Quando se fala de métodos contraceptivos, uma das primeiras opções que vem à mente são pílulas anticoncepcionais; afinal, elas são conhecidas por serem muito eficientes. Ainda assim, algumas mulheres não gostam da ideia de tomar hormônios ou possuem alguma restrição para seu uso.
Portanto, para conhecer métodos contraceptivos não hormonais, acompanhe este artigo e pesquise a melhor opção para você.
Por não operarem mudanças nos níveis hormonais do corpo, os métodos contraceptivos sem hormônios não terão efeitos nas funções gerais do organismo, não causando assim aumento de peso, acne, alteração de humor ou qualquer efeito colateral dessa espécie.
Se você também faz uso de outras medicações ou está amamentando, pode ficar tranquila! Os métodos contraceptivos sem hormônios não vão causar qualquer interferência nesses processos.
Esses métodos são 100% reversíveis, costumam ser baratos e acessíveis. Além disso, são a solução para quem não quer ou não pode usar hormônios.
Confira abaixo uma tabela-resumo dos prós e contras de cada método contraceptivo citado no artigo:
Método | Prós | Contras |
Camisinhas | Protege contra IST.98% de eficácia contra a gravidez.Acessível. Baixo Custo.Prático. | Pode causar irritações e reações alérgicas.Pode estourar ou rasgar durante o sexo, se utilizado incorretamente. |
Esponja contraceptiva | 88% de eficácia contra gravidez.Baixo custo. Inserção rápida e pela própria mulher. | Pode causar irritações e reações alérgicas.Nem sempre recomendado para mulheres que já tiveram filhos.Precisa ser utilizado sempre com espermicidas.Não protege contra IST.Deve ser monitorado com frequência para evitar infecções .Não pode ser usado durante a menstruação. |
Capuz Cervical | 90%-92% de eficácia contra gravidez.Reutilizável.Baixo custo.Inserção rápida e pela própria mulher.Remoção facilitada. | Pode causar irritações e reações alérgicas.Nem sempre recomendado para mulheres que já tiveram filhos.Precisa ser utilizado sempre com espermicidas. Não protege contra IST. Deve ser monitorado com frequência para evitar infecções.Não pode ser usado durante a menstruação. |
Diafragma | 90% de eficácia contra gravidez. Durável (3 anos). Acessível.Baixo custo. Inserção rápida e pela própria mulher. | Pode causar irritações e reações alérgicas.Não recomendado para mulheres virgens.Precisa ser utilizado sempre com espermicidas. Não protege contra IST. Deve ser monitorado com frequência para evitar infecções. Não pode ser usado durante a menstruação. |
DIU de cobre | 99% de eficácia contra gravidez. De longa duração (10 – 12 anos). Checagem apenas semestral. | Aumento do fluxo e ciclo menstrual.Aumento de cólicas Não protege contra IST. Ainda que em raros casos, pode causar perfuração, infecção uterina ou expulsão do dispositivo. |
Feminina ou Masculina, a camisinha é um dos métodos contraceptivos mais famosos no mercado. Feitas de látex ou poliuretano, elas são classificadas como um método de barreira contra os espermatozoides e, se usadas corretamente, podem apresentar um índice de até 98% de eficácia na prevenção da gravidez.
As camisinhas também são o método mais indicado para a prevenção contra todo o tipo de IST (Infecção Sexualmente Transmissível) e, aliadas a outro método contraceptivo — como o DIU, por exemplo — são ainda mais eficientes. Elas devem ser usadas para todas as modalidades de sexo (vaginal, oral e anal) e nunca reutilizadas.
Como método de barreira, as camisinhas correm o risco de estourar — risco esse que pode ser significativamente reduzido se os pacotes forem conservados em ambientes frescos, longe da exposição de luz solar direta, respeitando as datas de validade na embalagem e tomando cuidado com unhas e dentes ao abrir e manipular os preservativos.
As camisinhas masculinas devem ser colocadas imediatamente antes do ato sexual, assim que acontece a ereção. Já as femininas, podem ser colocadas até oito hora antes.
Como o próprio nome diz, a esponja contraceptiva é uma circunferência esponjosa de poliuretano que, após ser inserida na cavidade vaginal, liberará espermicida, eliminando ou paralisando os espermatozoides que entrem na vagina. Se usada corretamente, a esponja contraceptiva tem eficácia de cerca de até 88% contra a gravidez.
Antes de sua inserção no canal vaginal, a esponja deve ser umedecida e apertada para que a liberação de espermicida aconteça. Depois, tomando cuidado com as unhas, deve ser dobrada ao meio, inserida e encaixada no colo do útero, utilizando sua “ondulação” em um dos lados para ajudar no processo. A alça para a remoção deve ficar virada para o lado oposto ao colo do útero, pois será utilizada para auxiliar na remoção depois do uso.
É importante lembrar que a esponja só pode ser removida depois de 6 horas do ato sexual, mas que não pode ficar mais de 30 horas dentro do corpo da mulher, sob o risco de poder causar uma infecção muito grave, denominada de choque-tóxico. Ela não poderá ser usada durante o período menstrual e também não protege contra IST — para este fim, utilize os preservativos!
