A endometriose é um distúrbio no útero no qual o tecido de revestimento uterino (o endométrio) cresce fora dele. A doença possui alguns sintomas e o que gera mais incômodo para a mulher são as cólicas fortes, e, além disso, pode chegar a resultar em infertilidade.
Neste artigo, você encontrará tudo o que precisa saber sobre a doença para que possa esclarecer as suas dúvidas.
Continue acompanhando e informe-se melhor!
As causas da endometriose ainda não foram totalmente esclarecidas. No entanto, algumas pesquisas já apontam fatores importantes para o desenvolvimento da doença. Por exemplo, a endometriose pode ser hereditária.
Nesse caso, mulheres com parentes de primeiro grau (mãe e avó) que possuam a doença devem prestar ainda mais atenção na prevenção contra a doença.
Outra possível causa é o sistema imunológico deficiente. Isso pode gerar não só o surgimento da doença, mas uma predisposição para várias outras doenças.
Além disso, fatores como excesso de peso, problemas hormonais, estresse e baixa ingestão de vitaminas C e D também podem contribuir para o surgimento da doença.
Ginecologista em Brasília (DF)
Existem alguns sinais de alerta que podem ser suspeitos e indicar a presença da doença. Por isso, a mulher devem ficar atenta aos seguintes sintomas de endometriose:Dores fortes durante o período menstrual: ter cólicas durante esse período é normal. No entanto, quando a dor passa a te impedir de realizar atividades comuns do seu dia a dia, ou até mesmo não te permite levantar da cama, com certeza é um sinal de alerta e pode ser um sintoma cararacterístico da endometriose.
outro sintoma que às vezes pode passar batido são as dores durante as relações. No entanto, elas não são um reflexo comum do corpo humano e nem devem ser tratadas assim.
sejam eles urinários ou intestinais. Se você está com sangramento fora do período menstrual, leia este outro conteúdo e veja o que pode ser.
É importante reforçar que alguns sintomas de endometriose podem variar de acordo com a região acometida pela doença.
Em geral, as áreas comumente afetadas são: a bexiga e o intestino.
Também existem casos de endometriose no diafragma e no pulmão, porém são mais raros.
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De modo geral, a endometriose é classificada de acordo com a intensidade da doença, podendo ser leve, moderada ou grave. Dessa forma, é possível definir três principais tipos de endometriose.
Entenda melhor abaixo.
A Endometriose Peritoneal Superficial (também conhecida como Endometriose Superficial) é o tipo de endometriose mais comum e menos grave.
As lesões atingem principalmente o peritônio, uma membrana que envolve os órgãos da barriga e pelve. Por isso, pode afetar também intestino, ovários, tubas uterinas, uréter, bexiga e, inclusive, o próprio útero.
É importante ressaltar que, apesar de ser denominada como superficial, também pode provocar dores intensas.
A Endometriose Ovariana é o tipo de endometriose que atinge principalmente a parte externa dos ovários e forma cistos no local (conhecidos como endometriomas), a partir do acúmulo de sangue na região durante o ciclo menstrual.
A Endometriose nos Ovários recebe o título de moderada pois pode afetar o processo de ovulação e causar infertilidade na mulher, a depender do tamanho dos cistos.
Esse é o tipo de endometriose mais severo, pois penetra mais profundamente no organismo e provoca sintomas mais intensos durante o período da menstruação.
As lesões da Endometriose Profunda (ou Endometriose Infiltrativa) geralmente atingem tanto o peritônio quanto outros órgãos da região abdominal e pélvica, como intestino, bexiga, ureteres, ligamentos que sustentam o útero (ligamentos útero-sacro), entre outros.
Com isso, também pode interferir ciretamente na fertilidade na mulher.
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Além dos principais tipos de endometriose, também existem alguns casos de ocorrência da doença que podem ser destacados, como:
A Endometriose Profunda é o tipo de endometriose mais grave e agressivo, pois as dores e os sintomas percebidos são mais intensos, impactando diretamente na qualidade de vida e no bem-estar da mulher. Além disso, também é o tipo que oferece maior risco de infertilidade.
Existem exames que são comumente pedidos para o diagnóstico de endometriose. Confira a seguir.
O transvaginal é um importante exame de check-up em mulheres. Além de desempenhar um papel importante na detecção da doença, o exame é capaz de diagnosticar diversas doenças no aparelho reprodutivo feminino, identificando alterações na região.
O procedimento é realizado com preparo intestinal com laxante, no qual são avaliados detalhadamente o intestino (reto e sigmóide), útero, ovários, ureteres, bexiga, ligamentos parauterinos e parede abdominal, para pesquisa de focos de endometriose profunda.
A vagina é preenchida com gel para avaliação de endometriose vaginal. Alguns artigos defendem a USG transvaginal como método de primeira escolha para suspeita de endometriose profunda.
