de glicose no sangue fica desregulada e entrará em contato com o feto pela placenta, afetando também sua saúde. 

As frituras e açúcares também podem contribuir para quadros de hipertensão e obesidade para as mamães, podendo resultar em gestações e partos mais difíceis, também com maior propensão ao desenvolvimento de diabetes gestacional. 

Mas, calma! Isso não quer dizer que você precisa cortar frituras e açúcares completamente da sua dieta. Converse com o seu obstetra para definir a quantidade e periodicidade aceitáveis para preservar a sua saúde e a do bebê. 

Uma boa alternativa para aquela vontade de doce é substituir algumas das guloseimas por frutas ou chocolates acima de 70% cacau.

A sua alimentação na gravidez precisa ser balanceada

Não tem como fugir: para ter uma dieta saudável, é necessário equilibrar bem os alimentos, sem se privar de nenhuma classe: proteínas, carboidratos, gorduras e açúcares “do bem”. Escolha alimentos naturais, sempre que possível! 

A gravidez não é o momento indicado para fazer nenhum tipo de dieta muito restritiva. Mantenha em mente que o seu bebê vai consumir tudo que você consumir e que ele precisa de diversas vitaminas e nutrientes para se desenvolver bem e saudável. 

Mas, cuidado com o excesso! Não vale “comer por dois”, ok? Esse é um ditado popular muito comum que leva as mulheres a acharem que a gestação é um salvo conduto para comer tudo em grandes quantidades. Isso é um mito! Deve-se comer o necessário para até o ponto de saciedade, sem exageros! 

É essencial que sua alimentação na gravidez apresente cálcio (presente em leites e queijos), ferro (presente em carnes, beterraba, agrião), vitamina C (presente em frutas cítricas), vitamina D ( presente em frutos do mar, frutas e na exposição a luz solar), magnésio (presente em carnes e proteínas no geral) e zinco ( presente em alimentos de origem animal). 

Atente-se para o fato de que cada gestação vai funcionar de maneira diferente e que o obstetra, a partir de exames e do acompanhamento periódico, é o melhor profissional para te auxiliar em quais nutrientes e vitaminas você precisará focar e até mesmo para te prescrever esses nutrientes em forma de cápsulas de complementação alimentar. 

Aqui na CLAF nós temos obstetras prontos para atendê-la! Clique aqui para agendar uma consulta e coloque o seu pré-natal em dia. 

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Como seguir com o pré-natal durante o coronavírus? 

Gravidez e coronavírus: o que preciso saber? 

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Como seguir com o pré-natal durante o coronavírus?

A pandemia do novo coronavírus continua a ser motivo de inúmeras incertezas para toda sociedade. Para as gestantes, no entanto, a preocupação envolve a vida de um feto ainda em formação. Afinal, como seguir com o pré-natal durante o coronavírus? 

Com tanta informação circulando todos os dias, é difícil saber exatamente o que fazer. Mas uma coisa adiantamos: o acompanhamento da sua saúde e da saúde do seu bebê não pode parar. Saiba como seguir com os cuidados necessários.

Como o pré-natal deve ser mantido?

Para continuar normalmente com as suas consultas de pré-natal, antes de tudo, é preciso estabelecer um acordo com o obstetra responsável sobre a frequência e a possibilidade de teleatendimento durante a quarentena.

Mas, de acordo com cada tipo de gestação, é possível traçar as necessidades.

Gravidez de alto e baixo risco

No caso de uma gravidez de baixo risco, o acompanhamento individual e presencial pode ter intervalos maiores entre uma consulta e outra. E no caso de consultas com a finalidade de apresentar resultados de exames, a telemedicina será uma grande aliada. Assim, a circulação da paciente e a interação com o obstetra responsável se torna menor.

no caso de pacientes com uma gravidez de alto risco, que necessitam de um acompanhamento mais próximo, o ideal é combinar com o médico obstetra como as consultas serão realizadas.

