Acompanhamento gestacional: tire suas dúvidas sobre o pré-natal

A rotina durante a gravidez pode ser intensa. Várias mudanças são inseridas no dia a dia da gestante, e torna-se necessário um acompanhamento gestacional regular. Mas além dos fatores como avaliações, exames, consultas e uma alimentação regrada, é importante que a mulher tenha um acompanhamento com um médico de sua confiança

Isso porque o ginecologista obstetra precisará analisar continuamente cada fator capaz de alterar a saúde do bebê e da mulher. Ele também precisará fazer as recomendações pessoais para cada tipo de situação, indicando a importância de consultar um só médico do início ao fim da gestação.

De acordo com o Ministério da Saúde, é recomendado que a gestante visite o médico pelo menos seis vezes até o parto. Entretanto, os ginecologistas obstetras aconselham consultas mais frequentes em cada mês de gestação.

Mas afinal, como acontece o acompanhamento gestacional?

Dúvidas frequentes sobre o acompanhamento gestacional

É natural surgirem muitas dúvidas durante a gravidez. Então, aqui vai uma série de respostas que podem sanar alguns questionamentos. 

  • Qual a importância do pré-natal?

O acompanhamento durante a gravidez é extremamente necessário para preservar a saúde da mulher e do bebê. Um dos principais motivos para isso é a prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças. 

  • Como escolher um médico para o pré-natal?

Quando a gestante ainda não possui uma clínica ou um ginecologista de confiança, a melhor saída é buscar por indicações. Afinal, em um um momento tão importante como a gravidez, é importante estar atenta às experiências de outras mulheres. Por isso, consulte uma amiga próxima e, se possível, marque uma consulta com o médico indicado por ela. 

E mais uma coisa: escolha um médico que você goste e com o qual se sinta bem acolhida. Afinal, o ideal é que ele te acompanhe durante toda a gestação. 

Entenda melhor sobre a escolha do médico no artigo a seguir:

  • É necessário fazer uma dieta rígida durante a gravidez?

Uma mulher, durante a gestação, deve sim ter uma boa alimentação. Entretanto, nada muito fora do comum de qualquer outra pessoa. 

O obstetra pode fazer recomendações específicas para cada caso, por isso é importante conversar com o seu médico a fim de definir uma dieta que se alinhe com o seu dia a dia. 

  • Devo parar de tomar medicamentos na gestação?

Existem sim medicamentos contraindicados para gestantes. Mas além deles, algumas outras intervenções podem ser feitas pelo médico obstetra. Portanto, de maneira geral, é necessário conversar com o seu médico de confiança para adequar a sua rotina.

Quais exames fazer durante o pré-natal?

Primeiro trimestre

Assim que gestação começa são recomendados exames básicos, como o hemograma completo,  urina, ultrassom e pesquisa de sífilis, toxoplasmose, e HIV, que devem ser feitos pelo menos três vezes durante o período. Além destes, é frequentemente solicitado também o Papanicolau, essencial para verificar a saúde uterina.

Hemograma completo e grupo sanguíneo

Essas informações são coletadas para prevenção de complicações durante a gravidez, por detectar infecções e anemia e verificar a taxa hormonal. Além disso, o grupo sanguíneo é uma importante informação para todo o período gestacional.

Urina

Já o exame de urina detecta infecções e predisposição da mulher a desenvolver algumas doenças que podem ser prejudiciais à gravidez.

Papanicolau

Papanicolau é um importante exame para várias etapas da vida de uma mulher, mesmo quando não gestante. Ele detecta a presença de bactérias e de lesões uterinas, que podem trazer riscos sérios à saúde da mulher e, é claro, à gestação. 

