O cortisol é um dos hormônios mais importantes para o funcionamento do nosso organismo. Quando seus níveis encontram-se alterados, diversas alterações podem ocorrer, interferindo inclusive em nosso estado de humor e comportamento.
O cortisol alto está diretamente relacionado a sintomas como sono alterado, tensão e irritabilidade.
Confira a seguir o que é o hormônio cortisol, quando é considerado alto, quais sintomas isso pode provocar e, principalmente, o que fazer para controlar ou tratar. Confira!
O cortisol é um hormônio esteróide produzido pelas glândulas suprarrenais, que estão localizadas acima dos rins. Também conhecido como “hormônio do estresse”, desempenha um papel crucial em várias funções do corpo, incluindo a resposta ao estresse, o metabolismo de proteínas, gorduras e carboidratos, a regulação da pressão arterial e a função imunológica.
Os níveis de cortisol no corpo variam ao longo do dia, com picos geralmente ocorrendo nas primeiras horas da manhã e caindo para os níveis mais baixos à noite. Esta variação é conhecida como ritmo circadiano do cortisol. Um nível de cortisol é considerado alto quando está acima da faixa normal esperada para a hora do dia em que o teste é realizado.
A faixa normal de cortisol no sangue pode variar, mas geralmente é considerada entre 10 a 20 microgramas por decilitro (µg/dL) pela manhã e entre 3 a 10 µg/dL à tarde. Valores acima desses limites podem indicar níveis elevados de cortisol.
A identificação de níveis elevados de cortisol pode ser feita através de vários testes laboratoriais, incluindo:
✅ Teste de cortisol no sangue: Mede os níveis de cortisol no sangue, normalmente realizado pela manhã quando os níveis de cortisol são mais altos.
✅ Teste de cortisol na urina: Coleta de urina de 24 horas para medir a quantidade total de cortisol secretado durante esse período.
✅ Teste de cortisol na saliva: Mede os níveis de cortisol na saliva, geralmente coletados à noite para detectar variações anormais no ritmo circadiano.
✅ Teste de supressão com medicação: Envolve a administração de dexametasona, um corticóide sintético, seguida de medição dos níveis de cortisol para avaliar como o corpo regula a produção de cortisol.
Esses testes ajudam os médicos a determinarem se os níveis de cortisol estão elevados e a investigarem possíveis causas, como a síndrome de Cushing, que é caracterizada pela produção excessiva de cortisol.
Níveis elevados de cortisol podem afetar o funcionamento de praticamente todo o corpo. Confira abaixo os principais sinais e sintomas, que podem variar de pessoa para pessoa e conforme o nível da alteração:
Provavelmente o sintoma mais visível quando alguém está com cortisol alto são as mudanças de comportamento. Níveis elevados de cortisol estão associados a sentimentos de ansiedade, agressividade e até depressão.
Além disso, é comum haver uma maior irritabilidade e alterações emocionais, com mudanças de humor repentinas e intensas.
O ganho de peso, relacionado ao cortisol alto, tende a ser mais pronunciado na região do abdômen. A gordura também pode se acumular na face, resultando em uma aparência arredondada conhecida como “face de lua cheia”. A parte superior das costas, entre os ombros, pode desenvolver um depósito de gordura.
A pele pode se tornar fina e frágil, tornando-se mais suscetível a hematomas. Além disso, estrias roxas ou rosadas podem aparecer no abdômen, coxas, seios e nádegas devido ao rápido estiramento da pele. A cicatrização de feridas também pode ser retardada.
Apesar de o cortisol ser considerado um “hormônio anabólico”, ou seja, que participa da processo de ganho de massa muscular, níveis cronicamente elevados podem causar o efeito contrário, ou seja, a perda de massa muscular, o que pode resultar em dificuldades para realizar atividades diárias, como subir escadas ou levantar objetos.
Problemas de memória, especialmente memória de curto prazo, são comuns. Por conta disso, pode haver dificuldades em concentração e atenção, afetando o desempenho no trabalho ou nos estudos.
O cortisol pode causar retenção de sódio e água, resultando em aumento da pressão arterial. Hipertensão persistente pode levar a complicações cardiovasculares a longo prazo.
