O câncer de ovário se caracteriza como o segundo câncer ginecológico (neoplasia) mais comum de ocorrer, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer).
Principalmente por ser uma enfermidade de difícil detecção em estágios iniciais pela ausência de sintomas marcantes, estima-se que cerca de 70% dos casos só sejam diagnosticados em estágios mais avançados, complicando as possibilidades de tratamento.
Acompanhe o artigo para descobrir mais sobre o câncer de ovário e como fazer para garantir um diagnóstico rápido e eficiente.
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Os ovários fazem parte do sistema reprodutor feminino, e estão ligados ao útero. Eles são constituídos por três tipos básicos de células: as células epiteliais (revestindo a superfície), as células germinativas (responsáveis por dar origem aos óvulos) e as células da teca-granulosa (ou estromais), que produzem os hormônios femininos progesterona e estrogênio.
A primeira classificação de diferentes tipos de desenvolvimento dessa enfermidade acontece determinando em qual dessas células o câncer teve início. A maior parte dos casos de câncer de ovário (90-95% dos casos) se origina nas células epiteliais, por essa razão, vamos nos concentrar nesse tipo específico.
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São também denominados carcinomas epiteliais do ovário e podem ser classificados em tipos: tipo seroso de baixo e alto grau (52%), mucinoso (6%), endometrióide (10%) e de células claras (6%).
São muitos os fatores a se considerar quando estamos avaliando um quadro cancerígeno, mas fatores que não podem faltar para conseguir uma avaliação mais concreta de cada um dos quadros são: o grau, o estágio, a natureza, a rapidez de desenvolvimento e a resposta à quimioterapia.
Os tumores tipo I, por exemplo, como o carcinoma seroso de grau 1, carcinoma de células claras, carcinoma mucinoso e carcinoma endometrioide tendem a apresentar um crescimento mais vagaroso, com poucos sintomas e pouca resposta à quimioterapia.
Por outro lado, tumores do tipo II, como o carcinoma seroso de alto grau cresce e se dissemina mais rapidamente, apresentando uma melhor resposta à quimioterapia.
Nessa categoria também podemos encontrar os tumores denominados borderline (de natureza não invasivos ou de baixo potencial de malignidade), que costumam crescer devagar e raramente dão origem a metástases, acometendo pacientes mais jovens e apresentando melhores índices de cura.
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Um dos maiores perigos e preocupações a respeito do câncer de ovário diz respeito a inespecificidade ou ausência de seus sintomas nas primeiras fases, dependendo de qual a natureza e tipo do câncer.
Nas fases iniciais, o câncer de ovário é assintomático, ou tende a causar sintomas no aparelho digestivo, como:
Porém , a lista de sintomas é ampla e pode variar de mulher para mulher, tendo sido listados como possíveis:
O tamanho dessa lista apenas serve para confirmar o quão difícil pode ser perceber o câncer de ovário apenas pelos sintomas, especialmente considerando que eles só aparecerão em estágios mais avançados da enfermidade.
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A ultrassonografia transvaginal geralmente é o primeiro exame a ser feito, sendo indicada posteriormente a Ressonância Magnética, e a PET- CT para detecção da extensão da doença.
Os marcadores tumorais no sangue são proteínas no sangue, que demonstram a presença do tumor , mas geralmente sao utilizados no acompanhamento da doença, por serem muito inespecíficos. Os mais comumente utilizados são CA 125, CA 19-9 , alfafeto proteína, e beta HCG.
Existem duas abordagens mais usuais no tratamento de câncer de ovário: a cirurgia e a quimioterapia.
Uma vez diagnosticado, o primeiro curso de ação para combater o câncer de ovário é a cirurgia. O objetivo dela é retirar do corpo toda a área lesada para evitar que a propagação de células cancerígenas continue. A complexidade de cada caso vai determinar os moldes de cada uma das cirurgias, porém podemos citar alguns exemplos.
A laparoscopia tem sido indicada como o melhor procedimento para a avaliação do grau de agressividade do tumor , chamado estadiamento, a partir do qual será indicado o melhor tratamento.
Em estágios iniciais; em alguns casos, pode ser realizada a retirada do ovário afetado, com preservação do outro ovário e do útero.
A cirurgia clássica consiste na retirada do útero, ovários, trompas e da gordura acima destes órgãos, o omento. O apêndice pode também ser retirado.
A quimioterapia costuma aparecer como uma medida para complementar o procedimento cirúrgico, aumentando as chances de cura. Dentre os medicamento administrados por via intravenosa durante o tratamento, podemos citar: a carboplatina, paclitaxel e bevacizumabe.
A duração do tratamento pode variar de acordo com cada caso, mas costuma durar, em média, por volta de 5 meses.
O grupo mais propenso a desenvolver o câncer de ovário são mulheres acima de 50 anos, que já tenha passado ou estejam passando pela menopausa.
Alguns estudos conseguiram relacionar o uso de anticoncepcionais e uma maior quantidade de gestações como fatores que poderiam estar relacionados à prevenção do câncer de ovário, uma vez que se acredite que a mulher esteja mais propensa a desenvolver o câncer quanto mais ovulações tiver. Porém, ainda é um cenário de muitas incertezas.
O que sabemos, com certeza, é que o câncer de ovário é uma doença perigosa e silenciosa mas que, como qualquer outra doença, quanto mais cedo for diagnosticada, maiores chances de recuperação apresenta.
Por isso, os check-ups anuais, especialmente para as mulheres acima de 50 anos e o acompanhamento médico se tornam essenciais para garantir a sua saúde e bem-estar!
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