Você sofre com cólicas muito intensas? Se sua resposta for “sim”, você pode estar sofrendo com endometriose. Essa doença ginecológica se caracteriza pelo crescimento do endométrio (tecido de revestimento do útero) fora da região uterina.
É uma condição mais comum do que se imagina, atingindo cerca de 180 milhões de mulheres ao redor do mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
Além do desconforto que causa todos os meses, a endometriose também pode resultar em uma série de consequências mais graves, chegando até à infertilidade.
Mas “como saber se eu tenho endometriose?” Este artigo vai te ajudar a ter essa resposta!
O principal sintoma associado à endometriose são cólicas muito intensas durante o período menstrual. Para algumas mulheres com endometriose, a dor pode continuar mesmo após o uso de medicamentos analgésicos.
A principal característica dessa dor é que ela costuma ser debilitante, podendo prejudicar muito a realização de atividades do seu cotidiano. Além disso, a endometriose é uma doença progressiva; ou seja, se não for tratada, pode piorar com o tempo.
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Outros sintomas que podem estar associados à endometriose, são:
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Caso você tenha identificado alguns dos sintomas dessa lista, é importante procurar atendimento médico com o ginecologista o mais rápido possível.
Mesmo que não seja endometriose, esses sintomas podem apontar que algo não está bem com sua região ginecológica. Lembre-se que essa região é muito sensível e precisa de cuidados periódicos para se manter saudável!
Saiba mais!
Quando devo me consultar com um ginecologista?
Existem possibilidades medicamentosas e até cirúrgicas para a endometriose. Neste conteúdo do nosso Blog, você confere as principais opções de tratamento:
Um fator agravante sobre a endometriose é ser uma doença relativamente difícil de diagnosticar. De fato, os estudos mostram que, em média, as mulheres levam cerca de 7 anos para ter um diagnóstico.
A razão para essa demora é o quão diversa a endometriose pode ser, apresentado-se de maneira diferente em cada caso. Por conta disso, alguns ginecologistas têm se especializado nessa área, o que aumenta as chances de um diagnóstico mais precoce.
Caso a paciente tenha acesso a exames mais especializados para investigação da endometriose, as chances são ainda maiores de diagnóstico mais rápido.
Conheça abaixo os principais exames que podem ser utilizados no diagnóstico da doença.
Também chamado de ecografia transvaginal para mapeamento da endometriose, é uma modalidade de ultrassom transvaginal especializada, capaz de diagnosticar os focos mais comuns da endometriose.
Estes ocorrem mais frequentemente na região atrás do útero (retrocervical), no reto e sigmóide (que é a parte final do intestino grosso), em ligamentos do útero e ovários, na bexiga , ureteres, ovários e vagina.
É um método de altíssima resolução, que pode identificar lesões de endometriose que infiltrem estas estruturas com apenas meio centímetro de profundidade.
O ultrassom transvasginal para mapeamento da endometriose inclui também o estudo abdominal, permitindo a ampla investigação de possíveis focos da doença. Assim, garante também a visualização de lesões na área do diafragma, apêndice, ceco e outras regiões.
Apesar de serem menos comuns, esses focos também são possíveis e devem ser avaliados sempre que possível, existindo a suspeita da doença.
Este exame também possibilita o estadiamento da endometriose; ou seja, determina a localização e extensão exata da aflição a fim de promover tratamentos mais direcionados e eficientes.
A Ecografia Transvaginal para Mapeamento de Endometriose é o melhor método para se identificar a endometriose no intestino.
Para que este diagnóstico seja feito , é importante que seja realizado um preparo intestinal adequado, com uma dieta leve no dia anterior ao exame e uso de laxantes.
É um exame muito minucioso, que demora cerca de 1 hora , e não causa dor.
Mesmo adolescentes que apresentem cólicas menstruais incapacitantes podem ser portadoras de endometriose, e devem realizar exames para investigação. Se a adolescente é virgem, pode ser indicada a Ressonância Magnética.
Conheça os principais procedimentos de Cirurgia Ginecológica!
A ressonância magnética é um exame de ampla avaliação da região da pelve. É um método eficiente para diagnosticar a endometriose, sendo inferior à ecografia transvaginal para o diagnóstico de endometriose intestinal, mas superior para o diagnóstico de endometriose que invade a musculatura pélvica.
