Segundo o Ministério da Saúde, a incontinência urinária atinge 40% das mulheres acima dos 50 anos de idade.
O distúrbio afeta drasticamente a qualidade de vida da paciente, podendo impactar não só aspectos físicos, como sociais e psicológicos. Por isso, a incontinência urinária deve ser tratada como um assunto sério e relevante.
Neste artigo vamos explicar o que é a incontinência urinária, suas características e como o distúrbio atua nas mulheres, além de recomendações de exames e tratamentos.
A incontinência urinária é um distúrbio caracterizado pela perda involuntária da urina pela uretra, ou seja, o ato de urinar involuntariamente.
Anatomicamente, a incontinência é causada por lapsos de coordenação entre os músculos da bexiga e o esfíncter – músculo responsável por abrir e fechar o canal da uretra, permitindo a passagem da urina.
Em condições normais, a coordenação desses músculos é voluntária e consciente. Enquanto a bexiga se enche, o esfíncter se contrai, evitando a passagem de urina pela uretra. Com a bexiga cheia, relaxa-se o esfíncter e os músculos da bexiga se contraem, impulsionando a urina a correr pela uretra.
Em pacientes com incontinência urinária, esse processo ocorre de maneira involuntária – sem o controle consciente do indivíduo. Dessa forma, a bexiga e o esfíncter contraem e relaxam, liberando urina em momentos inoportunos, sem que a pessoa esteja preparada ou tenha um banheiro à disposição.
Possíveis fatores que podem causar o distúrbio, estão:
É possível dividir os tipos de incontinência urinária em três principais, embora existam outras classificações mais específicas. Confira a seguir:
Embora a incontinência urinária possa atingir tanto homens quanto mulheres, no caso das mulheres, a ocorrência do distúrbio é consideravelmente maior devido a fatores anatômicos.
Além da uretra feminina ser bem mais curta que a do homem, a constituição do assoalho pélvico da mulher, devido a “falhas” naturais (hiato vaginal e hiato retal), faz com que os músculos responsáveis pela contração do esfíncter e da uretra sejam naturalmente mais frágeis que nos homens.
Caso tenha algum sintoma de incontinência – perda involuntária de urina, mesmo que em pequenas quantidades, a recomendação é procurar um médico imediatamente. De preferência, especialistas dos sistemas urinários masculino (urologista) ou feminino (ginecologista).
Para o diagnóstico, o médico, além de fazer um levantamento histórico de quadro do paciente, pode solicitar exames adicionais, como: exame de urina, medida do resíduo miccional, ultrassom, cistoscopia, teste de esforço e exame urodinâmico.
O tratamento para incontinência urinária é cirúrgico na maioria das vezes. Outras alternativas menos efetivas, mas que podem surtir efeito dependendo do caso: exercícios para fortalecer a musculatura do assoalho pélvico, tratamentos farmacológicos e fisioterápicos. Quando a causa é a redução hormonal devido à menopausa, a reposição hormonal pode reverter o quadro.
O médico responsável deve avaliar cada caso e encaminhar a paciente para o tratamento adequado.
E aí, deu para entender como funciona o distúrbio de incontinência urinária e por que ele afeta mais as mulheres, especialmente acima dos 50 anos?
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