Em todos os casos, é importante seguir algumas dicas básicas ao precisar se deslocar para as consultas, como:

  • Não levar acompanhantes que sejam do grupo de risco;
  • Utilizar máscaras em todo momento fora de casa;
  • Fazer a higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool em gel 70%.

Posso realizar os exames de pré-natal?

De acordo com o combinado entre a paciente e o obstetra, será possível conferir a necessidade de manter ou não certos exames durante a fase gestacional.

Alguns exames poderão ser postergados. Outros, no entanto, são necessários para diagnósticos mais precisos e/ou precisam ocorrer em fases específicas da gestação, como a Ultrassonografia Morfológica. Por isso, a conversa com o obstetra deve ser bem transparente para determinar tais questões.

Como planejar o parto?

Se você estava planejando dar à luz em um hospital ou uma clínica e está se questionando se essa é uma boa opção, converse com o seu obstetra. O profissional será capaz de te dar a melhor instrução, bem como recomendar medidas de precaução para um momento tão especial como esse.

Caso seja do seu interesse outras alternativas, como o parto em casa, por exemplo, é importante alinhar todas as expectativas. 

Em alguns hospitais, a presença de um acompanhante pode ser contraindicada, sendo necessário consultar exatamente como proceder nesses casos.

 Confira a seguir algumas recomendações:

  • Não descuide da alimentação e atente-se para não engordar além do previsto;
  • Dedique um horário para atividades leves, como um alongamento ou a prática de yoga;
  • Evite o excesso de informação para preservar a sua saúde mental;
  • Se você está trabalhando de casa, cuide-se e respeite o seu corpo. E, caso precise sair, não se esqueça da máscara e de realizar a higienização das mãos com rigor.

Converse com o seu obstetra para encontrar a maneira ideal de continuar o seu acompanhamento gestacional e para realizar ajustes necessários na sua rotina.

A Clínica da Família está aberta para ajudá-la a cuidar da sua saúde e da saúde do seu bebê neste momento delicado. Entre em contato conosco para marcar a sua consulta. 

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Gravidez e Coronavírus: o que preciso saber?

A gestação de um bebê é um período muito especial na vida de uma mulher e requer a devida atenção. Em um momento de muitas incertezas em torno do novo coronavírus, receios e perguntas surgem, especialmente no que se refere à gravidez.

Portanto, se você está grávida e apreensiva com a situação de pandemia global, confira este artigo para saber sobre os riscos, os cuidados e retirar suas principais dúvidas.

Qual o risco do coronavírus para grávidas?

Até o momento, não há evidências da gravidade que a doença do novo coronavírus apresenta em mulheres grávidas e seus bebês. Porém, sabe-se que durante a gravidez o sistema imunológico pode sofrer alterações e se tornar enfraquecido, ficando mais suscetível, assim, a infecções.

Além disso, especialistas alertam que mulheres no último mês de gravidez e as puérperas, aquelas que deram à luz recentemente, apresentam maiores riscos de complicações caso venham a ser infectadas pela Covid-19.

Esclareça as suas principais dúvidas

Sou do grupo de risco? Posso amamentar normalmente? Apresento riscos para o meu bebê? E o pré-natal, como fica? 

Os sintomas do coronavírus

Antes de mais nada, é importante conhecer os sintomas que o novo coronavírus pode provocar.

Em casos leves, os sintomas mais comuns são: febre, tosse seca e cansaço. E algumas pacientes também apresentam dor de garganta, coriza, obstrução nasal e diarreia.

Já em casos mais graves, há presença de sintomas como: falta de ar, febre persistente, dor no peito, dificuldade para respirar e aumento dos batimentos cardíacos, que podem ser indicativos de hospitalização.

Em caso de suspeita, entre em contato com o seu médico obstetra para uma orientação adequada.

Durante a gravidez

Saiba como você pode e deve agir durante a sua gestação para que possa desfrutar deste momento com tranquilidade e sem grandes preocupações.