Além dos exames citados, alguns médicos podem recomendar outros exames para identificar alterações no primeiro trimestre, são eles: fator rh; glicemia de jejum; fezes; sorologia para rubéola, toxoplasmose, Citomegalovírus e HIV; hormônios tireoideanos; pesquisa de variantes de hemoglobina; ultrassonografia morfológica do 1 trimestre para datar a gestação e detectar alterações que sugiram anomalias cromossômicas; ultrassonografia morfológica do 1 trimestre com dopplerfluxometria das artérias uterinas para identificar alterações que indiquem risco de desenvolvimento da pré-eclâmpsia.

Segundo trimestre

Enquanto os exames do primeiro trimestre têm como objetivo principal acompanhar a saúde da mãe, os do segundo são mais focados no desenvolvimento do bebê. É uma etapa mais tranquila da gestação, pois os riscos e sintomas da gestante são menores. 

Além dos exames gerais recomendados durante todos os trimestres, como citado anteriormente, há alguns diferentes para incluir no seu pré-natal. Os mais importantes são:

Ultrassonografia morfológica

O exame é feito para visualizar os órgãos e a formação do bebê como um todo. Ela avalia detalhadamente as estruturas fetais para o diagnóstico de malformações.

Fibronectina fetal

idade gestacional é um fator muito importante para um nascimento saudável e sem complicações. Por isso, é necessário prevenir ao máximo um nascimento prematuro.

No exame de fibronectina fetal é possível observar lesões na matriz extracelular do feto, que está diretamente relacionada a fatores que podem ocasionar em um parto prematuro.

Tolerância glicêmica

Algumas mulheres desenvolvem diabetes gestacional. O exame de tolerância glicêmica serve para detectar o surgimento dela.

Ecocardiografia fetal

A ecocardiografia fetal detecta malformações cardíacas do feto. É importante pois o diagnóstico precoce de problemas no coração possibilita que o parto seja feito de maneira correta.

Terceiro trimestre

No terceiro trimestre, quando o nascimento do bebê está se aproximando, é comum que a mulher fique mais enjoada e tenha mais sintomas. E é, também, um momento de acompanhamento mais próximo entre a gestante e o obstetra. Isso porque, além do planejamento do parto, questionamentos podem surgir, assim como a ansiedade da mamãe costuma aumentar. 

Mais uma vez, os exames como o hemograma completo, urina, ultrassom, pesquisa de sífilis, rubéola e HIV são novamente realizados durante o terceiro trimestre.

Nesta etapa, a atenção é voltada tanto para a saúde da mulher gestante, como para a do bebê. Alguns dos exames essenciais durante o acompanhamento gestacional são: 

Cultura de secreções vaginais

É recomendado para identificar infecções no final da gravidez. Pois algumas bactérias podem contaminar o neném durante o nascimento e colocá-lo em uma situação de risco.

Ultrassom obstétrico

Ele é feito com o objetivo de medir o volume de líquido amniótico, a saúde da placenta e o crescimento do bebê. Todos esses fatores influenciam na hora de fazer um parto bem sucedido.

Ultrassonografia com estudo dopplerfluxométrico

O exame avalia a circulação materna e fetal, podendo detectar sofrimento fetal agudo e crônico.

Pesquisa de estreptococos do grupo B na secreção vaginal

A bactéria pode ser transmitida para o feto com a ruptura da bolsa amniótica, ou durante o parto, e pode causar infecções no bebê se não for tratada.

Como escolher um obstetra: 5 dicas

Como escolher um obstetra ideal para fazer todo o acompanhamento durante a gravidez? A gestação é um período que exige muita atenção e cuidados. 

Por isso, é necessário que a mulher procure um médico de confiança, que atenda suas necessidades e preferências e, mais do que isso, esteja disposto a acompanhar de perto todo o processo. Afinal, o trabalho do obstetra não deve se resumir ao acompanhamento da saúde do bebê, mas também no amparo da gestante em diferentes momentos.

É recomendado que a gestante comece a procurar o médico obstetra desde o momento em que descobre a gestação. E que, a partir daí, realize pelo menos uma consulta por mês.

Esclarecemos neste artigo os pontos mais importantes para avaliação e decisão. Confira!

