O câncer do colo de útero ou câncer de cérvix é considerado o terceiro câncer mais comum na população feminina, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer). Assim como outras neoplasias, esse tipo câncer pode passar despercebido até que esteja em estágios mais avançados.
Acompanhe o artigo para conhecer mais sobre esse tipo de câncer ginecológico.
O câncer de útero é causado por uma mutação genética nas células da parte inferior uterina (onde se localiza o colo do útero ou cérvix), levando a uma multiplicação celular de forma descontrolada.
Um dos principais elementos associados à predisposição dessas mutações é a infecção constante pelo vírus HPV ( Papilomavírus humano), especialmente em seus subtipos 16 e 18.
A diferenciação é importante uma vez que existem cerca de 200 tipos diferentes de vírus HPV e nem todos eles levarão ao desenvolvimento do câncer de útero. Na realidade, o HPV é um vírus relativamente comum na população feminina, chegando a atingir cerca de 291 milhões de mulheres no mundo.
Todavia, a identificação e tratamento das lesões causadas por esse vírus é essencial para a manutenção da saúde feminina. A infecção recorrente por HPV pode levar não só ao desenvolvimento de câncer de colo de útero, como também a outras complicações na saúde ginecológica da mulher.
Por estarem intimamente ligados, muitos fatores de risco referentes à transmissão de HPV também são referentes ao desenvolvimento de câncer de colo de útero. Dentre eles, podemos citar: início da vida sexual precoce, relações sexuais com muitos parceiros sem o uso de preservativos, histórico de outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), uso prolongado de anticoncepcionais e tabagismo.
Também podemos citar o fator de histórico familiar, que é relevante para qualquer tipo de câncer e precisa ser monitorado com cuidado.
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Assim como o restante das outras neoplasias, o câncer de colo de útero não costuma apresentar sintomas em seus estágios iniciais.
Em estados mais avançados poderá se manifestar por meio de: dores abdominais e pélvicas, dor após a relação sexual, sangramento vaginal irregular e corrimento ou secreção vaginal.
Outros sintomas observados em quadros ainda mais graves podem resultar em: anemia, problemas intestinais e urinários, oscilações de peso e dores nas costas e pernas.
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A principal medida para o tratamento do câncer do colo de útero geralmente se dá por meio de um procedimento cirúrgico (histerectomia, conização, criocirurgia ou cirurgia a laser). O objetivo desse procedimento é retirar do corpo a parte lesada e impedir que a multiplicação descontrolada de células cancerígenas se espalhe.
Outras medidas complementares a essa, que estão associadas a maiores percentuais de remissão ou até mesmo recuperação são a radioterapia, a quimioterapia e a braquiterapia.
A radioterapia é uma técnica de tratamento baseada na utilização de raios ionizantes (raios-X) para eliminar as células tumorais ou diminuir o seu processo de reprodução. Já a quimioterapia, atua com o mesmo objetivo, porém por meio de medicações. Por último, a braquiterapia é muito similar à radioterapia, porém, acontecerá por meio da inserção do material “radioativo” no corpo do paciente, em uma pequena área, próximo a área lesionada.
Apesar de ser o câncer ginecológico mais comum, o câncer de colo de útero apresenta estatísticas altas de recuperação se identificado em seus primeiros estágios (95%). O exame papanicolau ou preventivo é considerado o exame mais comum e mais indicado para a detecção do HPV e do câncer do colo de útero. Esse exame é essencial para todas as mulheres que já iniciaram sua vida sexual e deve ser feito anualmente!
A colposcopia, um procedimento que pode ser realizado juntamente com o Papanicolau, é um exame em que se aplicam substâncias no colo uterino, para evidenciar as lesões típicas causadas pelo HPV , e a visibilização destas lesões é feita através de um aparelho que tem um conjunto de lentes especiais, o colposcópio . Se existirem lesões suspeitas, estas podem ser biopsiadas no mesmo momento.
A vacina tetravalente contra HPV também pode auxiliar na prevenção do câncer do colo de útero. Porém, ter tomado a vacina não deve ser uma razão para pular os check-ups! É bom lembrar que existem mais de 200 tipos de HPV e a vacina só oferece proteção contra quatro subtipos: 6, 11, 16 e 18.
Por essa razão, é essencial estar em dia com seus exames de rotina e em contato com o seu ginecologista. Isso vale tanto para as mulheres que estão em fase reprodutiva, quanto também para as mulheres passando pela menopausa ou pós-menopausa.
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