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As Principais Dúvidas Sobre o Câncer de Mama

Ainda existem muitas dúvidas sobre o câncer de mama: os tipos, os fatores de risco, os sinais de alerta, as opções de tratamento. Por isso, compartilhar informação e promover a conscientização é um dos principais objetivos do Outubro Rosa.

O câncer de mama é o segundo tipo de câncer que mais afeta mulheres no mundo, segundo dados do INCA. Estima-se que 1 em cada 8 mulheres poderá desenvolver o câncer de mama durante a vida.

Apesar desse percentual elevado, os números de remissão e recuperação total também são muito grandes, ficando acima de 95% se o diagnóstico e o tratamento forem feitos precocemente.

Como estamos no mês que é símbolo da prevenção e dos cuidados contra o câncer de mama, a CLAF traz neste artigo as respostas às principais dúvidas sobre o tema.

Como surge o câncer de mama?

O câncer de mama, assim como outros tipos de câncer, ocorre devido a mutações no código genético, resultando na multiplicação desordenada de células defeituosas, que se agrupam, formando os tumores.

Essas mutações podem acometer os oncogenes (genes responsáveis pelo processo de divisão celular) e os supressores de tumor (genes responsáveis pelos mecanismos de morte programada das células). 

Quais são os tipos de câncer de mama?

O câncer de mama pode se manifestar de diversas maneiras, e sua classificação vai depender do local de origem, da presença ou não de receptores hormonais, do tamanho, do seu potencial de avanço, dentre outros fatores.

De acordo com o local de origem e como se desenvolvem, os tipos mais comuns de câncer de mama são: 

  • Carcinoma ductal In Situ: esse tipo de tumor afeta os ductos da mama, que é por onde passa o leite materno. Apesar de ser o tipo mais comum de câncer de mama não invasivo, existe a chance de se tornar invasivo.
  • Carcinoma ductal invasivo: também tem origem nos ductos mamários, mas não fica restrito a estes, podendo espalhar-se para outros tecidos. Representa grande parte dos tumores invasivos.
  • Carcinoma lobular In Situ: surge nas glândulas (lóbulos) que produzem o leite. Não rompe as paredes das glândulas e não atinge outros tecidos.
  • Carcinoma lobular Invasivo: também afeta os lóbulos mamários, podendo se espalhar para outros tecidos. 

De acordo com a classificação molecular, os tipos de tumores podem ser classificados como luminais A e B, triplos negativos e HER2. 

Conheça os tratamento para o câncer de mama!

Quais são os principais fatores de risco?

Não existe uma razão específica para a ocorrência do câncer de mama. Porém, existem fatores de risco que podem facilitar seu surgimento.

O envelhecimento é um dos fatores de risco mais expressivos, já que esse processo, apesar de natural, provoca mudanças no nosso organismo, que facilitam o surgimento de tumores. Por isso, recomendam-se avaliações anuais já a partir dos 40 anos. 

Além disso, segundo o Instituto Nacional do Câncer, fatores genéticos e hereditários, menopausa tardia, obesidade, sedentarismo e exposição frequente a radiações ionizantes também são fatores que exercem influência.

Apesar de ser responsável por uma proporção menor dos casos, o fator hereditário também tem sua importância. Inclusive este fator que costuma levar à realização mais precoce de exames e avaliações. 

Quais são os principais sinais e sintomas?

  • Presença de nódulo endurecido, fixo e irregular (que não pode ser movido nem com a manipulação ativa da mama com as mãos).
  • Fluxo papilar (saída de secreção espontânea da mama, que pode ser sanguinolenta ou transparente).
  • Retração ou afundamento do mamilo.
  • Vermelhidão e/ou coceira e descamação dos mamilos.
  • Alteração no formato das mamas.
  • Dor (geralmente em apenas uma das mamas, ao contrário da dor típica do período menstrual, que ocorre em ambas). 

O câncer de mama, assim como boa parte das neoplasias, costuma ter uma ação silenciosa em seus primeiros estágios, não apresentando sintomas expressivos. Esse é um dos principais motivos para a realização dos exames de rotina, visando justamente garantir um diagnóstico mais rápido e precoce.  

