A reposição hormonal na menopausa é um tratamento voltado para aliviar sintomas do climatério e menopausa, a partir da reposição dos dois principais hormônios de reprodução femininos (estrogênio e progesterona), que vão reduzindo progressivamente nesse período.
No entanto, uma grande preocupação de muitas mulheres é se a reposição hormonal na menopausa pode causar câncer de mama.
Ao mesmo tempo que existem pesquisas que apontam um risco maior para mulheres que fizeram essa terapia hormonal, outros estudos também mostram que esse risco é bem reduzido se o tratamento tiver um acompanhamento médico adequado, durar menos de 5 anos e levar em conta a fisiologia de cada mulher.
Neste artigo falaremos sobre o que você deve considerar na hora de optar ou não pela reposição hormonal e essa é a melhor alternativa para o seu caso. Confira!
Alguns estudos apontam um pequeno aumento no risco com o uso prolongado desses hormônios, no entanto vale lembrar que o câncer mamário não tem uma única causa, estando relacionado a diversos fatores, como genética, idade, história reprodutiva, entre outros.
Um trabalho publicado pelo Jornal Médico JAMA, dos Estados Unidos, em 2002, analisou mais de 27 mil mulheres pós-menopáusicas, com idades entre 50 e 79 anos, que utilizaram terapia de reposição hormonal por mais de 5 anos, com estrogênios conjugados e acetato de medroxiprogesterona.
Essa pesquisa evidenciou o aumento do risco de câncer em 26% em relação às mulheres que não fizeram uso da terapia.
A principal causa apontada nesse estudo é o estímulo hormonal prolongado – mais de 5 anos – em células mamárias, que beneficiaria a multiplicação de células cancerígenas na área, se elas já existissem.
Os estudos também afirmam que mesmo que as células cancerígenas não existam, o constante estímulo poderia favorecer mutações, especialmente considerando a idade mais avançada das pacientes.
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Por essa razão, de modo geral, a reposição hormonal não é indicada para mulheres com histórico de câncer de mama na família mais próxima (irmãs, tias, mães e avós).
A análise dos estudos, contudo, considerou o tratamento com somente um tipo de hormônios por um período igual ou superior a 5 anos.
Os mesmos efeitos não foram observados com outros tipos de tratamentos de reposição hormonal, como os feitos por meio de gel vaginal, por exemplo, que não são absorvidos pelo sangue e têm a intenção de aliviar a secura vaginal e sintomas urinários.
O primeiro passo para toda mulher que esteja enfrentando (ou iniciando) os sintomas do climatério/menopausa é a consulta médica com o ginecologista e/ou endocrinologista.
Apenas a partir da análise desses profissionais e da realização dos devidos exames é que pode-se ser indicado ou não um tratamento de reposição hormonal e, se for o caso, como essa terapia deve ser feita, a fim de minimizar os riscos para a saúde da mulher.
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As terapias de reposição hormonal são tratamentos que visam aumentar a qualidade de vida da mulher durante essa fase de mudança hormonais, que é o climatério e a menopausa.
Para muitas delas, essa redução de hormônios nessa fase pode afetar o processo de envelhecimento, acelerando a perda de substâncias, como o colágeno e a elastina, tirando a firmeza da pele e aumentando o ressecamento.
Além disso, ocorre uma perda da massa óssea significativa após a menopausa, que pode levar à osteoporose e aumento do risco de fraturas, e os hormônios atuam protegendo o osso.
Pode haver ainda ganho de peso e gordura abdominal, queda de cabelo, além de perda da libido, as incômodas onde de calor, dores de cabeça, entre outros sintomas.
Felizmente, esses sintomas não ocorrem em todas as mulheres ou podem ocorrer com menor intensidade. Para algumas mulheres, porém, os sintomas podem ser bastante intensos, trazendo grande sofrimento e até desencadeando quadros depressivos.
Nessas situações, a reposição hormonal é, sim, uma alternativa que deve ser considerada, já que pode ajudar a mulher a atravessar essa fase com mais qualidade de vida.
No entanto, caso você não deseje (ou não possa) fazer uso da reposição hormonal, existem outras mudanças de hábitos simples que podem te ajudar a passar por esse período de maneira mais suave.
Adicione à sua dieta alimentos ricos em fitoestrogênios, aumente o consumo de carnes magras, verduras e legumes e reduza frituras e açúcares simples. Além disso, mantenha a prática regular de exercícios físicos.
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Como qualquer tratamento, a reposição hormonal possui vantagens e desvantagens. Confira abaixo as principais:
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Se você está passando pelo climatério ou menopausa e está sofrendo com seus sintomas, a reposição hormonal pode ser uma solução a ser considerada.
Mantenha em mente que, com o devido acompanhamento e respeitada a duração adequada, essa terapia é hoje bastante segura e pode trazer uma melhora na sua qualidade de vida, na disposição e na autoestima nessa nova etapa da sua vida.
A CLAF é uma clínica especializada em cuidar da saúde da mulher e conta com um ambiente acolhedor e uma equipe de ginecologistas, cirurgia vascular, mastologistas e endocrinologistas experientes para te oferecer sempre o melhor cuidado.
Se ficou alguma dúvida, você está considerando o tratamento ou gostaria de explorar outras possíveis soluções para lidar com os sintomas da menopausa, venha se consultar com um de nossos especialistas.
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