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Fatores de risco para trombose (sedentarismo é um deles)!

A trombose é uma doença de caráter vascular, que se caracteriza pela obstrução de veias (em geral das pernas), provocada por coágulos de sangue. Esse problema afeta especialmente pessoas a partir dos 50 anos de idade.

Contudo, segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), pacientes cada vez mais jovens também vêm sendo acometidos, em decorrência de uma série de hábitos modernos, entre eles o sedentarismo.

Acompanhe o artigo para descobrir mais sobre a trombose, seus fatores de risco e o que fazer para evitar! 

O que é Trombose? 

A trombose é uma obstrução de veias – em geral, das pernas e coxas – provocada pela presença de coágulos de sangue.

Ao interromper ou diminuir a circulação sanguínea naquele ponto, o coágulo costuma provocar inchaço e dor, que pode variar de acordo com o grau de severidade do caso. 

Um dos maiores riscos da trombose diz respeito à embolia, que é quando coágulos se desprendem do local de origem, circulam pela corrente sanguínea, se fixando em outros órgãos, como cérebro, pulmões e coração.

A embolia pulmonar, por exemplo, é uma das consequências mais frequentes da chamada TVP (trombose venosa profunda), podendo levar à morte. 

Ainda segundo a SBACV, a trombose atinge até 100.000 pessoas todos os anos ao redor do mundo. 

Os principais sintomas associados à trombose são: 

  • Inchaço e dor na área afetada.
  • Vermelhidão.
  • Rigidez muscular.

A trombose pode atingir tanto membros superiores quanto inferiores. Contudo, devido principalmente ao efeito da gravidade, é mais comum que ocorra nos membros inferiores. 

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Dores e inchaços nas pernas: o que pode ser? 

Quais as principais causas da trombose?

A trombose pode ser motivada por uma série de razões. A idade avançada, com a consequente diminuição da elasticidade das paredes das veias é apenas uma delas e, por incrível que pareça, não é a principal.

Dentre as outras possíveis causas para a trombose, podemos citar:

1. Genética 

Dentre as causas da trombose, a hereditariedade é uma das menos influentes. Existem pesquisas que relacionam a capacidade de coagulação transmitida de pais para filhos como um fator influente no futuro desenvolvimento da trombose. Contudo não é considerado nem de longe tão influente como outros fatores dessa lista. 

Todavia, caso você apresente casos recorrentes de trombose na família, é importante fazer um acompanhamento especial com o angiologista para prevenir não só esse, mas também outros problemas vasculares. 

Leia mais:

Angiologista: quando e por que procurar um

2. Gravidez 

Conforme o bebê se desenvolve e aumenta de tamanho, a barriga da mãe se expande, exercendo mais peso sob os membros inferiores e dificultando o trânsito de sangue natural das pernas para o coração.

Dessa forma, aumenta-se o risco de trombose. Também se explica o porquê de mulheres grávidas sentirem tantas dores nas pernas. Para evitar o desenvolvimento da doença, é importante contar com acompanhamento vascular durante a gestação, além de manter a prática de atividades físicas. 

3. Obesidade 

O excesso de gordura corporal, especialmente na região abdominal, exerce grande pressão sobre os membros inferiores, dificultando a circulação sanguínea. 

Além disso, a obesidade pode favorecer o bloqueio e a formação de placas de gordura nas paredes das veias e artérias, podendo resultar não apenas em casos de trombose, como também aterosclerose, hipertensão arterial e até acidente vascular cerebral. 

4. Tratamento anticoncepcional e terapia hormonal 

A base dos tratamentos anticoncepcionais e terapias hormonais geralmente é a administração de hormônios sintéticos, que mimetizam o estrogênio e a progesterona no corpo. 

Estes mesmos hormônios também acabam provocando outras alterações no organismo, como estimular a coagulação do sangue. 

Dessa forma, aumenta-se o risco do surgimento de coágulos, especialmente nas veias de membros inferiores (que são naturalmente mais suscetíveis). 