As esponjas contraceptivas apresentam espermicidas como o nonoxynol-9 e podem causar reações alérgicas a mulheres que sejam sensíveis a essa substância; nesses casos, não é recomendado o uso de métodos contraceptivos que utilizem espermicidas.
Outro método de barreira, o capuz cervical geralmente é feito de silicone ou látex macio e tem um formato anatômico para bloquear o caminho para cérvix, recobrindo o colo do útero e impedindo a passagem de espermatozoides. Seu tamanho pode variar de 22 a 26 mm e a definição da medida certa para cada mulher deve ocorrer mediante consulta com o ginecologista. Com a utilização correta, apresenta de 90%-92% de eficácia na prevenção da gravidez.
O capuz pode ser inserido até 24 horas antes da relação sexual e deve ser completamente envolvido com espermicida antes de ser inserido no canal vaginal. Para colocar o capuz corretamente, deve-se apertar as laterais, empurrar para dentro da vagina e encaixar no colo do útero. Nas primeiras vezes, pode ser um pouco complicado de achar o encaixe perfeito, mas a prática faz a perfeição! Na hora da remoção, basta puxar o anel do capuz, feito justamente para esse fim.
Depois da relação sexual, o capuz cervical deve ficar por pelo menos 6 horas dentro do corpo da mulher, mas não ultrapassar as 48 horas, sob o risco de infecção bacteriana grave. Ele não deve ser usado durante a menstruação e não previne contra IST; além disso, mulheres que já deram a luz podem ter problemas para utilizar esse método.
Bem semelhante ao capuz cervical, o diafragma é um disco raso e flexível de látex ou silicone, que também atuará como uma barreira para os espermatozoides, cobrindo o colo do útero. O diafragma também possui um tamanho ideal para cada mulher e por isso deve ser avaliado com o ginecologista. Ele não é descartável e pode durar até três anos, caso não existam mudanças muito drásticas no corpo da mulher (como perda ou aumento significativo de peso ou uma gravidez); apresenta cerca de 90% de eficácia para a prevenção da gravidez se colocado de maneira correta.
O diafragma pode ser colocado na hora do sexo ou até 24 horas antes e deve ser utilizado sempre juntamente com espermicidas. A colocação é bem semelhante a do capuz cervical e deve se encaixar no colo do útero para que seja considerado bem posicionado. Deve ser deixado por 6 horas após a relação sexual, mas não ultrapassar 12 horas.
O diafragma não pode ser utilizado durante a menstruação e não é recomendado para mulheres que ainda não tiveram relações sexuais, tenham infecção no colo do útero, vaginal ou urinária. Além disso, ele não protege contra IST.
Abreviação para dispositivo intrauterino, o DIU é um pequeno dispositivo em formato de T que, mediante inserção no útero da mulher, ajudará a prevenir contra a gravidez. O DIU de cobre, como o nome mesmo diz, é feito de cobre e se utiliza das propriedades do próprio metal para impedir a fecundação do óvulo. A eficácia desse método é muito alta, sendo quase de 99% para prevenção da gravidez.
A inserção do DIU é rápida e não necessita de qualquer processo cirúrgico, levando por volta de 15 a 20 minutos para ser concluída. Todavia, precisa ser feita por um ginecologista, que prescreverá exames para analisar se a mulher pode colocá-lo com segurança.
O DIU funciona liberando íons de cobre na região uterina, imobilizando ou dificultando a mobilidade do esperma no útero. Apesar de não impedir que a mulher ovule, o DIU torna o ambiente uterino impróprio para a fecundação do óvulo, não sendo de maneira alguma qualificado como um método abortivo. Esse processo de liberação de íons acontece de forma espontânea e só vai precisar que a mulher cheque o dispositivo de 6 em 6 meses com um ginecologista para avaliar se está tudo certo ou caso sinta alguma dor ou incômodo fora do comum.
Os medos associados ao DIU são muitos: desde perfuração uterina, até infecções e expulsão espontânea do dispositivo. Todavia, estes configuram apenas uma pequena parcela de todos os casos e são riscos que podem ser minimizados com o devido acompanhamento e inserção do dispositivo por um médico qualificado.
No mais, o DIU poderá ocasionar o aumento do fluxo menstrual e das cólicas, especialmente nos primeiros 3 meses. Uma coisa também importante para lembrar sobre o DIU é que ele não protege contra IST. Para todos os métodos, use os preservativos!
Deseja saber mais sobre todos os tipos de DIU? Leia também:
DIU: o que é, tipos e como funciona?
DIU de cobre e prata: entenda as diferenças
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No final das contas, com hormônios ou sem hormônios, o importante é você se sentir segura e confortável nas suas relações e para que isso aconteça da melhor maneira possível, conte com a CLAF para te ajudar!
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Se quiser saber mais sobre outros métodos contraceptivos, confira também: Conheça todos os métodos anticoncepcionais.
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