  1. As mulheres grávidas e as que tiveram bebê  há menos de 45 dias foram colocadas recentemente no grupo de risco pelo Ministério da Saúde,  mas não existem ainda evidências de que as gestantes desenvolvam doenças mais graves. Há relatos de que as gestantes contaminadas desenvolveram doenças leves e moderadas;
  2. As medidas de proteção das gestantes devem ser: lave as mãos com água e sabão ou álcool em gel 70%, não compartilhe objetos pessoais, mantenha os ambientes ventilados e isolamento social;
  3. Outro ponto essencial para ficar tranquila é saber que, até o momento, não existe comprovação  de transmissão vertical, que é quando há transmissão do vírus da placenta para o feto; 
  4. Continue comparecendo às suas consultas de pré-natal, sendo que pacientes de baixo risco podem espaçar o intervalo entre as suas consultas. Mas, mais do que nunca, é imprescindível que você faça o acompanhamento com o seu obstetra para manter os exames em dia e garantir a sua saúde e do seu bebê;
  5. Não existem, ainda, indicações sobre a via de parto ideal nesta fase da pandemia, portanto, a via de parto e o momento do nascimento devem ser individualizados para cada gestante.

Após o parto

Se você já deu à luz e ainda assim está preocupada com os cuidados e se é possível amamentar o seu bebê, veja as dicas abaixo.

  1. A indicação é de que seja mantido o calendário de vacinas do bebê normalmente.
  2. O momento de amamentação deve seguir normalmente também, inclusive para as mães infectadas com a Covid-19. Não existem evidências da presença do vírus no leite materno, mas alguns cuidados são essenciais para garantir a saúde de ambos, mães e bebês.
  • Higienize as mãos por 30 segundos com água e sabão ou álcool em gel 70% antes e depois de tocar o bebê;
  • Use uma máscara cirúrgica durante a amamentação; e
  • Limpe todos os objetos que tenham sido usados.

E se você está infectada pelo novo coronavírus e não se sente confortável ou segura para amamentar o seu filho, é possível fazer a ordenha do leite e pedir que outra pessoa o ofereça ao bebê.

Depois de esclarecer todas as suas dúvidas, é hora de se atentar aos cuidados e fazer o acompanhamento de pré-natal para garantir a saúde do seu bebê e a sua.

Na Sua Clínica da Família, você encontra uma equipe de obstetras prontos para atender você da melhor forma possível! Entre em contato para marcar uma consulta. 

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Exames indicados para gestantes

Os exames para gestantes é extremamente importante para acompanhar o desenvolvimento do bebê. A gestação é um momento extremamente importante na vida de uma mulher e exige vários cuidados com a saúde além dos convencionais.

Sendo assim, separamos no artigo os principais exames para gestantes, iremos explicá-los melhor para as mamães de primeira viagem. Confira!

Principais exames para gestantes

Os exames na gestação tem o objetivo de acompanhar o desenvolvimento e saúde do bebê durante todo o período de gestação. Além disso, os exames auxiliam no diagnóstico de qualquer problema que pode incentivar uma gravidez de risco. Com isso, a mamãe pode ter um parto saudável e seguro. Veja quais são os exames:

1. Hemograma completo 

É  o exame utilizado para detectar anemia ou infecções. É realizado a fim de proporcionar maior garantia de saúde para a gestante e para o bebê ao longo da gravidez.

2. Grupo sanguíneo e fator Rh

São exames importantes quando a mãe tem Rh negativo, e o pai Rh positivo. Essa diferença que pode causar uma anemia importante no bebê, chamada eritroblastose fetal.

3. Urina e fezes

Os exames de urina e fezes, comumente pedidos pelos médicos, são essenciais para detectar diversas doenças. O de urina, por exemplo, pode apresentar uma série de infecções, que podem predispor a abortamentos ou trabalho de parto prematuro; enquanto o de fezes pode sinalizar problemas gastrointestinais que também podem causar problemas durante a gravidez.