1. Alinhe os interesses com o médico

Decidir o médico ideal não é uma tarefa tão fácil. Por isso, desde o primeiro momento é importante organizar suas preferências, tanto sobre os processos durante a gravidez, quanto à respeito do parto. Logo depois, é extremamente importante que todas as preferências sejam esclarecidas para o médico logo na primeira consulta. 

Observe as reações e respostas dele quando você falar das suas expectativas para o pré-natal e parto. Assim é possível analisar melhor a sua compatibilidade com o médico e, é claro, decidir se ele é o ideal para te acompanhar em um momento tão importante.

Para ter ainda mais segurança na hora de decidir quem será o obstetra que acompanhará sua gravidez, você pode consultar as taxas de partos e seus tipos realizados pelo médico e hospital. Isso está previsto na Resolução 368 da Agência Nacional de Saúde Complementar, sendo uma exigência, também, para todos os planos de saúde. 

Se possível, consulte mais de um médico para ter certeza sobre a decisão. E é claro: não tem problema mudar de obstetra durante o processo. Entretanto o ideal é que o acompanhamento seja feito com apenas um médico.

Leia também: Gravidez de alto risco: cuidados importantes

2. Pesquise sobre o médico e sobre a clínica

Para não perder tempo, antes mesmo de marcar a consulta com um obstetra, pesquise mais sobre os médicos que compartilham do mesmo interesse que você. Afinal, é importante saber se o médico já realizou outro parto como o de seu interesse.

Uma dica é ligar no consultório e perguntar sobre a formação do especialista, sobre o tipo de parto que ele realiza com mais frequência, os equipamentos utilizados e medicamentos que ele pode vir a recomendar. E, claro, pesquise o CRM (Conselho Regional de Medicina) do médico em questão.

Para consultar o CRM de médicos obstetras do DF basta clicar aqui.

Tome atitudes como se estivesse procurando alguém para uma vaga de emprego. Um ponto importante é a formação acadêmica, assim como cursos extracurriculares e, se existem, também, desejos futuros de estudos. É interessante entender a jornada do profissional até chegar até ali, o que também pode dizer muito sobre os interesses e qualidades que você considera relevantes.

Para avaliar a Clínica em questão para o seu acolhimento, vale visitá-la, perguntar a opinião de outras pacientes gestantes ou no pós-parto, investigar possíveis reclamações nas redes ou no Reclame Aqui. Tudo isso para que se sinta completamente segura quanto à sua escolha.

3. Conte com a indicação de amigos

A indicação de amigos será muito bem-vinda, pois será a possibilidade de obter um detalhamento mais aprofundado quanto à experiência com o obstetra em questão.

Portanto, caso tenha amigas gestantes próximas ou que acabaram de ter bebê e que, claro, tenham os mesmos interesses que você para esse momento, não exite em questioná-la sobre todo acompanhamento com o médico.

Nesse momento, você terá acesso a informações valiosas sobre o que pode ter frustrado sua amiga, sobre obstetras que ela não indica e sobre médicos em quem ela confia. Tire todas as suas dúvidas para depois vivenciar a sua própria experiência com mais embasamento.

4. Decida se será pelo particular ou pelo convênio

Tudo depende do que você procura. Se você encontrar um médico ideal que faça parte do seu plano de saúde: perfeito! A Clínica da Família – CLAF, por exemplo, atende aos principais convênios. 

Em caso de atendimento no particular, é importante que tire todas as suas dúvidas sobre o custo de todo acompanhamento e que tenha ainda mais certeza se a clínica e o médico em questão atendem às suas expectativas, e transmitem a confiança necessária para essa fase tão importante.

5. Obtenha conforto durante todo acompanhamento gestacional

Qualquer incômodo em relação ao médico é um fator importante. Seja no ambiente do consultório, métodos utilizados, ou qualquer outro detalhe que possa gerar um estresse futuro. Por isso, não exite em procurar outro profissional caso um não atenda às suas exigências!