5. Tabagismo 

O cigarro estimula a rigidez e a formação de placas nas paredes das artérias, diminuindo assim o fluxo de sangue e aumentando as chances do desenvolvimento de quadros como aterosclerose e trombose. 

As mais de 4.700 substâncias tóxicas presentes no cigarro acabam tendo um efeito muito prejudicial ao organismo, influenciando também no funcionamento de válvulas e paredes venosas e arteriais. Tudo isso favorece o aparecimento da trombose. 

6. Alimentação ruim 

Uma alimentação rica em carboidratos simples (açúcares e massas refinadas), gorduras e sódio, associada ao sedentarismo, pode causar enormes danos ao organismo, mesmo em pessoas mais jovens. 

Assim como a obesidade, uma dieta desequilibrada pode aumentar os níveis de gordura no sangue e favorecer a formação de placas capazes de obstruir ou dificultar a circulação sanguínea.

Diante desse processo inflamatório, a formação de coágulos se torna muito mais provável e frequente. 

7. Varizes

Apesar de a maioria das pessoas julgar as varizes somente como um problema estético, elas podem estar associadas a problemas mais graves.

A dilatação das veias, que caracteriza as varizes, se deve a uma circulação sanguínea ineficiente e, como isso tem causas muito semelhantes à da trombose (como permanecer muito tempo numa mesma posição), caso não sejam tratadas, podem evoluir para quadros de trombose venosa profunda (TVP). 

Este é um problema que afeta especialmente as mulheres e que não costuma ser levado a sério como deveria. 

Leia mais: 

Quais são os riscos de não tratar as varizes?

8. Sedentarismo 

Finalmente, como uma das principais causas para a ocorrência da trombose e de problemas vasculares nos membros inferiores, chegamos ao sedentarismo.

Quando não nos movimentamos com frequência e, principalmente, quando permanecemos muito tempo em uma mesma posição (sentados ou de pé), a circulação do nosso corpo fica prejudicada. 

Com o passar do tempo, isso pode levar ao enfraquecimento das válvulas venosas que realizam o trabalho de bombear o sangue de volta ao coração, as quais vão se tornando cada vez mais ineficientes.

Isso pode tanto provocar varizes como colaborar para quadros de trombose. 

Como medida preventiva, a prática de atividades físicas regulares e a atenção às mudanças constantes de posição são fatores muito importantes. Como medida associada, o uso de meias compressivas também costuma ajudar.

A Covid-19 pode favorecer o desenvolvimento da trombose?

Alguns estudos têm relacionado uma maior predisposição a desenvolver trombose em pacientes que contraíram a doença. A possível causa seriam processos inflamatórios que podem acontecer durante a infecção. 

Contudo, o risco também está aí para pessoas que não apresentam a doença. De fato, os casos de trombose têm aumentado devido ao nível de inatividade de pessoas de todas as idades, especialmente após a pandemia.

Trabalhar em casa, estudar em casa, ter lazer em casa, pedir compras em casa: tudo isso eliminou uma série de rotinas de deslocamento que nós tínhamos e, para muitas pessoas, não houve compensação. 

Ainda que o isolamento social ainda seja uma necessidade, é possível inserir atividades físicas em sua rotina, seja subindo escadas, pulando corda, dançando, fazendo exercícios online, com a ajuda do Youtube ou descendo para uma caminhada rápida.

Leia mais: 

Check-up da mulher na quarentena: é seguro adiar?

Cuida da sua saúde vascular na CLAF!

Esperamos que todas as suas dúvidas sobre os fatores de risco para a trombose tenham sido esclarecidas. Caso você ainda tenha questões específicas para esclarecer ou investigar, a Clínica CLAF dispõe de angiologistas experientes e preparados para te dar todo o suporte necessário. 

A trombose é um quadro que pode ser evitado com os cuidados que citamos neste artigo, além da frequência regular às consultas e exames.

Somos uma clínica especializada na saúde da mulher e contamos com uma equipe altamente capacitada de ginecologistas, obstetras, mastologistas, cirurgia vascular, endocrinologistas e angiologistas prontos para te atender!

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