4. Papanicolau

O Papanicolau é um exame importante na detecção de infecções. O exame é essencial, especialmente no primeiro trimestre de gravidez em que o órgão aumenta de tamanho rapidamente a fim de comportar o embrião.

5. Glicemia de jejum

Durante a gravidez, o corpo da mulher passa a produzir uma maior quantidade de insulina, aumentando o risco de desenvolvimento de uma diabetes. Diante disso, o exame de glicemia em jejum será fundamental para prevenir a diabetes gestacional.

6. Altura do útero

Como o nome já diz, o exame é feito para avaliar a altura do útero, assim como o crescimento do bebê e o desenvolvimento da mulher durante a gestação.

7. Ecocardiografia fetal

Este é um exame extremamente importante, pois pode detectar  malformações cardíacas no bebê, devendo ser realizado preferencialmente entre 24 e 28 semanas de gestação.. Dessa forma, é possível seguir a gravidez corretamente, de acordo com as necessidades apresentadas pela gestação.

8. Teste de fibronectina fetal

O exame está diretamente ligado à decisão da data de parto. Isso porque por meio dele é possível identificar o tempo de gravidez, evitando o parto prematuro. 

É Indicado nos casos de trabalho de parto prematuro, para se detectar a presença de fibronectina na secreção vaginal. Quando esta proteína está presente, o risco de parto prematuro é maior.

9. Perfil biofísico fetal

Sendo feito dentro do terceiro trimestre de gravidez, o exame tem o objetivo de avaliar as atividades do bebê ainda dentro da barriga da mãe. Desde os movimentos respiratórios e batimentos cardíacos até os movimentos voluntários. Dessa forma, é possível avaliar grande parte da saúde física. O exame geralmente é realizado a partir de 34 semanas de gestação, é indicado nos casos de gestação de alto risco para análise do bem estar fetal.

Avalia o líquido amniótico, os movimentos fetais, tônus fetal, e movimentos respiratórios do bebê, além de auxiliar no diagnóstico de sofrimento fetal. É importante ainda, no caso de pacientes que apresentaram abortamentos espontâneos precoces (menos de 10 semanas) partos prematuros  antes de 34 semanas devido à pré eclâmpsia, a pesquisa de Trombofilia — uma alteração no sangue materno que predispõe à formação de coágulos, causando problemas na placenta.

Nestes casos, o médico irá realizar a  pesquisa de alguns anticorpos específicos no sangue materno, para o diagnóstico e tratamento da doença.

10. Cardiotocografia

A cardiotocografia fetal consiste na avaliação dos batimentos cardíacos do bebê e na análise das contrações uterinas da mulher. Geralmente é realizado no final da gestação.

11. Pesquisa de estreptococos do grupo B na secreção vaginal

Esta bactéria, se não for tratada corretamente, pode ser transmitida da mãe para o feto com a ruptura da bolsa amniótica, ou durante o trabalho de parto, causando infecções no bebê. Dessa forma, é necessário realizar o exame a fim de ter o diagnóstico e fazer o tratamento.

12. Exame do DNA livre (NPIT)

Também conhecido como teste pré natal não invasivo, este exame analisa fragmentos do DNA fetal no sangue materno para detecção de anomalias cromossômicas como a Síndrome de Down. 

É realizado a partir da 10 semana de gestação, e indicado em casos de idade materna avançada, anormalidades encontradas no ultrassom, mulheres com história de gravidez prévia com anomalias cromossômicas.

13. Sexagem fetal

É um exame do sangue materno, que determina com precisão de 99% o sexo do bebê. Realizado a partir da oitava semana de gestação,  a partir da análise de fragmentos do DNA fetal no sangue materno.

Além dos já citados anteriormente, também podem ser recomendados os exames de hormônios tireoideanos, ultrassonografia para detectar o surgimento de anomalias cromossômicas, pesquisa de variantes de hemoglobina e sorologia para rubéola, citomegalovírus, toxoplasmose e HIV.

