Nos últimos anos, uma série de avanços e novos recursos têm trazido mais possibilidades de cura a milhares de mulheres nos tratamentos para câncer de mama.
Não faz muito tempo, eram as pacientes que precisavam se enquadrar nas poucas opções disponíveis de tratamento; como uma loja que as obrigava a caber dentro de duas ou três opções de roupa.
Felizmente hoje a medicina oferece alternativas muito mais adequadas e individualizadas. Para tirar suas dúvidas a respeito das opções de medicamentos, cirurgias, radioterapias e terapias hormonais, acompanhe o artigo.
Os estágios do câncer de mama dizem respeito principalmente ao tamanho do tumor, seu potencial de crescimento e espalhamento para outros tecidos próximos ou pela corrente sanguínea.
O estadiamento (ou estágios) do câncer é baseado no sistema TNM (sigla em inglês para tumor primário, linfonodos e metástase), desenvolvido pelo Comitê Conjunto Americano de Câncer (AJCC), podendo ser classificado como:
Dessa forma, o câncer de mama pode ser classificado em 5 estágios diferentes, indo do 0 ao IV.
Conheça a relação entre as secreções no mamilo e o câncer de mama!
Felizmente a medicina conta hoje com uma série de alternativas para fazer frente à grande variedade nos tipos de câncer de mama e às características específicas de cada paciente.
O tratamento do câncer de mama pode mudar de acordo com a fase da doença (estadiamento) ou o tipo do tumor.
De forma simplificada, podemos dividir os tratamentos em dois grupos: os tratamentos locais e os tratamentos sistêmicos.
Apesar de serem recomendados para estágios específicos de câncer, nada impede que sejam realizados em conjunto para otimizar os resultados.
O tratamento tem maior potencial curativo quando o câncer é diagnosticado no início. Nos casos mais avançados (quando o câncer se espalhou para outros órgãos), o procedimento busca prolongar a qualidade de vida do paciente.
Vamos entender como funciona cada tratamento para o câncer de mama.
Os tratamentos locais se baseiam na ação direta sobre o tumor, sem impacto expressivo no restante do corpo. Neste grupo se enquadram opções como cirurgias e radioterapias.
Esse grupo de tratamentos geralmente é recomendado em casos de estágios 0, I e II, quando o câncer ainda é enquadrado como inicial, tem um tamanho reduzido e se encontra contido, não tendo se espalhado para outros tecidos ou órgãos.
Conheça as opções desse grupo de tratamentos.
A intervenção cirúrgica para o tratamento do câncer de mama tem o objetivo de remover o tumor primário e os linfonodos axilares (caso seja necessário). A extensão da cirurgia vai depender do tamanho do tumor, sua natureza e a área afetada por ele.
O procedimento pode ser:
Independentemente da extensão da cirurgia realizada, a reconstrução da mama poderá ser realizada com tecidos orgânicos ou com o uso de próteses, visando conservar o aspecto estético das mamas e a qualidade de vida da paciente.
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Utilizando-se da aplicação de raios ionizantes (raios X) diretamente sob a área do tumor, a radioterapia busca reduzir ou eliminar as células cancerígenas da mama.
Esse tipo de tratamento é geralmente realizado após a intervenção cirúrgica, como uma etapa de complementação, buscando garantir ainda mais eficiência ao tratamento.
As sessões costumam ser curtas, durando apenas alguns minutos, podendo variar em quantidade, frequência e intensidade de acordo com cada caso.
Os tratamentos sistêmicos se baseiam na utilização de medicamentos (por via oral ou intravenosa) e possuem uma abrangência mais ampla em sua área de tratamento, podendo localizar e agir nas células cancerígenas em diferentes partes do corpo.
Os tratamentos sistêmicos são mais recomendados nos seguintes estágios:
Dentre as opções no grupo de tratamentos sistêmicos, podemos citar: quimioterapia, terapia alvo, imunoterapia e hormonioterapia.
Conheça melhor cada uma dessas opções.
A quimioterapia é feita por meio da administração de uma série de medicamentos (via oral ou intravenosa), com o objetivo de atingir células cancerígenas em todo o corpo.
Esta opção de tratamento para o câncer de mama pode ser utilizada como:
Esse tratamento geralmente apresenta efeitos colaterais e por isso é geralmente realizado em ciclos semanais, com períodos de repouso, para que o corpo possa descansar e amenizar os sintomas.
Também chamada de terapia de precisão, a terapia-alvo baseia-se nas características de cada tipo de câncer, levando em consideração sua constituição molecular (receptores hormonais, mutações, entre outros) e, assim, sendo prescritos medicamentos mais específicos.
Ao contrário da quimioterapia, que costuma ser geralmente intravenosa, a terapia-alvo geralmente é realizada por via oral e apresenta menos efeitos colaterais.
A imunoterapia é baseada na utilização de medicamentos que estimulam o sistema imunológico a reconhecer e destruir as células cancerígenas , que, muitas vezes, podem estar “disfarçadas”.
A imunoterapia pode ser administrada por via oral ou intravenosa e, ao contrário da quimioterapia e da radioterapia não destrói as células normais , já que estimula o sistema imunológico a atacar somente as células cancerígenas.
A duração do tratamento depende de seus resultados.
A hormonioterapia é indicada para os tipos de câncer de mama que possuem receptores hormonais, ou seja, que são estimulados por hormônios reprodutores femininos, como o estrogênio e a progesterona.
Também chamada de terapia endócrina, poderá envolver desde a administração de medicamentos orais e intravenosos até a remoção dos ovários (indicada especialmente para pacientes na pós-menopausa).
O tratamento costuma durar por volta de 5 a 10 anos e atua no controle da liberação de estrogênio e/ou progesterona no sangue, buscando incapacitar assim as células cancerígenas com receptores hormonais.
É importante lembrar que nem todos os tipos de câncer de mama apresentam células cancerígenas com esses receptores, por isso, é essencial que exista uma avaliação completa do seu médico antes de decidir por este ou qualquer outro tratamento.
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O tratamento para o câncer de mama é sempre um processo individualizado, que leva em consideração não só as características e estágios do câncer, como também as particularidades e escolhas da própria paciente.
Receber um diagnóstico de câncer de mama nunca é fácil, mas você não estará sozinha durante o processo. Nesse momento, contar com amigos e familiares, além de atendimento psicológico, pode ajudá-la a criar a rede de apoio necessária para superar essa fase.
Além disso, faz total diferença contar com uma equipe de profissionais que possam te conduzir da maneira mais tranquila, confortável e segura durante todo o processo.
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