
O hormônio do crescimento GH tem despertado cada vez mais interesse, não apenas entre pais preocupados com o desenvolvimento de seus filhos, mas também entre adultos que buscam melhorar sua qualidade de vida.
Se você está se perguntando quando usar GH ou quais são as indicações reais deste tratamento, este guia completo vai esclarecer todas as suas dúvidas.
O hormônio do crescimento, conhecido pela sigla GH (growth hormone), é uma substância natural, produzida pela hipófise, uma pequena glândula localizada na base do cérebro. Esse hormônio desempenha funções fundamentais que vão muito além do crescimento da estatura.
A produção do hormônio crescimento acontece de forma pulsátil, ou seja, em picos ao longo do dia. Cerca de dois terços da produção total ocorre durante o sono profundo, especialmente na primeira metade da noite. Por isso, uma boa qualidade de sono é fundamental para a produção adequada de GH.
Durante mais da metade do dia, os níveis de GH ficam praticamente indetectáveis no sangue, o que torna a dosagem direta do hormônio pouco útil para diagnóstico. Por esta razão, os médicos utilizam outros marcadores, como o IGF-1, para avaliar a função do GH no organismo.
O uso do GH na endocrinologia pediátrica (em crianças e adolescentes) foca principalmente em estimular o crescimento. O hormônio atua nas cartilagens de crescimento dos ossos longos, promovendo o aumento da estatura. Além disso, o GH é capaz de:
✅ Melhorar a produção de massa muscular;
✅ Regular o metabolismo de gorduras e carboidratos;
✅ Fortalecer o sistema imunológico;
✅ Contribuir para o desenvolvimento cognitivo.
Mesmo após o fechamento das cartilagens de crescimento, na fase adulta, o hormônio continua exercendo funções importantes, como:
✅ Manter a massa muscular e a estrutura óssea;
✅ Regular a composição corporal;
✅ Controlar o metabolismo de gorduras;
✅ Melhorar a capacidade física;
✅ Influenciar o bem-estar psicológico;
✅ Manter a função cardiovascular.
Em crianças e adolescentes, a deficiência do hormônio crescimento pode ter diversas causas e apresenta indicações bem estabelecidas para tratamento:
✅ Baixa estatura associada à baixa velocidade de crescimento;
✅ Testes de estímulo confirmando deficiência hormonal;
✅ Ausência de outras causas para um baixo crescimento.
Algumas condições de saúde também podem exigir o uso de hormônio do crescimento, como as síndromes de Turner, de Prader-Willi e de Noonan, além de insuficiência renal crônica e crianças nascidas pequenas para idade gestacional.
O tratamento com GH em adultos requer critérios mais rigorosos e deve sempre ser acompanhado por endocrinologista especializado. As principais indicações são:
✅ Baixa densidade mineral óssea;
✅ Alterações na composição corporal (aumento de gordura, redução de massa magra);
✅ Alterações no colesterol associada ao quadro;
✅ Sintomas de fadiga e redução da qualidade de vida.
Algumas condições de saúde também podem indicar o uso desse hormônio, como tumor na glândula hipófise, cirurgias na região dessa glândula, radioterapia na cabeça, traumatismo craniano e em pessoas que apresentam redução desse hormônio desde o nascimento.
O diagnóstico da deficiência hormônio crescimento começa sempre com uma avaliação clínica detalhada, realizada por um endocrinologista especializado. Essa avaliação inclui histórico médico completo, exame físico minucioso e análise do padrão de crescimento quando for o caso.
Em crianças, o médico analisa as curvas de crescimento, velocidade de crescimento anual e desenvolvimento na adolescência. Já em adultos, a atenção se volta para sintomas como fadiga, alterações na composição corporal, redução da massa muscular e problemas na qualidade de vida.
O exame IGF-1 (fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1) é o principal marcador indireto da função do GH. Esse exame é mais confiável que a dosagem direta do hormônio porque o IGF-1 permanece estável no sangue por mais tempo. Os valores devem ser interpretados considerando idade, sexo e estado nutricional.
Quando o IGF-1 está baixo ou há suspeita clínica forte de deficiência, são realizados testes de estímulo, com o uso de medicamentos que estimulam a liberação de GH, como clonidina, glucagon ou insulina, seguidos de dosagens seriadas do hormônio.
A ressonância magnética da região da glândula hipófise é fundamental para identificar possíveis causas estruturais da deficiência de GH, como tumores, malformações ou lesões por traumas ou cirurgias anteriores.
👉 Saiba mais – Endocrinologia pediátrica: quando é importante?
O tratamento com GH é realizado exclusivamente através de injeções subcutâneas diárias. Não existem formas orais, sprays ou adesivos eficazes do hormônio do crescimento. As injeções são aplicadas preferencialmente à noite, antes de dormir, imitando o padrão natural de secreção do hormônio.