Outros cuidados importantes durante o período de gestação

Além dos exames, é importante que a gestante tenha vários outros cuidados durante a gravidez. Sendo alguns:

  • Alimente-se bem: no período de gravidez é importantíssimo que o corpo da gestante seja devidamente nutrido, assim o corpo do bebê também será.
  • Hidrate-se: beber água e utilizar hidratantes na pele também é essencial para a preservação da saúde da mulher.
  • Eleve as pernas enquanto estiver deitada: é importante para evitar edemas.
  • Não consuma  bebidas alcóolicas e não fume: orientações extremamente importantes para a preservação da saúde do feto. 

Todos os exames e cuidados citados neste artigo são essenciais para preservar a saúde da mulher e do bebê. Sendo assim, não deixe o seu pré-natal prejudicado e siga com todos os acompanhamentos necessários.

consulta com ginecologista

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Acompanhamento gestacional: tire suas dúvidas sobre o pré-natal

A rotina durante a gravidez pode ser intensa. Várias mudanças são inseridas no dia a dia da gestante, e torna-se necessário um acompanhamento gestacional regular. Mas além dos fatores como avaliações, exames, consultas e uma alimentação regrada, é importante que a mulher tenha um acompanhamento com um médico de sua confiança

Isso porque o ginecologista obstetra precisará analisar continuamente cada fator capaz de alterar a saúde do bebê e da mulher. Ele também precisará fazer as recomendações pessoais para cada tipo de situação, indicando a importância de consultar um só médico do início ao fim da gestação.

De acordo com o Ministério da Saúde, é recomendado que a gestante visite o médico pelo menos seis vezes até o parto. Entretanto, os ginecologistas obstetras aconselham consultas mais frequentes em cada mês de gestação.

Mas afinal, como acontece o acompanhamento gestacional?

Dúvidas frequentes sobre o acompanhamento gestacional

É natural surgirem muitas dúvidas durante a gravidez. Então, aqui vai uma série de respostas que podem sanar alguns questionamentos. 

  • Qual a importância do pré-natal?

O acompanhamento durante a gravidez é extremamente necessário para preservar a saúde da mulher e do bebê. Um dos principais motivos para isso é a prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças. 

  • Como escolher um médico para o pré-natal?

Quando a gestante ainda não possui uma clínica ou um ginecologista de confiança, a melhor saída é buscar por indicações. Afinal, em um um momento tão importante como a gravidez, é importante estar atenta às experiências de outras mulheres. Por isso, consulte uma amiga próxima e, se possível, marque uma consulta com o médico indicado por ela. 

E mais uma coisa: escolha um médico que você goste e com o qual se sinta bem acolhida. Afinal, o ideal é que ele te acompanhe durante toda a gestação. 

Entenda melhor sobre a escolha do médico no artigo a seguir:

  • É necessário fazer uma dieta rígida durante a gravidez?

Uma mulher, durante a gestação, deve sim ter uma boa alimentação. Entretanto, nada muito fora do comum de qualquer outra pessoa. 

O obstetra pode fazer recomendações específicas para cada caso, por isso é importante conversar com o seu médico a fim de definir uma dieta que se alinhe com o seu dia a dia. 

  • Devo parar de tomar medicamentos na gestação?

Existem sim medicamentos contraindicados para gestantes. Mas além deles, algumas outras intervenções podem ser feitas pelo médico obstetra. Portanto, de maneira geral, é necessário conversar com o seu médico de confiança para adequar a sua rotina.

Quais exames fazer durante o pré-natal?

Primeiro trimestre

Assim que gestação começa são recomendados exames básicos, como o hemograma completo,  urina, ultrassom e pesquisa de sífilis, toxoplasmose, e HIV, que devem ser feitos pelo menos três vezes durante o período. Além destes, é frequentemente solicitado também o Papanicolau, essencial para verificar a saúde uterina.

Hemograma completo e grupo sanguíneo

Essas informações são coletadas para prevenção de complicações durante a gravidez, por detectar infecções e anemia e verificar a taxa hormonal. Além disso, o grupo sanguíneo é uma importante informação para todo o período gestacional.