Mulheres com níveis elevados de cortisol podem experimentar ciclos menstruais irregulares ou ausência de menstruação (amenorreia). Esses desequilíbrios hormonais também podem afetar a fertilidade.
O cortisol pode reduzir a formação de “osso novo” e aumentar a degradação óssea, resultando em ossos mais fracos e frágeis. Isso aumenta o risco de fraturas, especialmente na coluna vertebral, nos fêmures e nos quadris.
O cortisol aumenta a produção de glicose pelo fígado e reduz a sensibilidade das células à insulina, levando à hiperglicemia. Isso pode resultar no desenvolvimento de diabetes tipo 2 ou agravar uma condição pré-existente.
Níveis elevados de cortisol podem interferir na produção de hormônios sexuais, como testosterona e estrogênio. Isso pode resultar em uma redução do desejo sexual e dificuldades em função sexual.
Esses sintomas podem variar de pessoa para pessoa e não necessariamente todos estarão presentes. A identificação e a compreensão desses sinais são cruciais para um diagnóstico adequado e para a orientação do tratamento.
Para evitar níveis elevados de cortisol e para ajudar a reduzir os níveis de cortisol em pessoas que já têm o problema, várias estratégias de estilo de vida podem ser adotadas.
Estas estratégias são focadas principalmente em reduzir o estresse e promover um equilíbrio geral na saúde física e mental. Aqui estão algumas medidas práticas que podem ser incorporadas no dia a dia:
✅ Gerenciamento do estresse – Práticas de gerenciamento de estresse, como meditação, yoga e técnicas de respiração e relaxamento podem ajudar a reduzir os níveis de cortisol. Reservar tempo diariamente para atividades que promovam o relaxamento é fundamental.
✅ Exercício regular – A prática regular de exercícios físicos, como caminhadas, corridas, ciclismo ou musculação também pode ajudar. No entanto, é importante evitar o excesso de exercício, pois isso pode aumentar o cortisol.
✅ Sono adequado – Ter uma rotina de sono regular e garantir uma quantidade suficiente de sono de qualidade (geralmente 7-8 horas por noite) é crucial para manter os níveis de cortisol equilibrados. Evitar o uso de eletrônicos antes de dormir e criar um ambiente propício ao sono podem ajudar.
✅ Alimentação balanceada – Manter uma dieta saudável e equilibrada, rica em frutas, vegetais, proteínas magras e gorduras saudáveis, pode ajudar a regular os níveis de cortisol. Evitar o consumo excessivo de cafeína e açúcar também é benéfico.
✅ Hidratação adequada – Beber bastante água ao longo do dia ajuda a manter o corpo funcionando corretamente e pode influenciar positivamente os níveis de cortisol.
✅ Suplementação – Em alguns casos, suplementos como magnésio, ômega-3 e vitaminas do complexo B podem ajudar a regular os níveis de cortisol, mas é importante consultar um profissional de saúde antes de iniciar qualquer suplementação.
✅ Estabelecimento de limites – Aprender a dizer não e a estabelecer limites pode ajudar a reduzir o estresse. É importante não sobrecarregar-se com responsabilidades e encontrar um equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
✅ Manutenção de relações sociais saudáveis – Ter um bom sistema de suporte social, como amigos e familiares, pode ajudar a lidar com o estresse e reduzir os níveis de cortisol.
✅ Hobbies e atividades de lazer – Participar de atividades que você gosta e que proporcionam prazer pode ajudar a reduzir o estresse e, consequentemente, os níveis de cortisol.
Para aqueles que já têm níveis elevados de cortisol, é essencial consultar profissionais de saúde, como médicos e psicólogos. Eles podem recomendar tratamentos médicos, terapias ou intervenções específicas para ajudar a controlar os níveis de cortisol.
————————————-
Na hora de cuidar da sua saúde, conte com a Clínica CLAF. Dispomos de profissionais experientes e atenciosos, que darão o tratamento que você precisa e espera.
Se você está em Brasília ou Entorno, clique no link abaixo e venha cuidar da sua saúde conosco!
Powered By: Clínica da família