Os locais de aplicação incluem coxas, braços, nádegas ou abdome, devendo ser alternados para evitar alterações no tecido gorduroso (lipodistrofia). As canetas aplicadoras modernas tornaram o processo mais simples e menos doloroso.
A dosagem do GH varia conforme a idade, peso, grau da deficiência e resposta individual ao tratamento. Em crianças, as doses são geralmente maiores por peso corporal, enquanto em adultos utilizam-se doses menores e mais cautelosas.
O ajuste da dose é feito regularmente com base nos níveis de IGF-1, resposta clínica e possíveis efeitos colaterais. O objetivo é manter o IGF-1 no limite superior da normalidade para a idade e sexo do paciente.
Em crianças com deficiência de GH, o tratamento geralmente continua até que a velocidade de crescimento se torne muito baixa ou as cartilagens de crescimento se fechem completamente. Em adultos com deficiência confirmada, o tratamento pode ser mantido indefinidamente, desde que os benefícios superem os riscos.
Em crianças e adolescentes, os resultados esperados do tratamento incluem aceleração significativa da velocidade de crescimento, geralmente notável após 3-6 meses de tratamento. A melhora costuma ser mais pronunciada no primeiro ano, especialmente em casos de deficiência severa.
Além do crescimento, observa-se melhora na composição corporal, com aumento da massa magra e redução da gordura corporal. Muitas crianças também apresentam melhora no desempenho físico e na autoestima.
Em adultos, os benefícios do tratamento incluem melhora na composição corporal com aumento da massa muscular e redução da gordura, especialmente a gordura abdominal. Há também aumento da densidade mineral óssea, melhora na capacidade de exercício e redução de fatores de risco cardiovascular.
Muitos pacientes relatam melhora significativa na qualidade de vida, com redução da fadiga, aumento da energia e melhora do bem-estar geral. Os resultados costumam ser perceptíveis após 3-6 meses de tratamento.
O tratamento com GH, quando bem supervisionado, apresenta poucos efeitos colaterais. Os mais comuns incluem reações locais no local da injeção, como vermelhidão ou inchaço temporário.
Em adultos, podem ocorrer efeitos relacionados à retenção de líquidos, como inchaço das mãos e pés, dores articulares, dores musculares e formigamentos. Estes efeitos geralmente são dose-dependentes e melhoram com ajuste da medicação.
O GH não deve ser usado em pacientes com tumores ativos, diabetes descompensado, retinopatia diabética proliferativa ou durante a gestação. Pessoas com histórico de câncer devem ter avaliação cuidadosa antes do início do tratamento.
O acompanhamento com endocrinologista GH deve ser rigoroso e regular. Nos primeiros meses, as consultas são mais frequentes (mensais ou bimestrais) para ajuste de dose e monitoramento de efeitos colaterais.
Durante as consultas, o médico avalia a resposta ao tratamento, mede altura e peso (em crianças), examina os locais de aplicação e investiga possíveis efeitos adversos.
São feitos exames laboratoriais, como IGF-1, glicemia e hemoglobina glicada, função tireoidiana e perfil lipídico (colesterol e triglicerídeos).
Além disso, também costumam ser pedidos exames de imagem, como radiografia de mãos e punhos para idade óssea (em crianças), ressonância magnética hipofisária (quando indicada) e densitometria óssea (em adultos).
Embora seja mais conhecido pelo uso em crianças com baixa estatura, o GH tem indicações bem estabelecidas em adultos com deficiência hormonal comprovada.
A baixa estatura tem muitas causas. O GH só é indicado quando há deficiência comprovada do hormônio ou condições específicas. A maioria das crianças baixas tem estatura normal para sua genética familiar.
Quando usado corretamente, o GH pode até melhorar a função cardiovascular, já que a deficiência de GH não tratada é que pode aumentar riscos cardiovasculares. No entanto, quando usado sem acompanhamento médico, há riscos importantes para a saúde.
Estudos de longo prazo não mostram aumento do risco de câncer com o uso adequado de GH. O hormônio não deve ser usado em pacientes com tumores ativos, mas não causa câncer.
————————–
Se você suspeita de deficiência de GH ou tem dúvidas se teria a indicação desse hormônio, agende uma consulta com um(a) endocrinologista qualificado(a). Na CLAF, nossa equipe especializada em endocrinologia oferece avaliação completa e acompanhamento personalizado para todas as questões hormonais.
Se você está no Distrito Federal ou Entorno, clique no link abaixo e venha cuidar da sua saúde e da sua família conosco!
Powered By: Clínica da família | CLAFE CLINICA DE ATENDIMENTO FEMININO LTDA - ME/ CNPJ 01.361.789/0002-50.