Urina

Já o exame de urina detecta infecções e predisposição da mulher a desenvolver algumas doenças que podem ser prejudiciais à gravidez.

Papanicolau

Papanicolau é um importante exame para várias etapas da vida de uma mulher, mesmo quando não gestante. Ele detecta a presença de bactérias e de lesões uterinas, que podem trazer riscos sérios à saúde da mulher e, é claro, à gestação. 

Além dos exames citados, alguns médicos podem recomendar outros exames para identificar alterações no primeiro trimestre, são eles: fator rh; glicemia de jejum; fezes; sorologia para rubéola, toxoplasmose, Citomegalovírus e HIV; hormônios tireoideanos; pesquisa de variantes de hemoglobina; ultrassonografia morfológica do 1 trimestre para datar a gestação e detectar alterações que sugiram anomalias cromossômicas; ultrassonografia morfológica do 1 trimestre com dopplerfluxometria das artérias uterinas para identificar alterações que indiquem risco de desenvolvimento da pré-eclâmpsia.

Segundo trimestre

Enquanto os exames do primeiro trimestre têm como objetivo principal acompanhar a saúde da mãe, os do segundo são mais focados no desenvolvimento do bebê. É uma etapa mais tranquila da gestação, pois os riscos e sintomas da gestante são menores. 

Além dos exames gerais recomendados durante todos os trimestres, como citado anteriormente, há alguns diferentes para incluir no seu pré-natal. Os mais importantes são:

Ultrassonografia morfológica

O exame é feito para visualizar os órgãos e a formação do bebê como um todo. Ela avalia detalhadamente as estruturas fetais para o diagnóstico de malformações.

Fibronectina fetal

idade gestacional é um fator muito importante para um nascimento saudável e sem complicações. Por isso, é necessário prevenir ao máximo um nascimento prematuro.

No exame de fibronectina fetal é possível observar lesões na matriz extracelular do feto, que está diretamente relacionada a fatores que podem ocasionar em um parto prematuro.

Tolerância glicêmica

Algumas mulheres desenvolvem diabetes gestacional. O exame de tolerância glicêmica serve para detectar o surgimento dela.

Ecocardiografia fetal

A ecocardiografia fetal detecta malformações cardíacas do feto. É importante pois o diagnóstico precoce de problemas no coração possibilita que o parto seja feito de maneira correta.

Terceiro trimestre

No terceiro trimestre, quando o nascimento do bebê está se aproximando, é comum que a mulher fique mais enjoada e tenha mais sintomas. E é, também, um momento de acompanhamento mais próximo entre a gestante e o obstetra. Isso porque, além do planejamento do parto, questionamentos podem surgir, assim como a ansiedade da mamãe costuma aumentar. 

Mais uma vez, os exames como o hemograma completo, urina, ultrassom, pesquisa de sífilis, rubéola e HIV são novamente realizados durante o terceiro trimestre.

Nesta etapa, a atenção é voltada tanto para a saúde da mulher gestante, como para a do bebê. Alguns dos exames essenciais durante o acompanhamento gestacional são: 

Cultura de secreções vaginais

É recomendado para identificar infecções no final da gravidez. Pois algumas bactérias podem contaminar o neném durante o nascimento e colocá-lo em uma situação de risco.

Ultrassom obstétrico

Ele é feito com o objetivo de medir o volume de líquido amniótico, a saúde da placenta e o crescimento do bebê. Todos esses fatores influenciam na hora de fazer um parto bem sucedido.

Ultrassonografia com estudo dopplerfluxométrico

O exame avalia a circulação materna e fetal, podendo detectar sofrimento fetal agudo e crônico.

Pesquisa de estreptococos do grupo B na secreção vaginal

A bactéria pode ser transmitida para o feto com a ruptura da bolsa amniótica, ou durante o parto, e pode causar infecções no bebê se não for tratada.