Dados da pesquisa Epidemia de Obesidade e as Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), realizada pelo CNPq, mostram que o número de brasileiros com obesidade aumentou, num mesmo período comparativo, de 11,8% para 20,3%. Em outras palavras, 2 em cada 10 adultos do país são obesos!
Para além de questões estéticas, a obesidade está relacionada a inúmeras questões de saúde graves, como as doenças vasculares e cardiovasculares, como trombose, embolias, derrame (AVC), entre outras.
Ficou interessado no assunto, então não deixe de acompanhar o artigo de hoje, no qual falaremos sobre as principais relações entre a obesidade e a saúde vascular, assim como hábitos que podem ser desenvolvidos para uma melhor prevenção.
Vamos lá?
Mais do que apenas o ganho excessivo de gordura corporal, a obesidade está relacionada ao que os especialistas hoje chamam de síndrome metabólica, que é um conjunto de alterações e fatores de risco capazes de aumentar as chances de doenças cardiovasculares, diabetes, entre outras.
Quanto à relação entre obesidade e saúde vascular, sabe-se que o excesso de peso prejudica a circulação por diferentes razões, como:
A lista acima mostra somente alguns dos riscos trazidos pela obesidade sobre a saúde vascular, mas existem vários outros. Na imagem abaixo, você confere outros riscos para a saúde, como um todo, relacionados à chamada síndrome metabólica.
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Apesar de a obesidade gerar acúmulo de gordura corporal de forma generalizada, fatores genéticos, hormonais e hábitos alimentares podem fazer com que esse ganho predominem em certas áreas do corpo, fazendo com que o quadro de obesidade seja classificado de diferentes formas, como:
Como o nome sugere, é o predomínio de gordura na região abdominal. Também conhecida como obesidade centrípeta, é mais comum em homens, mas também acomete as mulheres.
Trata-se do tipo que mais oferece riscos à saúde cardiovascular, já que favorece a chamada “gordura intra-abdominal”, ou seja a gordura que não está sob a pele, mas ao redor e no interior dos órgãos.
Inclusive, a Organização Mundial da Saúde (OMS) define medidas de circunferência abdominal, a partir das quais os riscos se tornam elevados, que são de 102 cm para homens e de 88 cm para mulheres.
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Neste tipo de obesidade, a distribuição da gordura é bem mais concentrada na região dos quadris, coxas e glúteos, fazendo com que o corpo tome o formato semelhante ao de uma pêra.
Mais comum em mulheres, esse tipo de obesidade eleva principalmente o risco de problemas circulatórios – como varizes e trombose – devido à sobrecarga nos membros inferiores.
No caso da obesidade homogênea, a gordura se distribui por todo o corpo de forma semelhante, sem se acumular em regiões específicas.
Vale lembrar, no entanto, que independentemente do perfil de obesidade, o excesso de gordura corporal – ou a síndrome metabólica – eleva todos os riscos citados acima, devendo ser evitado ou tratado com acompanhamento profissional.
Neste artigo, do nosso Blog, listamos dicas e informações valiosas sobre como tratar a obesidade, falando sobre dieta, exercícios e até possíveis cirurgias.
Apesar de existirem diversas formas de se avaliar o padrão de peso de alguém – com uso de equipamentos modernos – a maneira mais simples e padronizada continua sendo o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC).
Esse método é reconhecido internacionalmente e busca avaliar, pelo cálculo de algumas medidas e valores, se uma pessoa está ou não dentro dos parâmetros de peso adequados.
O cálculo é bastante simples, bastando dividir o peso (em quilos) pela altura ao quadrado (em metros). Desta forma, o IMC = Peso ÷ (Altura × Altura).
Com o resultado em mãos, resta compará-lo com os valores da tabela abaixo.
Valor do IMC | Classificação |
Menor que 18,5 kg/m2 | Magreza |
18,5 a 24,9 kg/m2 | Normal |
25 a 29,9 kg/m2 | Sobrepeso |
30 a 34,9 kg/m2 | Obesidade grau I |
35 a 39,9 kg/m2 | Obesidade grau I |
Maior que 40 kg/m2 | Obesidade grau |
🚨 O cálculo do IMC, no entanto, pode demonstrar uma “falsa obesidade” em pessoas com alto índice de massa muscular, como praticantes de musculação. Por isso, o exame considerado “padrão-ouro” para cálculo de massa magra, gordura, massa corporal total e tecido adiposo visceral (gordura entre os órgãos, relacionada a diabetes, doenças cardiovasculares e AVC) é a Densitometria Óssea de Corpo Inteiro.
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Por se tratar de problemas ligados a um sistema complexo, distribuído por todo o corpo, as doenças vasculares podem surgir em diferentes locais e se manifestar de diferentes formas. Entre as mais comuns, destacam-se:
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Confira a seguir os principais hábitos que pode adotar no seu dia a dia para ter uma vida mais saudável, se prevenindo tanto da obesidade quanto dos problemas vasculares.
A prática de atividades físicas regulares é indispensável para a manutenção do peso ideal. Além de contribuir para uma melhor qualidade de vida, o hábito também traz uma série de benefícios para sua saúde vascular.
Uma alimentação balanceada e saudável, rica em alimentos como frutas, legumes e verduras, é um importante passo no caminho para a prevenção da obesidade.
É preciso ter cuidado para não passar muitas horas do dia parado numa mesma posição, especialmente se estiver sentado. A falta de movimentação das pernas pode contribuir para o desenvolvimento de problemas circulatórios, como as varizes.
Por isso, lembre-se de se alongar e de se movimentar de tempos em tempos, evitando ficar muitas horas parado ou com as pernas cruzadas.
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