O exame geralmente é o mais recomendado. Isso porque por meio dele é possível detectar o estágio da doença. Apesar de ser um procedimento simples, a videolaparoscopia exige uma anestesia geral. Um pequeno corte é feito na região umbilical e através dele é inserido uma câmera no corpo da paciente. Os focos da doença são ressecados, os cistos ovarianos endometrióticos retirados e as aderências desfeitas. A endometriose intestinal, de vias urinárias e vaginal também podem ser tratadas cirurgicamente por esse método.
Alguns outros exames, mesmo que complementares, podem ser solicitados durante a etapa de detecção da doença, como a ressonância magnética (RM).
A RM avalia os focos da endometriose profunda, usando protocolos específicos e a injeção de contraste paramagnético.
Você está com seus exames de check-up em dia? Como você viu anteriormente, a endometriose, apesar de não ser uma doença silenciosa, pode passar batida por alguns sintomas considerados comuns.
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Algumas mulheres podem usar o anticoncepcional de uso contínuo ou DIU liberador de hormônio como uma opção de tratamento para endometriose. Já quando se trata de lesões maiores pode ser necessária a intervenção cirúrgica por via laparoscópica.
Porém, é importante ressaltar que, assim como os sintomas podem variar de acordo com a região acometida, o mesmo acontece com os tratamentos.
A Endometriose é uma doença progressiva e, se não tratada, pode trazer consequências para a saúde da mulher, em casos mais raros, como comprometimento de funções importantes para o organismo e infertilidade.
Por exemplo, nos quadros em que a Endometriose atinge também a bexiga ou o uréter, pode ocorrer a obstrução desses canais e prejuízo da função renal.
Já a infertilidade pode ser uma consequência pois há a possibilidade da doença danificar as tubas uterinas ou o próprio útero, interferindo no processo de fecundação do óvulo ou na fixação do embrião.
Apesar de todos esses possíveis riscos, é importante ressaltar que a Endometriose é considerada uma doença benigna e não oferece risco de óbito.
Muitas vezes os tratamentos recomendados não resultam em cura total da doença, mas sim no controle dos sintomas que podem prejudicar o bem-estar da mulher. Em outros casos, no entanto, a intervenção cirúrgica pode resolver totalmente o problema.
Algumas recomendações simples podem ser indicadas para aliviar os sintomas gerais e a dor da endometriose, como:
Praticar atividade física, com exercícios leves, como caminhada, ioga e pilates;
Adotar uma alimentação mais rica em ômega-3, presente em alimentos como salmão, sardinha, atum, linhaça ou chia, castanhas, amendoim, entre outros;
Utilizar medicamentos e remédios analgesicos e anti-inflamatórios (sob orientação médica);
Aplicar compressas quentes na região abdominal (como uma toalha molhada aquecida ou bolsa de água quente);
Realizar movimentos de contração e relaxamento da musculatura do assoalho pélvico (ânus e vagina) ao longo do dia.
Sim, quem tem endometriose pode ter filhos. No entanto, para alguém que tenha a doença pode ser mais difícil engravidar.
Existem alimentos que devem ser evitados na alimentação de pacientes com endometriose, pois podem agravar os sintomas e dores. São eles: café ou bebidas com cafeína, derivados de soja, biscoitos recheados, fast foods, sorvetes de massa, frituras, frios, congelados e embutidos.
Muitas pacientes acreditam que a endometriose engorda. Porém, não há comprovação científica da relação entre a doença e o aumento do peso. O que acontece é que a endometriose provoca inchaço abdominal e retenção de líquidos, o que causa a sensação de aumento de peso.
Além disso, algumas medicações hormonais que podem ser utilizadas durante o tratamento tendem a causar aumento de peso em mulheres que já possuem predisposição a engordar, por afetar o metabolismo.
A endometriose profunda é a presença do tecido que reveste o útero (endométrio) em uma profundidade maior que 0,5 cm, localizado no intestino, ligamentos uterinos, bexiga ou vagina.
A endometriose profunda é a presença do tecido que reveste o útero (endométrio) em uma profundidade maior que 0,5 cm, localizado no intestino, ligamentos uterinos, bexiga ou vagina.
É a presença de endometriose no útero; causando cólicas menstruais intensas, sangramento menstrual exuberante com coágulos e aumento do volume uterino.
O tipo de anticoncepcional indicado no tratamento da endometriose pode variar de acordo com a orientação ginecológica a partir do histórico da mulher, dos efeitos colaterais do medicamento e do estilo de vida da paciente. De modo geral, o anticoncepcional recomendado possui o hormônio progestagênio em sua formulação.
Vale reforçar que existem diversas opções de anticoncepcional no mercado e o uso do medicamento deve ser feito com consulta e acompanhamento médico.
Sim. Estima-se que 40 a 70% das adolescente com cólicas intensas e dor pélvica crônica possam ter a doença.
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Cultivar hábitos saudáveis é um fator de extrema importância para a prevenção da endometriose. Alguns deles são:
Esses bons hábitos devem ser cultivados não apenas para a prevenção da endometriose, mas também para a preservação de uma boa qualidade de vida.
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