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Agora que você já sabe alguns dos fatores importantes para a sua decisão, só falta achar o obstetra ideal. E nós aqui da Claf estamos dispostos a te ajudar.

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Gravidez de alto risco: cuidados importantes

A gravidez de alto risco pode gerar complicações, como aborto, parto prematuro e atraso no desenvolvimento fetal.

Gravidez de alto risco é um dos maiores receios da mulher quando está grávida. Algumas delas, por diversas razões, estão mais propensas a ter o que se chama de gravidez de alto risco. 

Isso ocorre quando uma doença materna é diagnosticada antes da gestação, quando surge alguma mudança no estado normal durante a gravidez ou ainda quando é detectada uma alteração no feto durante os exames do pré-natal. 

Veja os os cuidados que gestantes de alto risco precisam ter. Acompanhe no artigo!

O que pode ser considerado uma gravidez de risco?

Quando a mãe tem alguma doença como diabetes, hipertensão arterial, problemas cardíacos e renais, além de outras doenças crônicas, os riscos aumentam. 

Mulheres que tiveram algum problema em uma gravidez anterior ou múltiplas gestações, que tenham baixo peso ou sejam obesas, com idade abaixo dos 15 anos e acima dos 35, fumantes ou que façam uso de álcool, drogas ou medicamentos também fazem parte do grupo de risco.

Por isso, é importante que, antes de engravidar, busque-se um médico especialista e um obstetra, para verificar quais medidas e orientações devem ser seguidas.

gravidez de alto risco - cuidados

Algumas doenças também podem se desenvolver durante a gestação, como é o caso do diabetes gestacional, que costuma aparecer após a 26ª semana de. Também acontece com a hipertensão, que ocorre depois da 20ª semana. Vale lembrar que doenças infectocontagiosas, como rubéola e toxoplasmose, aumentam o risco de complicações.

Gravidez de alto risco: cuidados

Durante o período da gravidez, é importante seguir todas as orientações do obstetra, para que não tenha complicações para a mãe ou bebê. Existem alguns cuidados que gestante de alto risco precisa ter: 

  • Visitar o obstetra
  • Alimentação saudável
  • Não consumir bebida alcoólicas
  • Descansar 
  • Não fumar

Como é feito um pré-natal de alto risco?

O pré-natal funciona de maneira diferente em uma paciente de alto risco do que em uma paciente com gestação normal. Às vezes, pode ser necessário fazer mais do que uma consulta por mês com o ginecologista-obstetra e, segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), dependendo da doença, a mulher pode precisar do acompanhamento de um especialista. Exames laboratoriais e de imagem também podem ser solicitados em maior número, para avaliar se o bebê está sofrendo com a condição da mãe.

Além de realizar as consultas seguindo as recomendações médicas, é importante manter o peso controlado e ter uma dieta saudável, consumindo mais ácido fólico, proteína, cálcio e ferro.

Escolha do parto na gravidez de risco

Nas gestações de alto risco, a decisão pelo tipo de parto mais adequado deve ser tomada de acordo com cada caso e tanto a gestante quanto sua família devem receber todas as informações sobre as opções, os riscos e as vantagens que cada um traz. A gravidez de alto risco não é sinônimo de cesariana, mas a indicação pela via de parto deve ser feita pelo profissional que está acompanhando a gestação, lembrando que o risco de parto prematuro é maior nesses casos.

gravidez de alto risco cuidados

Quais os sintomas que não são normais na gravidez?

Durante a gestação, caso observe algum dos sinais abaixo, entre em contato com o médico:

  • Sangramento vaginal;
  • Dores de cabeça severas;
  • Dores ou cólicas na parte de baixo do ventre;
  • Corrimento vaginal aquoso;
  • Contrações regulares ou frequentes – sensação de aperto no abdômen;
  • Dor ou ardor ao urinar;
  • Alterações na visão, incluindo visão turva.

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