Quais exames podem detectar o câncer de mama? 

O principal e mais eficiente exame no diagnóstico do câncer de mama é a mamografia. Este exame permite a visualização de nódulos milimétricos na mama e a presença de microcalcificações, aumentando muito as chances de um diagnóstico precoce para a paciente.

mamografia

É recomendado que esse exame seja realizado por todas as pacientes a partir dos 40 anos de idade, em frequência anual. Ou mesmo antes, caso o médico levante alguma suspeita. 

A ecografia (ou ultrassonografia) mamária é outro exame importante na identificação de alterações na mama e avaliação de nódulos, sendo indicada para todas as idades, inclusive grávidas, já que não emite nenhum tipo de radiação. 

Leia mais:

Mamografia ou ecografia mamária: quando cada uma é indicada? 

Como Funciona o Tratamento Para Câncer de Mama

Qual a importância do autoexame? 

O autoexame é o exame das mamas que a própria mulher pode realizar. Trata-se de um procedimento simples, rápido e indolor, mas que é uma ferramenta muito importante no auxílio ao diagnóstico do câncer de mama. 

Cerca de 80% dos casos de câncer de mama são primeiramente identificados pelas próprias mulheres, durante a realização do autoexame.

A recomendação é de que o autoexame seja realizado mensalmente, cerca de 7 a 10 dias após o início da menstruação, para evitar o inchaço das mamas. 

Mas atenção! O autoexame não substitui os exames de rotina, que ainda assim, devem ser realizados com frequência anual ou conforme a indicação do seu médico.

Leia mais:

Como realizar o autoexame da mama?

Encontrei um nódulo na mama! É câncer? 

Calma! A presença de nódulos nos seios é mais comum do que se imagina. A boa notícia é que, em sua grande parte, são nódulos benignos.

Apesar disso, se você detectar a presença de qualquer nódulo em suas mamas, a recomendação é de que agende consulta com um mastologista para verificar do que se trata.

Como sempre dizemos, quanto mais cedo o diagnóstico, mais fácil o tratamento.  

Leia mais: 

Cistos de mama: será que é câncer? 

Homens podem ter câncer de mama? 

Sim, mas são casos mais raros. 

Ainda segundo dados do INCA, cerca de 1% dos casos ocorre em homens. Trata-se de uma incidência tão baixa que não há protocolos específicos de investigação de câncer de mama em homens.

Mas no caso de qualquer alteração mamária, o mastologista é sempre o médico de referência.

Desodorantes antitranspirantes podem causar câncer? 

Não. Essa dúvida surgiu em 2016, com a publicação de um estudo que teria relacionado os sais de alumínio, presentes na composição dos desodorantes, com o desenvolvimento de cânceres em roedores. 

Porém não existe, no momento presente, qualquer estudo conclusivo que observe essa  relação em humanos. 

Como posso me proteger do câncer de mama? 

Essa é uma das principais dúvidas sobre o câncer de mama. E os cuidados são simples.

Cerca de 30% dos casos de câncer de mama poderiam ser evitados somente com a adoção de hábitos mais saudáveis de vida.

Uma alimentação balanceada, a prática regular de exercícios físicos e a manutenção de um peso adequado já são medidas capazes de reduzir os riscos. 

Outras ações também importantes são evitar o cigarro e o consumo exagerado de bebidas alcoólicas. 

Finalmente, outro fator de proteção importante são as visitas regulares ao mastologista ou ginecologista. O câncer de mama é uma doença geralmente silenciosa em seus estágios iniciais, e o diagnóstico precoce aumenta as chances de recuperação para além de 95%. 

E se eu tiver mais dúvidas sobre o câncer de mama?

A CLAF conta com um ambiente acolhedor e uma equipe de ginecologistas e mastologistas experientes para te oferecer sempre o melhor cuidado.

Caso você tenha mais dúvidas sobre o câncer de mama, possua alguma suspeita ou simplesmente queira estar em dia com seu preventivo, aqui em Brasília você pode agendar uma consulta com um de nossos especialistas! 

Leia também: 

Quando consultar um mastologista? 

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