A ressonância magnética também tem indicação para pacientes que ainda não iniciaram a vida sexual.
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Endometriose: o que é, sintomas, diagnósticos e tratamentos
É um tipo de tratamento cirúrgico menos invasivo. Nele, introduz-se cuidadosamente uma câmera no corpo da paciente a fim de localizar e tratar focos de endometriose.
Apesar de ser simples, o procedimento acontece com a administração de anestesia geral. É considerada como uma cirurgia de pequena escala e consiste em uma pequena incisão na região umbilical para introduzir a câmera.
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A endometriose é considerada uma doença crônica. Por isso, não tem cura. Porém, o tratamento por sintomas impede a evolução do quadro clínico e promove melhoras significativas na qualidade de vida da paciente.
As principais abordagens para o tratamento da endometriose são:
Pode envolver a administração de analgésicos e antiinflamatórios e está focada especialmente no alívio da dor,não interferindo no curso da doença.
Já o uso de hormônios, como a progesterona por via oral ou intramuscular, anticoncepcionais de uso contínuo e o DIU hormonal, bem como medicações que bloqueiem o estrogênio e a progesterona, como o danazol e gestrinona , atuam na melhora da dor e inibem os focos de endometriose.
O tratamento cirúrgico é indicado para aquelas pacientes que não obtiveram melhora com o tratamento clínico, e em casos específicos ; como no cisto ovariano endometriótico com mais de 6.0cm , quando existem lesões intestinais, no apêndice, ou em ureteres .
A cirurgia indicada é a videolaparoscopia, onde são removidos os focos de endometriose, procurando restaurar a anatomia dos órgãos, e preservando ao máximo a função reprodutora. Sabemos que existe uma importante relação entre endometriose e infertilidade.
Independentemente do tratamento escolhido, pacientes com endometriose devem estar em dia com suas consultas de check-up para monitorar a doença.
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Apesar de ser extremamente comum, infelizmente não se fala tanto sobre esse problema como seria necessário. Por conta disso, surgem muitos mitos e informações desencontradas.
Acompanhe abaixo os principais mitos (e verdades) sobre a endometriose e tire suas dúvidas!
Verdade!
Quando não tratada, a endometriose pode evoluir de forma a impedir completamente a gravidez.
Alguns estudos demonstram que 30 a 50% das mulheres com endometriose apresentam infertilidade.
Isso acontece devido ao crescimento descontrolado dos focos de endometriose resultando em alterações anatômicas na região do útero, ovários e trompas . Dessa forma, o espermatozóide tem mais dificuldades para fecundar o óvulo.
Além disso, os processos inflamatórios na região tornam o útero um ambiente pouco propício para a fecundação.
Mito!
Cólicas são ocorrências mensais na vida de muitas mulheres que ainda estão no período fertil. Porém, se forem dores muito intensas, devem ser informadas ao ginecologista.
É normal sentir algum incômodo durante o período, mas o sofrimento nunca deve ser normalizado. Se você experimenta cólicas muito fortes, que chegam a atrapalhar ou mesmo impedir suas atividades diárias, agende uma consulta com um ginecologista. Isso inclusive durante a adolescência.
Verdade.
Como mencionamos anteriormente, a endometriose é uma doença progressiva.
Suas áreas de maior ocorrência são órgãos mais próximos, como a bexiga e o intestino. Porém, em casos muito avançados, pode chegar ao diafragma e até ao pulmão.
Para evitar esses casos, o principal cuidado são as consultas e os exames precoces.
Verdade!
A endometriose é classificada como uma doença crônica e, por isso, não possui cura.
O tratamento ainda é essencial para prevenir a progressão da doença, auxiliar no processo de gravidez e aumentar a qualidade de vida da mulher.
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Se você ainda se fazia a pergunta “como saber se tenho endometriose?”, esperamos que este artigo tenha trazido as respostas que você buscava.
Ao longo do texto, você pôde conhecer um pouco mais sobre a importância de diagnosticar e tratar a endometriose precocemente. Para garantir um tratamento mais rápido, fácil e eficiente para essa e outras doenças ginecológicas, é muito importante estar em dia com seu check-up ginecológico.
A Clínica CLAF é referência em saúde da mulher e conta com uma equipe especializada de ginecologistas, mastologistas, obstetras, endocrinologistas e angiologistas.
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